⁕Capítulo 22⁕

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⚠️Esse capítulo contém: Menções de abandono, menções de morte, sangue, violência e palavrões ⚠️

Guerra

Era a única palavra que circulava a mente de Lyra e de todos os guerreiros posicionados sob à terra de Asgard. O céu estava nublado e ventava, como se o tempo estivesse propício para uma briga acirrada. O palácio de Asgard estava coberto de proteções por toda a parte para manter monumentos e preciosidades em segurança. Desde o amanhecer daquele dia, os cidadãos já estavam escondidos em cavernas longe de toda a intriga e seres do submundo, os quais poderiam causar problemas para os inocentes. Lyra, sentada em frente a sua penteadeira, observava sua face pálida com olheiras e machucados de treinamentos. Suas mãos frias tocavam os riscos em seu rosto, lembrando de cada passo e ação colocada em ringue.

Aquele era o começo de sua batalha

Aquele era o momento o qual todos estavam esperando por uma vitória através dos anos.

Aquele era o momento, em que Lyra Laufeyson iria se tornar a Rainha da Noite em pessoa

Na terra, os vingadores aguardavam ansiosamente por notícias da batalha. Pernas trêmulas e respirações ofegantes tomavam conta da sala de conferências, esperando que a vitória fosse concedida a Deusa.

A menina mantinha seus olhos focados em sua imagem pesada. Sua mente viajava no mar de possibilidades as quais discutia consigo mesma. A garota fechou seus olhos, apertando sua mão contra si mesma, deixando com que o poder tomasse conta de sua armadura já montada. Seus olhos se tornaram completamente pretos, e sua mão foi tomada pelo quente do poder que corria por suas veias míticas. Suas pálpebras se moveram lentamente para cima, revelando a imagem de Lyra mais uma vez. Seu uniforme, feito de materiais mágicos e conectados a seu corpo, brilhava cada vez mais que seu poder se acendia. A bota de salto que vestia, podia facilmente matar alguém caso pisasse na cabeça do mesmo por conta de seu tamanho. A calça e blusa elástica que usava, era preta, enquanto desenhos de ramos em verde e dourado passavam através da mesma em toda a parte. Em suas costas, uma capa que cobria apenas seus ombros e descia até o chão. Pano fino, mas pesado para colocar qualquer um contra o chão. Seus cabelos escuros soltos, assim como o monstro de raiva que havia criado dentro de si mesma. Jamais havia se sentido tão poderosa quanto naquele momento. Se sentia forte, invencível e capaz de fazer o que nenhum ser jamais fez na história de Asgard.

De repente, um som em sua porta. Angerboda abre a porta lentamente, fechando-a em seguida atrás de si mesma. A imagem de sua filha a encanta, pois sempre soube do poder que sua herdeira mais nova. Mesmo que Lyra tivesse seus problemas, e fosse instável na maioria das situações, tinha consciência de que ela era a mais forte de sua família e lhe daria muito orgulho no futuro. A deusa mais nova, se levanta da penteadeira, direcionando seu olhar obscuro para a mais velha. Com a respiração rala, Anger concorda com a cabeça ao observar como sua filha estava para ir à batalha.

—Não sei se já te disse isso, mas verde e preto, são suas cores.— A mulher diz, dando um sorriso de lado.

—Sempre gostei dessas cores. Elas destacam meus olhos.— A mais nova responde olhando seu uniforme dos pés ao peito.

—Como se sente?— A mais velha tomba sua cabeça para o lado.

—Como se eu estivesse correndo em direção a minha morte.

—Então não fuja. Bata de frente que com certeza, ela irá se assustar e fugir de você.— Anger sorri, tirando um riso baixo de sua filha.

De repente, o som de um trovão forte se alastra pelo céu estrelado de Asgard. Ambas mulheres no quarto se assustam com o som que estremeceu o chão de pedra que cobria a habitação de Lyra. A menina de cabelos escuros foi até a sacada de seu quarto, observando uma grande nuvem se aproximando do palácio real. Era possível ver formas de seres assustadores no cinza da massa de ar pesada, a qual carregava consigo o medo e a fúria de Nêmesis. Parecia que uma tropa estava descendo do céu para que a grande batalha entre o bem e o mal fosse cumprida. O coração da Deusa começou a bater mais forte, sentindo pontadas de ansiedade e um receio maior do que poderia aguentar naquele momento. Seus olhos se fecharam brevemente, deixando com que seus poderes fossem além do horizonte visível da mesma. Um batalhão armado com monstros do abismo frio e antigos batalhadores, os quais tiveram terríveis destinos por conta de seu destino. Nêmesis seguia na frente de seu grupo imortal de seres infernais. A menina tinha fogo de vingança em seus olhos verdes, seguindo com passos pesados e fortes em direção a entrada da Terra de Odin. Seu corpo coberto por um tecido que descia sob sua cintura como uma saia enquanto a parte acima de seu corpo estava coberto com uma túnica colada a seus traços exagerados e finos. A sombra que sua alma carregava era tanta, que assim que passava ia deixando seu rastro escuro e gasoso para trás como um espírito vagando por uma rua deserta. Em suas mãos, uma espada parecida com a de Lyra, porém com propriedades diferentes.

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