Just for one thing

one shot

Harry

Me sinto queimando.

Como uma vela quando está no seus momentos finais.

Me sinto queimando além dos galhos em uma fogueira.

Me sinto o fogo.

Fogo.

É claramente normal sentir-se necessitado sexualmente, principalmente quando se é um adolescente com todos os hormônios a flor da pele.

Mas não acho que seja normal sentir-se assim pelo seu inimigo de longa data.

Não acho que seja normal sentir-se desta forma por alguém que não confiaria uma palavra, muito menos meu próprio corpo.

Mas sinto.

Sinto, e sinto muito.

Tentei dormir, a cada segundo piorava.

Pensei que era Voldemort tentando algo.

Colocando Draco em minha cabeça para procurá-lo e Voldemort fazer algo.

Mas desisti dessa ideia.

Voldemort não tem poder sobre meu corpo, não nesse nível, apenas minha mente e, sinceramente, não acho que ele conseguiria colocar todos esses pensamentos deploráveis em minha mente.

Não acho que ele tenha tamanha criatividade.

Estou no corredor, de pijama, suado.

E nada o tira da minha mente.

Pra piorar esqueci a capa e tenho que ficar me escondendo a cada vez q escuto um barulho, até porque eu deveria estar dormindo agora.

- Potter? - Escuto sua voz e tudo piora muito mais do que posso imaginar. - O que está fazendo aqui? Deveria estar dormindo como todos os outros. - Draco diz e não consigo me virar em sua direção.

- Não consigo dormir. - Digo simplesmente e escuto passos, até que ele está na minha frente.

Com seu cabelo idiota milimetricamente arrumado de um jeito idiota.

Um cabelo que eu faria de tudo pra puxar agora.

Me sinto corar pelo pensamento.

- O que houve? - Ele pergunta de seu jeito formal e sinto que posso gozar apenas por ouvir sua voz.

- Nada.

- Harry..- Ele fala e parece mais como um gemido, sinto minha calça me incomodando. - Por que está aqui?

- Porque estou tendo sonhos estranhos que não consigo evitar..e eles me fazem não querer dormir. - Respondo, do melhor jeito que consigo.

- Que tipo de sonhos estranhos?

- Malfoy.

- Vamos, vou tirar pontos seus de qualquer maneira, pode evitar muitos deles se me responder. A verdade.

Suspiro. Não tem como ele saber que sonhei com ele, apenas tenho que pensar em algo convincente e rápido o suficiente.

- Está bem. Sonhei com Voldemort. - Digo, é mais plausível. - Nada fora do comum.

Ele se aproxima e vai em direção ao meu ouvido.

- Eu pedi a verdade. - Diz rouco.

É tudo rápido demais, não tenho absolutamente nenhum controle sobre nada que faço apartir deste momento.

O pego pela cintura e o levo para a sala precisa que estava ao nosso lado, o empurro lá dentro e coloco-o sentado no sofá.

- Eu tenho sido bom demais.