14 | Alguém me socorre, por favor

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A vida é feita de obstáculos, e obstáculo ‘tá na minha frente e eu vou até ele, e então me fodo, e tudo bem sabe por quê? Porque só os fracos caem nos obstáculos e eu sou fraco.

Meu final de semana se tratou em chorar ao som de Lana Del Rey vendo as fotos de Christopher e Felix tiradas na última semana, eles pareciam tão felizes.

— Que merda. — bati meu armário, fazendo um bico emburrado nos lábios.

A escola me matava a cada semana, eu só queria dinheiro no bolso e ir sei lá, chorar na França igual a barbie fez quando terminou com o Ken, mas nem isso eu tenho oportunidade. Ou então algum anjo poderia descer dos céus e falar: ‘Adivinha quem gosta de você?! Christopher Bang!’

Mas nem isso eu estou perto de ter em mãos também.

Se eu soubesse que amar era tão cansativo também, eu não tinha nem entrado nessa.

Caminhei em direção a sala e logo vi Christopher de longe, rindo ao lado de Felix e dos meninos, seus fios cacheados estavam a coisa mais linda desse mundo todo, e seu sorriso...

— Sai da frente!

Fui empurrado por um brutamonte, hoje não era meu dia, literalmente. Caminhei até minha cadeira e vi Jeongin mexendo em seu celular, rindo sem parar e digitava igual um supermen. Isso faz sentido?

— O quê foi?

— Você não sou?

— Se eu ‘tô perguntando, sua anta. — revirei os olhos.

— Cruzes sem coração! Acordou com o pé esquerdo foi? — murmurou, voltando a olhar para o celular.

— Não é você que tem que aturar seu amigo namorando a pessoa que você gosta.

— O Felix nem sabia! — soltou uma risada.

— Todos sabiam! — pausei. — Estava meio... Na cara, não?

— Pior que estava. — me olhou. — Ou você fala com eles dois e faz um trisal, ou espera eles terminaram um dia.

— Odeio trisal, não me vem com essas histórias. — me virei para frente ao ver a professora chegar.

— Não sabe o que perde. — sorriu animado, abrindo seu caderno.

— Que eu continue perdendo! — cerrei meus olhos em sua direção.

[ . . . ]

A hora do intervalo havia chegado, ou seja, a hora da paz! Enquanto os meninos riam e comiam entre si como sempre faziam, caminhei sem falar nada em direção ao jardim da escola, com meu caderno em mãos e um lanche de sobras.

Me sentei na cadeira feita de pedras e suspirei baixinho com o vento que veio em minha direção. Observei os adolescentes que passavam por ali, animados em seus próprio mundo. Alguns que se beijavam ou sorriam abobalhados um para os outros.

A lembrança no carro da última vez que havia ido para a praia se encheu em minha mente, meu coração pulou, parecia até que iria sair pela minha boca! Christopher estava tão perto, podia jurar escutar seu peito dançar junto do meu, seu álito de menta, era a coisa mais gostosa do mundo.

Caralho, ele só não podia aparecer do nada com flores em mãos e falando: ‘Aceita se casar comigo?’

— Claro que eu aceito! — choraminguei.

— Falando sozinho, Kim Seungmin? — dei um pulo ao ouvir uma voz de perto, um tanto quanto reconhecida.

— Olá para você também, Christopher. — sorri envergonhado por ter sido pego no flagra.

— Como você está?

— Bem... — mesmo? — E você?

— Ótimo! — sorriu. Silêncio. — Estava pensando... Que tal voltarmos nos velhos tempos, uma festa do pijama, igual fazíamos quando eramos crianças.

— Wow! — abriu a boca em surpresa, se lembrando de como era antigamente. — Óbvio que aceito!

— Fechado! — se levantou animado. — Você trás os filmes.

— Você faz a comida. — apontei para si.

— Pode deixar comigo, docinho.

Me levantei, sorrindo para si e sem pensar, lhe abracei apertado.

Eu te amava tanto, Christopher.

depois de mil anos estou de voltaaa!!! foi curtinho, mas como estou voltando, não quero gastar meu ânimo e minha imaginação!

mas espero que tenham gostado e senti muita falta, hein!!

𝖾𝗌𝗌𝖺 𝗏𝖺𝗂 𝖽𝗈𝖾𝗋 𝗇𝗈 𝗉𝖾𝗂𝗍𝗈 ( 𝗰𝗵𝗮𝗻𝗺𝗶𝗻 ! )Onde histórias criam vida. Descubra agora