AFTERSCHOOL DEATH, (g)i-dle

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# ،،ACT I:
watch out!! we see you~
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setembro de 1996, segunda-feira
7:30 AM

shuhua baixou o olhar para mirar seus sapatos: como pôde trocar os patins tão chiques, mas perigosos por um par de tênis sujos e estúpidos que usaria dali em diante para ir à escola?

ela não sabia o que responder. a fortuna de quase dois bilhões de wons não era mais tão importante, já que sua maior preocupação seria ter que enfrentar a possível chacota depois que armaram um escândalo para a carreira de yeh.

não se lembrar de como é pisar num ônibus, de como é não comer para que outrem o faça ou como é ter que caminhar seis quilômetros para receber uma boa educação nos piores meses quando esta é a única forma de sair daquele lugar não tornava shuhua uma mimada: ela tinha evitado aquilo conseguindo o próprio dinheiro, ela sabia como a vida podia ser difícil, principalmente sendo uma imigrante e sendo de uma família de classe média-baixa numa cidade pequena, abandonada e extremamente perturbadora que fora cenário de mortes terríveis desde a virada do século.

yeh shuhua, bem vinda a chorye-nil!

[...]

o sinal finalmente soou: as aulas começariam naquele instante. antes de ousar pisar na sala de aula, a taiwanesa esperou a permissão do professor para se guiar até o quadro negro.

− turma, esta é sua nova colega de classe. ― o mestre apresentou-a ― façam questão de recebê-la bem e fazerem amizade com ela. ― o professor tocou no ombro da estudante ― mocinha, pode falar um pouco sobre si?

− meu nome é yeh shuhua, tenho dezesseis anos e é isso... ― yeh ficou tímida, mas por dentro estava querendo dar um soco no professor por obrigá-la àquilo.

− mais algo, mocinha? ― o mestre mirou a garota.

− ela esqueceu de falar que teve relações com um dos jurados para aumentar a própria nota! ― uma garota fez com que toda a sala risse diante das insinuações sobre a vida amorosa da patinadora ― professor lee, tome cuidado!

− tzuyu, já chega. ― lee repreendeu ― não devemos acusar nossa colega se baseando em algo que ainda não foi confirmado. ― o “ainda” parecia insinuar algo ― shuhua, pode se sentar naquela carteira vazia, no canto direito perto da última janela?

− está bem. ― yeh assentiu.

shuhua caminhou até a carteira que tinha sido assignada a ela, no fundo da sala. distribuídas no fim de duas fileiras, com duas à frente de yeh e três ao lado, cinco garotas a observavam com expressões mortas e que a faziam arrepiar.

quando shuhua se estabeleceu, uma garota baixa que estava sentada duas carteiras à frente mexeu os lábios, murmurando “tome cuidado com chou tzuyu” para avisá-la.

droga, shuhua já estava se preocupando.

− ei, novata. ― imediatamente à frente, uma garota um pouco mais alta que a que avisara yeh chamou, virando-se ― é famosa, não é?

− sim... ― shuhua suspirou.

− é verdade que... ― a garota iniciou.

− NÃO, NÃO É! ― yeh irritou-se.

− moça, eu nem comecei... ― ela ficou triste.

− e daí? você vai perguntar se eu tive relações daquele tipo com um dos jurados nas olimpíadas de 1988 em seul para aumentar minha nota, não é? ― a taiwanesa socou a mesa.