Óia eu aqui de novo!
Provando que sou versátil, trouxe uma pequena one taekook dessa vez porque a carne é fraca. Ninguém pediu, mas eu fiz. Revolucionária 🤩
Cara, pra quem curte ler escutando um som, eu super indico The Night We Met, Lord Huron. Ela que me inspirou a escrever isso daqui, além de que tem trechos da letra embutidos no texto ;) vou deixar aqui em cima o vídeo com a tradução, tá?
Espero que gostem 💜
Eu nem vi.
Nem vi quando você fez morada aqui.
Quando alojou-se em mim.
Nem vi você chegar.
Você apenas quis, com doçura me pediu para entrar. E eu permiti que me consumisse por inteiro, sem medo. Permiti que me despertasse o choro do meu amor mais valioso, sorvesse agora destas palavras encharcadas de sentimentos que jamais dei a alguém. Porque ainda estou aqui por você, morando em cada nuance de nós dois.
Não entendo, juro que não faço a menor ideia de quando te vi surgindo para mim tão belamente. Havia algo em seu sorriso sem forma que era ameno, brisa leve que traz o cheiro das árvores, e me arrebentava os freios do coração. Desconhecia a ordem dos sintomas, tão somente floresciam em meu peito, sem amarras. Era jovem, o coração uma raiz frágil, ainda assim, minhas flores mais bonitas te entreguei. Cultivei tantas! Elas desabrochavam em seu nome, todas. Margaridas, gerânio, lírio branco, camélias. Belas como você. Cheirosas como você. Todos os dias morriam pétalas lindas de algumas, assim como nos demais, nasciam outras; murchavam duas ou três em alguns momentos, às vezes depressa, às vezes lentamente, mas eu as sustentava com força, afeiçoado demais a tal singeleza frágil que morre veloz.
Quando se tem algo tão etéreo em mãos, não nos cansamos de admirá-lo no cenário que for, sondando a aura sedutora, cegos em deslumbre. Mesmo quando o tempo esmorece tamanha beleza, sabemos que sempre podemos plantar outras mais.
E eu fiz isso.
Cada ajeitar de madeixas castanhas, rir suave e harmonioso; cada avermelhar de bochechas depois de um elogio solto, confortável; cada beijo molhado naquele aconchego de braços, peito, pernas e amassos; cada cair de pano, desvendar de corpos e ar pesado que escorre da boca... Cada ínfima batida intensa do meu coração apaixonado criava campos inteiros de primavera.
Era coisa besta que você fazia, mas que me condenavam a te amar por toda a minha existência.
Uma loucura, esse tal de amor. Forte, também. Dizem que não surge rápido, que é paixão todo esse sacolejar no peito. É bobagem perder tempo com essas fases: do gostar à paixão, da paixão para o então amar. Não! Pulei todas elas e apenas te amei, rápida e intensamente, embora não soubesse se em ti queimava o mesmo amor.
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O Que Sobrou de Nós Dois [Taekook]
FanfictionHá algo sobre o amor que não nos pertence: a definição. Jungkook pensou que sentir o amor era desvendá-lo, por isso entregou-se de peito aberto para Taehyung e o amou com tudo o que tinha. Em desalento, apenas não esperava tecer a dor de saber que...