ENFRENTANDO O DESTINO…
Pareceu uma eternidade abrirem-se aquelas portas. A lentidão congelava o sangue, roubava os resquícios de coragem e o suspense os torturava na angústia do que elas poderiam estar escondendo. Mas, quando finalmente elas mostraram o exterior do subsolo...
Somente um servente distraído com seu celular que se preparava para entrar no elevador foi mostrado. Eles respiravam aliviados mesmo escutando a movimentação dos policiais vindo em direção deles. Saíram em disparada rumo ao carro praticamente atropelando o homem ali distraído que ainda proferiu um xingamento.
--- Desculpa aí, tio!--- Samuel ainda falou sem se distrair do que estava por vir.
--- Parem! É uma ordem! -— um policial gritou.--- Parem ou nós vamos atirar!
Samuel virou-se na direção deles e mesmo correndo de costas, deu alguns disparos na direção das vozes. Os policiais se esconderam atrás de pilastras e carros promovendo o tempo necessário para eles entrarem no carro. Com Keyla na direção, estava óbvio que teriam dificuldades em alcançá-los.
Ela repetiu a façanha da marcha ré com o cavalo de pau. E logo fez o carro rodopiar em sua volta fazendo uma cortina com a fumaça dos pneus queimando borracha no asfalto. Assim ganhavam tempo e os confundiam em que carro estavam ou mesmo conseguissem uma identificação pela placa. Saíram veloz daquele estacionamento os deixando embasbacados.
Ouviram alguns tiros. Provavelmente para assustar. A polícia não tinha interesse em provocar danos materiais a terceiros com a impossibilidade absoluta de parar aquela caminhonete.
Keyla não teve problema nenhum com a cancela do estacionamento que voou em pedaços para todos os lados causando assombro aos que chegavam no momento. Acelerou o que pode e assim que passaram por duas viaturas, Samuel posicionou-se com meio corpo fora da sua janela, mirou e atirou nos pneus de uma delas.
Isso fez com que o motorista perdesse o controle e batesse na outra provocando um acidente e a interrupção da saída das que estavam lá dentro. O trânsito interrompido proporciona mais tempo para uma fuga. Houve efeitos colaterais, já que mais um carro civil foi envolvido. A batida não foi grave. Só danos materiais, uns pontos a mais para aumentar seu karma no futuro ou um passo adiante as portas do inferno.
--- Sabe roubar um carro, loura?--- Samuel sorriu. --- Por que vamos precisar de outro!
Quando voltou a se sentar ao seu lado. Repetiu a conferência da munição. A arma em sua mão agora era inútil. Não tinha mais balas. Jogou sobre o painel e socou o mesmo com raiva.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sequestrando o Playboy
RomancePara ela... A vida era um eterno competir em quatro rodas. Sentir o motor do carro pulsar na mesma frequência do ritmo do seu coração. A adrenalina pulsando nas veias em cada segundo que antecede a largada, a emoção da vitória, o suspense do percu...