Algumas pessoas dizem que há uma linha tênue entre o amor e o ciúmes, eu acredito que estou bem no meio. No meio do amor, no meio do ciúmes, e no meio da sua vida. Eu já ouvi falar daquela pessoa que te faz sorrir igual a um bobo, aquela que te faz...
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HELOÍSE VIANA
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Eu quero ser o motivo do seu sorriso bobo. Quero ser a pessoa pela qual você espera ansiosamente por uma mensagem. Quero ser aquela que te dá os maiores arrepios. Que te beija todo dia. Que mora no seu coração. Quero ser quem vai olhar pra todas as suas cicatrizes e manchas e ainda sim te achar a pessoa mais linda do mundo. Eu quero ser sua, de corpo e alma, do começo ao fim. E quero que você deseje o mesmo em relação a mim.
Eu cheguei nessa fase que meu pai tanto avisou. Eu achava que quando me sentisse assim não seria tão desesperador, achava que isso já havia acontecido com o Victor, mas não. Nem se compara. Não doía tanto saber que Victor não estava apaixonado por mim, mas sequer imaginar isso sobre Liandro me faz sentir o amargor e não é nada confortante.
Cheiro seu cabelo e um pouco do seu rosto devagar, aspirando bem a fragrância gostosa que vem dele, sentir seu cheiro me traz uma sensação de tranquilidade, paz. Liandro pressiona seu corpo no meu, me apertando e eu não conseguiria sair daqui nem se quisesse.
— Eu amo esses cheirinhos que você me dá do nada.- sua voz sai dengosa e rouca, meu corpo produz uma resposta a isso rapidamente e logo me sinto arrepiada e com o coração quentinho.
— Você gosta é?- pergunto ao ver ele abrir os olhos e me encarar profundamente, o sorriso nos lábios dele me deixa boba.
— Eu amo. Quando você me cheira. Quando você me beija. Quando você acaricia meu rosto.- ele vai se aproximando lentamente e em seguida me beija.
Passamos longos segundos nos beijando lentamente, sua boca desliza de uma forma gostosa contra a minha e isso faz tudo ser bom pra caralho. Ao encerrar o beijo meu coração vai à loucura quando Liandro sorri e deposita alguns selinhos na minha boca.
— Seu sorriso é lindo.- o elogio enquanto acaricio sua bochecha, sinto ela esquentar na minha mão e eu sorrio grandemente.
O clima gostosinho é interrompido quando o aparelho de som do meu quarto começa a tocar "Voltei pras putas", fico sem entender nada e isso piora quando meu pai entra no meu quarto e tranca a porta, ofegante e parecendo que vai morrer a qualquer momento. Entendo o que está acontecendo quando os gritos da minha mãe ficam mais altos e dou risada.
