Oi gente, vim avisar duas coisinhas:
1 - O inicio desse cap pode ser um pouco pesadinho porque fala sobre luto e perda de pessoas com quem a gente se importa, então se for um tópico sensível pra ti sinta-se livre pra pular essa parte :)
2 - Eu sugiro que prestem atenção nas datas das mensagens etc pra caso queiram se localizar temporalmente na história
3 - Tá um pouquinho maior do que normalmente os caps vão ser, mas não quis dividir em dois
Boa leitura, espero que gostem sz
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Os últimos meses não foram muito estáveis para Susan Gilbert, ou gentis. Na verdade, a palavra "meses" pode ser tranquilamente substituída por "anos", desde sua pré-adolescência. Aos doze anos, Susan sofreu um acidente de carro com seus pais e sua irmã mais nova, após meses em coma, acordou com a notícia de que era a única sobrevivente. Para além de aprender a lidar com a perda de sua família, Susan passou por uma dolorosa recuperação, com infinitas sessões de fisioterapia. Ao longo dos anos, com auxílio de seus amáveis avós e inúmeras sessões de terapia, a agora não tão pequena Sue Gilbert estava em seu ensino médio, experienciando as diversas "primeiras vezes" que se fazem presente nessa fase da vida, quando de repente a dor da perda lhe atingiu novamente. Seu avô se foi, seus diversos problemas cardiovasculares não lhe pouparam a vida, seu coração não aguentou mais e por um momento Sue sentia que o seu não aguentaria também. Após o falecimento de seu avô, eram apenas Susan e sua avó, e o sentimento de normalidade se fazia cada vez mais distante para Susan. A adolescência já é complicada o suficiente por si só, vivenciar essa fase em luto que inevitavelmente desencadeou traumas passados tornou a fase insuportável, resultando em uma Sue reclusa cujo ciclo social se resumia a sua avó, totalmente refém do medo constante de perder as pessoas com quem se importava. Agora com seus 21 anos, cursando Música Popular na Universidade de Londres e com seu ciclo social ampliado para mais uma pessoa, Susan se vê diante do seu maior medo novamente: o luto, tornando-se quase constante em seu coração. Desta vez, sua avó se foi e provavelmente juntou-se ao restante da família no pós-vida, seja ele como for. Entre tantos sentimentos que invadiam o corpo de Susan pela perda, a raiva predominou. Por que ela era a única que havia restado? Por que não se acompanhou sua família nove anos atrás? Por que não foi o seu coração que parou de funcionar cinco anos atrás? Por que não foram seus pulmões que falharam agora? E invadida por tais pensamentos, Susan Gilbert criou uma bola de neve de sentimentos dentro de si e julgou-se a maldição da família, carregando o peso de todas as perdas nas suas costas. O mês seguinte tornou-se impossível de se viver, Sue trancou a matrícula na universidade e isolou-se em casa, ignorando as ligações e visitas de seu único amigo. A culpa tornou-se vergonha e a vergonha não lhe permitia fazer nada. Sozinha na casa assombrosamente silenciosa, Sue tentava desesperadamente sentir algo semelhante à esperança, algo ou alguém que a tirasse do chão e falasse: vai dar tudo certo, você vai conseguir seguir em frente. Quando sua família se foi, seus avós estavam lá. Quando seu avô se foi, sua avó estava lá. E agora que sua avó se foi, quem a ajudaria a levantar do chão? Concluiu que teria que fazer isso por si, porque em algum lugar em seu coração cheio de luto algo lhe disse: eles gostariam que tu fizesse isso por ti. Em seu último resquício de força, obrigou-se a ligar para sua antiga terapeuta e com auxílio da mesma gradualmente retomou sua rotina, dia por dia. Ainda não havia retornado para a universidade, mas praticava em seu piano na sala, como fazia nas férias de verão com sua mãe e como manteve o hábito com sua avó quando passou a morar com a mesma, as duas musicistas foram sua inspiração para a escolha de curso e com certeza estavam por trás da sua paixão pelo instrumento. Algumas semanas depois da sua primeira sessão, Sue ligou para seu amigo, pediu desculpas e agradeceu as tentativas de contato. Eles marcaram de se encontrar em uma cafeteria na semana seguinte e Susan permitiu-se sentir um conforto ao ver os familiares olhos azuis de Ben, sendo recebida por um sorriso receptivo e um abraço confortável. A conversa fluiu tranquilamente, Ben comentou como estavam as coisas na faculdade e Sue na maioria do tempo apenas apreciou o fato de estar em uma boa companhia em um local agradável e que não era sua casa, quando percebeu que Ben estava lhe chamando.
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900 segundos de tensão
FanficEmily Dickinson é uma jovem universitária da cidade de Amherst, que no auge dos seus 21 anos se encontra entediada. Certa noite, Emily marca de ir ao cinema com seu irmão mais velho, mas o que não esperava era conhecer uma das pessoas mais inspirado...