So, darlin', darlin', stand by me
Oh, stand by me
Oh, stand, stand by me
Stand by me❃
EMILIANO RIGONI
dois dias depoisAo término do jogo, a galera do time se reuniu na minha casa, para comemorar a vitória. Era muita gente no mesmo lugar, e se antes eu reclamava de como ela era vazia na maioria dos dias, agora reclamava da bagunça que teria após a lotação.
Por mais que estivesse animado, eu não sentia a necessidade de estar ali. O dia que passei junto a Lírio, não saia da minha cabeça, e eu sentia falta dela, sentia falta de entrelaçar nossas mãos e de andar apressados para qualquer lugar — ok, foi só um vez, mas ainda assim não sai da minha mente —, fora que não vi ela esses dias, estive preso no CT.
— Onde você está? — Igor perguntou, sentando ao meu lado no sofá.
— Na menina com nome de planta. — Respondo, e abro um sorriso apenas pelo pensamento.
— Essa tal de Lirio, laçou mesmo seu coração. — Comentou, bebendo um gole longo de sua bebida.
Era notório e eu não poderia discordar dele, ela estava mesmo me ganhando aos pouquinhos.
— Queria vê-la. — Murmuro baixo.
— E onde ela mora?
— Aqui na frente. — Respondo e Igor me olha com tédio.
— Então, atravessa a rua e vai lá. — Disse e deu algumas batidinhas em meu ombro, antes de sair e sumir da minha vista.
Deixei a minha bebida de lado, e resolvi seguir o conselho de Gomes. Levantei e sai da casa, meus ouvidos quase gritaram graças a Deus, já que estava longe do barulho do local. Caminhei pela calçada e atravessei a rua.
Se era uma péssima ideia, eu não estava nem aí. Toquei a campainha e ouvi ela gritar que estava quase vindo.
— Quem me perturbas? — Perguntou, ao abrir a porta.
Arregalou um pouco os olhos ao me ver, ela vestia um blusão do Metálica e uma calça moletom, estava com o rosto sujo de um pó branco, que julguei ser farinha de trigo.
— Oi, Lírio. — Digo sorrindo, voltando a olhar para o seu rosto.
— Oi, Emiliano. — Disse e sorriu. — O que faz aqui?
— Quis te ver. — Fui sincero e a vi ficar com as bochechas ruborizaras. — E estava um tédio la. — Acenei com a cabeça em direção a minha casa.
— Entao, entra. — Pediu ainda sem jeito, e me
deu espaço para que eu entrasse.Passei por ela e no caminho, deixei um beijo em sua bochecha. Retirei os sapatos dos pés, como ela havia pedido e caminhamos até a cozinha. Que como eu esperava, estava toda suja de farinha.
— O que estava aprontando? — Questiono.
— Pétala ama meu pão caseiro, e pediu que eu fizesse um para ela levar a escola amanhã. — Respondeu.
— E ela é?
— Minha sobrinha. — Respondeu.
— Lindo nome de planta. — Brinco e ela soltou uma gargalhada.
A vejo começar a limpar a bancada e pergunto se ela quer ajuda, que não negou. Pediu para que eu lavasse a louça, que ela faria algo rapidinho para a gente comer. Decidi ignorar que devo seguir uma dieta a risca, não me importava que ela me engordasse.
— Você ama cozinhar, ne? — Pergunto ao ver os livros de receita.
— Nem tanto, comecei a gostar depois que vi Dona Sida, fazer uma receita que minha mãe fazia. — Respondeu. — E aí eu comecei a gostar, e praticar.
— E eu adoro comer suas comidas praticadas. — Comento. — Quer ajuda? — Ela negou. — Então, me conta mais de você.
— Que tal você me contar um pouco mais de você? — Sugeriu e assenti.
Não sabia exatamente por onde começar então ponderei por alguns segundos, até pensar em algo interessante sobre mim.
— Eu sou Argentino, está na cara, já que tenho...
— Sotaque carregado. — Respondeu por mim.
— Isso, enfim, minha família é muito rigorosa e religiosa. — Digo e ela me olha ainda mais atenta. — Uma vez, quando meus pais ainda eram vivos, queriam que eu me casasse com uma mulher que vi uma vez quando era pequena. — Coloco outra vasilha no escorredor de louça.
— Casamento arranjado. — Disse surpresa.
— Minha sorte, é que a menina fugiu com um brasileiro. — Rio e continuo. — Acho que essa é a única história interessante que tenho.
— Eu gostei. — Respondeu e sorrio. — Você disse que seus pais morreram.
Era um assunto delicado, minha mãe lutou muito contra um câncer e meu pai era sua força diária. Quando ele sofreu uma parada cardíaca, e faleceu, ela basicamente morreu junto a ele. Foi questão de meses para ela partir também.
— História delicada. — Digo. — Terminei. — Anúncio, sacudindo as mãos para eliminar a água nelas.
— Ótimo, agora vamos pro jardim, lá é mais arejado. — Falou, pegando os sanduíches naturais que havia feito.
Enxuguei as mãos no pano de prato que havia ali em cima e a segui. Nos sentamos em um balanço de varanda que havia ali, engatando outros assuntos.
❍ ❍ ❍
LÍRIO VILHENA
— Obrigada, volte sempre. — Digo a mulher que havia comprado, um lindo buquê de rosas vermelhas.
Flor havia me chamado para dar-lhe uma forcinha na floricultura. Aproveitei para entregar o pão que Pétala me obrigou a fazer na noite passada. Como era domingo, a livraria não abria então cedi minha presença.
A noite de ontem ainda me causava sorrisos bobos. Rigoni e eu conversamos quase que a noite toda sobre absolutamente tudo, e isso nos possibilitou um melhor conhecimento um do outro.
— Então, você gosta dele? — Flor pergunta, ao montar um buquê de peônia.
— Sei lá, é um talvez?!
— Já é óbvio que ele gosta de você. — Cris cometa. — Deixou claro quando disse que te procurou, porque queria te ver. — Ressaltou. — Ele tem atitude.
— E disse que gosta da sua comida. — Minha irmã, acrescentou e sorri.
— Fora que ele é bonitão. — Pétala quem diz.
A olhamos, cada uma mais incrédula que a outra pelo comentário que minha sobrinha havia feito. Ela levantou o olhar a nós três e sorriu.
— Eu sigo ele no instagram, e já tem sites de fofocas falando dessa interação estranha de vocês. — Continuou.
— Petala, vai ver se seu avô precisa de alguma coisa. — Floribella mandou e a vimos sair saltitante. — Essas crianças de hoje em dia, vou te contar, hein.
— Eis ai a nova geração. — Minha melhor amiga disse.
Novos clientes entraram na loja e nos separarmos para atende-las. A dúvida de querer saber se ele estava ou não gostando de mim, era cruel.
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𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni
Fanfiction✽+†+✽ ━━ "Parece que tenho um admirador secreto" Emiliano Rigoni, um jogador de futebol que passou semanas sonhando com uma morena desconhecida, que acabou furtando seu coração com um beijo descontraído - dentro do sonho, é claro -, e teve uma surpr...