Olha só, ela está aqui novamente.
Olhos violeta corbertos por uma máscara branca de coelho, olhos que podem matá-la, olhos que podem salva-la.
A varinha apontada para o seu pescoço diz que é a primeira opção. Porque sempre miram no pescoço? Eis a pergunta milionária.
Ela já tinha esquecido, aquele homem nunca a escutaria, não importa o que ela fizesse ninguém a escutaria. O que ela esperava afinal? Que ele a ajudasse? Porquê ele faria isso?
Afinal, ele é o responsável pelo loopi temporal. Ele é o responsável, por ela ainda estar presa nesse inferno.
Penélope por um momento teve um pouco de esperança, esperança de que alguém acreditaria nela, de que alguém, pela primeira vez, ouviria o que ela tem a dizer.
Mas o brilho nos olhos daquele homem provaram o contrário.
Ninguém escutaria ela. Nunca.
E assim aquele homem sussurrou, um feitiço que a manteu presa naquela sala, enquanto ele saía silenciosamente.
"Ele vai simplesmente me deixar aqui?"
Foi o que passou pelo sua mente, morrer como na primeira vez, com fome, com sede e sozinha. Penélope não quer isso, ela não quer sentir isso de novo.
Então o calor alcançou o seu corpo, chamas douradas consumindo o cômodo, uma risada escapando dos lábios rosados.
- É claro... - a mulher disse entre uma gargalhada triste - um final digno para uma vilã.
Seus gritos logo preencheram o cômodo, sua carne sendo consumida pelas chamas, a dor indescritível percorrendo todo o seu ser, o espetáculo sádico e horrendo sendo escondido por uma barreira mágica criada pelo mago.
O homem de cabelos brancos olhou para o corredor em que estava, avistando belos olhos azuis céu hipnotizantes, um sorriso gentil e fios rosados.
O homem sorriu para ela, seu amor cego incapaz de diferir céu e inferno.
E assim aquela mulher morreu mais uma vez, cercada por chamas douradas, a dor agoniante e a solidão que sempre a acompanha.
E mais uma vez, perdendo a conta, aquele império caiu em desespero, consumido pelas chamas, marcado pela morte, o relógio retrocedendo mais uma vez.
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Prisioneira Temporal
ФанфикQuando se morre centenas de vezes, a verdade fica cada vez mais clara. Não importa o quanto negue ou o quanto tente ignorar, no final você sempre terminará sozinha, Penélope Eckart.