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Lexie:

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Lexie:

- Porque você foi aceitar uma merda dessas, Lex? - Perguntou Dário, enquanto me ajudava a tirar o colete á prova de bala.
Sorri. - São as regras.
- Dessa vez, não fazem qualquer sentido. - Ele segurou meu rosto. - Toma cuidado.
Eu ri. - Você virou meu pai, agora?
Dário sorriu e abaixou as mãos.
- Sabe que me preocupo.
- 'Tá, então toma conta do prisioneiro.
A expressão no rosto de Dário mudou tão rapidamente, que chegou a ser cómica.
- Ele que se vire.
Segurei seu braço. - Por favor?
Dário revirou os olhos. - Não sei o que você viu nele, mas tudo bem. Eu mantenho ele debaixo de olho enquanto você estiver lá em baixo.
- Dário, se eu morrer...
- Cala essa boca.
- Se eu morrer - Insisti. - Daryl sai em liberdade.
- O quê?! Como assim?
- Promete.
- Lex, eu não...
- Promete!
Ele suspirou, derrotado. - Prometo. - Depois ele beijou o topo da minha cabeça. - Vai lá, chegou a hora.

Daryl:

Ele ficou vendo aquele cara beijar o topo da cabeça da Lexie. E, mesmo ela não sendo mais a garota que ele conhecia, aquilo mexeu com ele.
Ficou seguindo todos os seus passos, enquanto ela rodeava a Arena e entrava pelo outro lado e esperava seu adversário.
Lexie sempre fora meio doida, mas essa nova versão conseguia ultrapassar a antiga em todos os aspetos.
O criminoso que ela teria de enfrentar, entrou na Arena e Daryl sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo. O cara era enorme.
Daryl apoiou uma das mãos na vedação, lá no topo, junto do trono negro de Lexie, e olhou a Arena atentamente. Agora que sabia quem ela era, temia pela vida dela.
Ele não deveria se importar, afinal, fora Lexie quem foi embora... Mas se importava.
Só percebeu que estava perdido em seus pensamentos quando as pessoas que assistiam a luta começaram a fazer barulho.
Lexie acabava de levar um soco no rosto, que fez sua cabeça virar para o lado.
Daryl se mexeu, nervoso, mas escutou um riso fraco do seu lado. Olhou Dário de cenho franzido.
- Não stressa, não, Lex sabe o que faz. Ela está testando ele, observando o estilo de defesa dele.
- Porque você sempre chama ela de Lex? Pensei que fosse sua rainha.
Dário o olhou. - Para mim sempre foi a Lex, e sempre será a rainha. Temos uma ligação que você nunca irá compreender.
Daryl revirou os olhos, resmungando bem baixinho sobre aquele moleque estar do lado dela á apenas alguns "dias" e pensar que sabe de tudo sobre ela.
Nesse momento, o cara na Arena pega uma faca de mato e Lexie sorriu, retirando a katana da bolsa nas suas costas.
O caipira se sentiu ainda mais ansioso agora que coisas cortantes tinham se juntado á luta.
Lexie desviava todos os ataques dele, mas mesmo assim, o cara continuava investindo contra ela. Era bem visível que ele queria a rainha morta.
A garota fingiu que iria atacar ele com a katana e, quando ele defendeu, Lexie chutou sua perna e o homem caiu no chão. A rainha ergueu a katana e tentou espetar a cabeça dele, mas ele rolou e levantou, empurrando Lexie contra a vedação.
Daryl colocou a mão para baixo, observando Lexie, que continuava no chão.
Queria ir até lá e matar aquele imbecil na porrada!
" Levanta, Lexie!" - Dizia o caipira na sua cabeça.
Dário se endireitou, se é que isso seria possivel numa posição já firme, e ficou olhando ela.
Daryl olhou ele e depois para a Arena.
- O que deu nela? - Perguntou. - É um jogo, dela?
Dário, de cenho franzido, negou com a cabeça. - Não sei. Ela nunca fez nada parecido.
Daryl olhou de novo para a garota, ainda no chão, e viu o homem se aproximar dela e ajoelhar no chão.
Ele agarrou em Lexie, colocando na sua frente e sorrindo, antes das suas mãos enormes se fecharem em torno do seu pescoço. A boca de Lexie abriu um pouco, mas a garota parecia sem forças para resistir.
- Não! - Disse Daryl, sem pensar.
Dário segurou a arma com força, permaneceu do lado dele.
Enquanto o homem apertava o pescoço de Lexie, Daryl viu que uma das suas mãos procurava algo no chão. Sorriu. Ela não estava desistindo.
Viu os dedos dela acharem a katana e se fecharem em seu redor. Num movimento rápido, Lexie socou o rosto do homem com a mão livre, fazendo ele recuar um pouco, sendo pego de surpresa, e depois ergueu a katana, empurrando com as duas mãos espetando ela por baixo do queixo dele, empurrando de novo e enterrando a lâmina o mais que conseguiu.
A surpresa ficou gravada no rosto do homem, enquanto ele largava a faca no chão, de olhos e boca muito abertos.
Lexie puxou a katana, fazendo um jato de sangue jorrar sobre o seu rosto, e o homem caiu no chão.
Todos estavam em silêncio, olhando a rainha ainda de joelhos no chão, respirando rápido e com os dedos em redor da katana.
Daryl olhava ela fixamente, procurando algum sinal de que ela pudesse ter ficado ferida. Porque ele se preocupava? Não era a mesma garota!
Lexie levantou e todo mundo gritou, perante a vitória da rainha.
Daryl respirou fundo, de alívio, ao ver que ela se encontrava bem. Retirou as mãos da vedação e foi quando o olhar dela encontrou o seu.
Por momentos, Daryl podia jurar que era a mesma garota que ele conhecera anos antes, mas olhando com mais atenção, aquela era claramente uma estranha.

Rick:

- Tem de ter um jeito, sempre tem.
Rick andava de um lado para o outro, de mãos no cinto, tentando achar um jeito de derrubar a rainha e a sua comunidade e libertar Daryl.
Não iria deixar que mais ninguém colocasse em risco a vida da sua família.
- Tem de ter um jeito. - Sussurrou ele.
- Até pode ter.
Rick parou de andar e olhou para o lado, vendo Negan junto da porta, de braços cruzados sobre o peito.
Michonne levantou e Abraham ergueu a faca que tirara do cinto.
Rick fez sinal para que eles parassem e olhou Negan.
- Calma, Negan sabe mais sobre ela do que nós. Fala, que jeito é esse?
Negan suspirou.
- A rainha tem um cachorrinho de estimação, um cara que segue ela para qualquer lado. Um dos melhores guerreiros dela. É seu melhor amigo, sem ele, a rainha não é nada.
Rick olhou Michonne e depois de novo para Negan, de cenho franzido.
- Se matarmos ele...
- É como uma cobra. Se acertarem na cabeça, ela morre. - Falou Negan.
Rick olhou o chão, pensando, e depois ergueu o olhar de novo.
- Você sabe quem é esse cara? - Perguntou.
Negan sorriu.

Red Queen - A Rainha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora