Capítulo 20; Promessa.

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Atualização (19/10/21) - Gif no final do capítulo.


Estou presa de novo naquele pesadelo.

Reconheço a escuridão que me rodeia, sinto que já a vivi milhões de vezes.

— Alison!

Também reconheço a voz que me chama.

Nunca me vou poder esquecer daquele grito desesperado que surge do nada e que atravessa o meu corpo como a folha fria de uma adaga.

— Alison! — A voz voltou a chamar. 

Só consegui ouvi-la.

Sou incapaz de me mover, observo a escuridão e pergunto-me quando é que vai terminar.

Consigo ouvir as sirenes da polícia, e cheira-me ao inconfundível aroma do sangue.

Não tenho tempo para chorar ou para entrar em pânico.

Escuto a polícia cada vez mais próxima e as pessoas a gritar na estrada.

E então, a escuridão desaparece, consigo ver a cena claramente

Um homem morto sobre uma poça de sangue na estrada.  Algumas balas no seu peito e um polícia com um olhar indiferente à beira dele. 

Apesar de nunca ter estado lá, consigo lembrar-me da cena que o meu cérebro criou à perfeição.

Acordada, adormecida, aquela imagem nunca vai sair da minha cabeça.

E fica pior, agora estou de joelhos ao lado sele, a vê-lo morrer, enquanto o meu pai sorri e agarra na minha mão.

Acordo a gritar. 
E a pessoa que chega ao meu lado logo de imediato não é a minha mãe, nem a avó. 

— Está tudo bem, meu amor. Está tudo bem. — Disse Joseph Morgan. Quero dizer-lhe que não está nada tudo bem.

Ele observa-me com doçura, enquanto as suas mãos limpam com delicadeza as minhas bochechas. 

Não consigo entender como é que está aqui.

No entanto, não quero que ele se vá embora.

Aferro-me a ele com força, deixando-me desfrutar a sensação de segurança que a sua presença me brindava.

— Não te vás embora.

Não vou a lado nenhum meu amor. — Respondeu-me, a depositar um beijo terno sobre a minha cabeça. — Prometo.

— Estavas a ver-me dormir? — Perguntei, depois de vários minutos em silêncio.

Um dos cadeirões foi mudado de sítio e agora encontrava-se junto da minha cama, vejo um dos seus casacos sobre o cadeirão e no chão é onde estão os seus sapatos. 

— Talvez. — Respondeu-me nervoso. — És muito bonita quando dormes. — Comentou, cada vez mais nervoso pelo meu silêncio. Que alguém me visse a dormir era demasiado insignificante para mim neste momento. — Queres que chame a tua mãe? — Perguntou. 

— Não. — Disse de imediato, separando-me dele.

Engoli em seco nervosa, sentindo o impulso de lhe contar tudo.

O loiro observou-me em silêncio, pegou nas minhas mãos temerosas com cuidado.

— Tens frio? — Perguntou ao ver-me tremer.

For You- Joseph Morgan (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora