Play With Fire 🔥 - Felix Fic

Capítulo 10: O peso de suas mãos.

[Música recomendada para as partes +18: Two Feet - I Want It]

[...]

[3:00 da manhã]

A noite era silenciosa, as luzes do dormitório, exceto a da sala, estavam todas apagadas. Chan ainda trabalhava sozinho, encostado no sofá, aquilo não era realmente necessário mas era como uma terapia, o ajudava a raciocinar melhor. Não podia deixar de pensar que talvez sua obsessão por Felix estivesse passando dos limites, tinha sentido raiva de alguém que considerava como um irmão, apenas por ter interrompido o momento que dividia com o pequeno australiano.

A porta do quarto de Felix se abriu no meio da noite, o pequeno saiu dali com o rosto todo amassado e os cabelos descoloridos bagunçados.

- Lixie, não consegue dormir? - Chan questionou surpreso, normalmente o menor dormia até o sol raiar.

- Tive uns sonhos estranhos e... e pensei em pegar uma água - Felix respondeu baixinho, tentando ao máximo esconder a ereção em seu pijama. Tinha realmente tido sonhos estranhos, todos eles com Hyunjin, e um era mais picante que o outro. Até pensou em se aliviar no banheiro mas não queria correr o risco de ser pego novamente, então decidiu se acalmar de outra forma.

- Ah... tá, se quiser sentar aqui enquanto o sono não volta - O mais velho disse em um tom envergonhado, apontando pro sofá atrás de si. Foi bem difícil não notar a ereção do mais novo, ainda mais quando ele tentava cobrir a calça com aquelas mãos tão pequenas.

Isso o deixou um pouco corado, ainda não conhecia o lado sexual de Felix, apenas sua personalidade já tinha sido o suficiente para o atrair daquele jeito.

- Claro hyung, posso dar uma olhada no que você tá trabalhando até essa hora? - O menor sorriu de um jeito simpático enquanto terminava a frase, era difícil resistir àquele sorriso.

- É.. Claro, vem cá - Chan disse enquanto sentado no chão da sala, com as costas rentes ao sofá.

Felix com suas manias serelepes sentou logo atrás do maior, deixando o corpo do outro entre suas pernas, na hora não viu maldade nisso mas esqueceu que ainda tinha uma semi-ereção presa no pijama, e isso só ficou evidente e constrangedor quando Chan deitou a cabeça para trás, encostando na área.

Chan rapidamente inclinou a cabeça para frente novamente e um silêncio estranho misturado com constrangimento tomou conta do cômodo.

Felix sentiu sua ereção aumentar rapidamente e tomado por uma vergonha intensa travou ali mesmo. Decidiu levantar-se e se esconder em algum cômodo até que aquilo passasse, e isso aconteceria tranquilamente se o mais velho não tivesse tentado levantar ao mesmo tempo, encontrando o rosto com as coxas de Felix num ato desastrado.

Foram milésimos de segundos antes que se dispersassem pela casa, mas Chan conseguiu sentir tudo bem pertinho de seus lábios carnudos, e não conseguia parar de pensar naquilo, escorado na porta dentro de seu quarto.

Felix estava basicamente na mesma posição que o amigo, mas em seu próprio quarto, com o coração acelerado pelo constrangimento e os olhos arregalados pela sequência rápida de acontecimentos desastrosos.

Não tinha certeza se se escondia em baixo das cobertas ou se cedia e se aliviava no banheiro, a imagem dos lábios de Chan passando rapidamente perto de seu pau não parava de passar pela sua cabeça. E como o esperado, Felix não conseguiu lutar contra a vontade, já estava se sentindo todo melado e suas mãos desciam automaticamente para dentro da cueca, ali mesmo, na porta. Sorte que Hyunjin estava dormindo.

Do outro lado do dormitório Chan fazia a mesma coisa, pareciam sincronizados em gestos e pensamentos, pouco se importou se Changbin estava roncando logo ali, sua mão grande e pesada agarrava o próprio pau com vontade enquanto pensava no menor.

Ambos se masturbavam de maneira sedenta e rápida, usando o braço livre para se apoiarem na parede. Era esquisito para Felix pensar no seu hyung, que costumava ver como um irmão, daquela forma excitante, mas era bom demais para controlar.

A imaginação de ambos os levou ao alívio rapidamente, e quase que ao mesmo tempo foram possuídos pela sensação ardente do orgasmo, suas mãos estavam cheias de gozo e suas mentes cheias de culpa e vergonha, afinal, cada um pensava ser o único fazendo aquilo enquanto imaginavam tantas coisas sujas sobre o outro.

Nenhum dos dois sabia o que fazer agora, estavam com a cabeça mais leve, mas debatiam em silêncio se voltavam para a sala e fingiam que nada tinha acontecido, ou se permaneciam em seus respectivos quartos.

Chan foi o primeiro a voltar para a sala, precisava pegar seu laptop e desligar as luzes que tinham ficado acesas.
Felix saiu sorrateiramente, quando tudo já se encontrava escuro, e foi em direção ao sofá. Só quando sentou que sentiu que havia alguém do seu lado, Chan estava ali ainda no escuro refletindo sozinho.

As mãos se tocaram levemente enquanto tentavam se encarar no escuro, era quase impossível ver a silhueta um do outro naquela escuridão. Felix tentou timidamente se encolher num canto do sofá quando sentiu a mão pesada do outro agarrar o seu braço com um toque quente e forte, procedendo a puxá-lo para perto de si, encontravam-se agora a poucos centímetros de distância um do outro.

Chan desistiu de resistir às suas vontades, talvez a ausência de luz tivesse lhe dado uma falsa sensação de coragem. Rapidamente puxou o mais novo para o seu colo, o envolvendo num abraço pesado e carinhoso. Não queria nem pensar o que o outro poderia achar daquela situação toda, apenas fez o que queria fazer.

Felix se encontrava com a cabeça deitada no ombro do mais velho, com o rosto tão próximo do pescoço do mesmo que seus lábios roçavam ali levemente.

Um sentia a respiração do outro, os lábios do menor em seu pescoço faziam os pelos dos seus braços arrepiarem.
As mãos pesadas do maior alisavam as costas do menor, descendo para a cintura e logo para o quadril, aquilo ali não ia dar bom.

- Hyung... - Felix suspirou baixinho e manhoso, com os lábios ainda no pescoço do outro.

- Acho melhor irmos dormir Lixie...- Chan disse quase silenciosamente, não queria realmente ir dormir, mas precisava de mais tempo para processar o que estava sentindo.

O menor assentiu com a cabeça e desmontou do outro, assim voltando em silêncio para o quarto. Ainda podia sentir o calor do abraço do maior enquanto deitava em sua cama, foi inevitável perceber a intensidade do sentimento que o outro nutria por ele, e isso o deixou com muitas dúvidas.

Chan, agora sozinho no sofá, passava a mão no rosto numa tentativa de entender tudo aquilo, ele finalmente tinha agido, e com certeza o relacionamento dos dois mudaria pra sempre depois dessa noite.