Borboletas No Estômago

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 Suika fica em silêncio, pensando em como explicar para o seu irmão oque havia acontecido com ela. Ela não queira preocupar o mais velho, então de forma descarada ela começa a contar uma história sem pé e sem cabeça para Kazutora que parecia ter acreditado nela.

– Tudo começou quando eu fui para a casa da Hina [...] Passei mal e fui parar no hospital, acho que a comida não me fez bem. //Aliviado ele dá um sorriso fraco e abraçado sua irmã caçula. Suika foi tão convincente que era impossível ele não acreditar nela.

– Deveria ter me ligado ou até mesmo ligado para o Baji, ele é praticamente da família. Agora vai tomar banho enquanto preparo o nosso jantar.

– Estou sem fome, comi demais! Vou tomar banho para você me por na cama. //Fala entre sorrisos enquanto espera a confirmação de seu irmão mais velho que com a cabeça dá a resposta que ela já sabia muito bem qual seria (um sim é óbvio). Suika subiu os degraus da escada até chegar ao seu quarto. Ela tomou seu banho e vestiu um pijama fofo junto de um par de meias de cano alto. Finalmente ela deita na cama e fitando uma mensagem em seu celular, um número desconhecido com a seguinte mensagem: “Boa noite, Melancia!” Ela decidiu confirmar quem poderia ser então mandou a seguinte pergunta.

“Mikey-kun é você?”

“E quem mais poderia ser?” //digitou logo em seguida, minutos depois da mensagem de Suika chegar até ele.

“Poderia ser o Takashi ou Smiley...” //Kazutora bate na porta, então Suika se assusta e acaba enviando uma mensagem sem ver. O mais velho entra no quarto e sentando na cama, ficando próximo a sua irmã mais nova.

– Hora de dormir, meu bolinho de arroz!

– Já fazia um bom tempo que você não me chama assim. //Seu semblante cai, ao lembrar que seu irmão havia sido preso em um centro para menores infratores. Kazutora fica sério e logo fechando seu punho, sua raiva por Mikey aumentava a cada dia que se passava. Suika percebeu a tenção no ar, então canta para descontrair. – Eu sou um bolinho de arroz...🎶 //Sorri tímida, pois era uma canção infantil um tanto quanto boba. – Canta Kazu, por favor! //Suplica para o mais velho, pois ele vivia cantando para ela quando a mesma tinha lá seus cinco anos de idade.

– Não, isso é constrangedor! //Suika faz uma carinha tristonha deixando Kazutora balançado e decide ceder aos caprichos de sua irmã mais nova. – Eu sou um bolinho de arroz. 🎶

– De arroz! 🎶 //Suika faz a voz de fundo, pois era assim que ela cantava junto de seu irmão, apenas seguindo ele.

– Meus bracinhos vieram bem depois. 🎶

– Bem depois! 🎶

Minhas perninhas ainda estão por vir. 🎶

– Estão  por vir! 🎶

– E eu não tenho boquinha pra sorrir. 🎶

–  Porque?   Porque?  porque? 🎶

– Porque eu sou um bolinho de arroz. 🎶 //Suika sorri e deitado na cama. Kazutora deposita um beijo no alto da sua cabeça e cobrindo a mesma com muito cuidado. – Bons sonhos Sui! Nunca esqueça o quanto eu amo você.

– Eu também amo muito você Kazu. //O jovem sai do quarto e fechando a porta atrás de si, deixando Suika sozinha. Ela fita seu celular e sorri ao perceber que Sano havia lhe respondido.

Last Chance - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora