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Aprox 50 anos antes dos eventos sob a montanha''

  Rhysand estava deitado no sofá da sua casa em Velaris. Ele não estava exatamente entendendo o que seu círculo íntimo estava dizendo; sua cabeça estava cheia de álcool e sua língua pesada com o gosto disso.

-Você ouviu sobre o Vanserra mais novo?
A pergunta feita por Arziel chamou a atenção de Rhys. Mesmo com a mente enevoada ele ainda conseguia se lembrar do mais jovem dos Vanserras; seu cabelo flamejante, suas feições delicadas e o nariz tão familiar para ele.

-Você é o mestre espião aqui, por que ouviríamos sobre ele? - Cassian zombou. -A propósito, por que você estava espian-

-O que aconteceu?
Rhysand se sentou ereto e perguntou antes que Cassian pudesse terminar, ele estava curioso sobre Lucien.
Azriel recostou-se na poltrona antes de responder.
-Ele foi como emissário da Primaveril, contar a Amarantha sobre a recusa do seu Graão-Senhor. Ela lhe arrancou um olho. Não foi bonito de se ver.

A sala ficou em silêncio. Cassian observou cuidadosamente o rosto de Mor, que parecia ter empalidecido. O absurdo da crueldade de Aramantha se espalhou nas entranhas de todos.

-Você sabe como corta o clima, hein Az?
Cassian tentou aliviar o ambiente, mas Rhysand não deixou.
-Para onde ele foi?
Rhys perguntara.

  Azriel deu de ombros, olhando para Mor, mas esta estava olhando atentamente para Rhys, suas sobrancelhas estavam franzidas para o primo.

-Por quê, Rhys?
Ela perguntou.
-Só curiosidade.
Mas ambos sabiam que era algo a mais, mesmo que Rhys não pudesse dizer o que.
Alguns dias depois, porém, Rhysand estava em seu escritório na Casa do Vento quando Arziel bateu na porta.
  -Az. Dê-me o prazer.

Ele cumprimentou, sorrindo para seu irmão.

Arziel parou no meio do escritório, dizendo baixinho para o irmão:
-O Vanserra voltou para a Primaveril.
Rhys franziu a testa e recostou-se na cadeira.
-Para Tamlin...
Ele sussurrou mais para si mesmo do que para Arziel.
Arziel acenou com a cabeça e sentou-se junto a extensa mesa. Rhysand sabia que ele queria falar com ele, mesmo que ambos estivrssem em silêncio. Esse era seu irmão, ele não diria sua opinião de vez, ele esperaria até que tudo estivesse seguro para dizer o que ele queria.
-Você prestou atenção nele.
E esse era seu mestre espião, sempre observando as coisas ao seu redor. Rhys havia prestado atenção em Lucien e temos que sempre o fizesse.
-Eu presto.
-Por quê?

Uma única sobrancelha levantada foi a indicação de que Arziel não gostara da resposta.

  Rhys se levantou e soltou um suspiro.
-Ele é interessante. Desde jovem tem interagido com outras cortes, sabe como funciona as coisas, como ser sorrateiro, como ser ... Um bom cortesão.
-Você o quer aqui.
Não era uma pergunta.
-Sim, ele ficaria bem-
-Ele é irmão de Eris.
Arziel o cortou e Rhys sabia que o irmão estava com raiva.

-I daí? - Arziel apenas olhou fixamente para Rhysand. O cenho fechado, mas Rhys inclinou a cabeça e olhou com as sombrancelhas franzidas para o Encantador Das Sombras. -Duvido que sua lealdade esteja com seu irmão, Az.

                            ***

  A chuva caia na Corte Primaveril enquanto o luar passava entre as folhas verdes para atingir a bela residência localizada em torno de rosas. Lucien assistia com a cabeça escorada na janela.

Corte de Desacertos e RecomeçosOnde histórias criam vida. Descubra agora