sempre sua, 3 livro de amizade colorida

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E eu não me importava se ele não me queria. Eu nunca iria querer nada além dele, não importava quanto tempo eu vivesse.

Muita coisa aconteceu nesse longo tempo.

Estou grávida, depois de duas tentativas que falharam. Bruno e eu até tínhamos desistido de tentar ter outro filho. Mais por um milagre, estou grávida novamente.

Lua ser tornou uma adolescente um pouco difícil de lidar, bem diferente de mim.  A mesma é tão apegada ao pai e Bruno também é louco por ela. Amo esses dois mais que tudo na vida.
Lua era a cópia viva do Nicolas, ela puxou a tudo nele. Quando ficava brava, quando sorria e até o amor pelos livros.

Nunca mais tiver notícias do mesmo, era como se ele nunca tivesse existido.

Não queria que ele sumisse dessa forma, queria que ficasse pela nossa filha.

- Mãe, você acha que o papai me daria esse box? - Sou tirada de meus pensamentos por Lua. Ela estava com o celular em mãos me mostrando um box de livros.

- Não sei, acho que sim. - respondo.

Ela da de ombros e volta a mexer no celular.

Bruno trabalhava como gerente no restaurante da minha mãe. Ele passa a maior parte do dia no trabalho e sempre que volta traz comida pronta. Eu e Lua adoramos. Lua não sabia cozinhar e eu tinha preguiça.

A dois anos trás recebi um e-mail um tanto estranho "Eu estou voltando" me subiu um calafrio e uma sensação estranha.
Pensei que pudesse ser o Nicolas, mais a mensagem não dizia mais nada. E já se passou tanto tempo, não podia ser ele.

Porém, não sabia como ele estava agora. Nicolas devia ter mudado.

.

Quando Bruno finalmente chegou, Lua correu até o pai e o encheu de beijos.

- Que saudades pai. - ela diz e pega a mochila de Bruno. - Deixa eu levar pro seu quarto. - quando Lua queria alguma coisa, ela sabia chantagear muito bem.

- O que ela quer dessa vez? - Bruno pergunta e vem até mim me enchendo de beijos.

- Livros. - digo e beijo seu pescoço.

- Lua ainda vai me fazer chegar a falência. - Bruno diz e sorrir em seguida.

- Pai, vou direto ao assunto. - Bruno se senta ao meu lado, Lua tenta falar, mais é interrompida pelo pai.

- A mocinha não está merecendo ganhar nada. - diz. - só recebo reclamação da diretora da escola e agora essa de namorado.

- Em minha defesa. - tenta falar novamente.

- Em sua defesa, você está de castigo até segunda ordem.

- Eu odeio você. - sai batendo as pernas com raiva.

- Não sei a quem ela puxou. - digo.

- Eu sei.

Lua tinha 16 anos, mais as vezes achava que tinha mais. Não entendo e nunca entendi esse estilo rebelde dela. Bruno e eu sempre a deixamos fazer o que quisesse, contanto que pudesse ter limites. Quando Lua ficava de cabeça quente, ela costumar ir pra casa da minha mãe e fica por lá mais de uma semana.

E agora ela vem com essa de namorado, pra mim ela sempre seria o meu bebê.

Minha filha tem um gênio difícil.

Ainda amo você Onde histórias criam vida. Descubra agora