𝐒𝐨𝐧𝐡𝐨𝐬 & 𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 ━━ Emiliano Rigoni

Twelfth Chapter

Some people want it all
But I don't want nothing at all
If it ain't you, baby
If I ain't got you, baby

❃

Ansiedade.

De acordo com um site de pesquisa, ela é uma preocupação intensa, excessiva e persistente e medo de situações cotidianas. Podem ocorrer frequência cardíaca elevada, respiração rápida, sudorese e sensação de cansaço.

Era exatamente isso que Lírio e Rigoni estavam sentindo, como se o coração fosse sair pra boca. Ela, porque tinha a certeza de que se apaixonaria ainda mais por ele. Já ele, com medo de estar arriscando um próximo passo, para se tornar algo além de um vizinho amigo.

O amor que florescia como as flores enviadas, e que se enraizava como os sonhos de ambos, que tornava tudo ainda mais forte.

Parada ali, e frete ao espelho analisando que o vestido havia ficado bom, Lírio se questiona em relação a ele e em relação a Diego, mesmo tendo a plena certeza que foi traída pelo ex-namorado, ainda tinha sentimentos em seu coração direcionados ao homem. Mas, era algo totalmente pesado de se carregar.

— Será que é uma boa ideia ir a este jantar? — Se perguntou baixinho. — Que droga Lirio, porque você é tão confusa?!

O resmungo bravo, fez com que ela bufasse e se sentasse à beira da cama. Esperando que ele fosse buscá-la, já que a mesma estava pronta desde as sete da noite.

— Não posso beija-lá. — Rigoni murmurou, sentindo o peito apertado. — Eu a amo tanto, mas não posso.

A voz do subconsciente te gritava que sim, que ele poderia e que ele não se preocupasse. Mas ao mesmo tempo, algo dizia que era um péssimo momento. Ignorando todos os pensamentos, caminhou decidido pela casa, pegando as chaves do carro e saindo pela porta. Dirigiu seus passos até a casa de Lirio, tocando a campainha.

Rigoni se afastou um pouco da porta, esperando ansiosamente pela mulher morena que habitava em seus sonhos e pensamentos. Lírio apareceu segundos depois, fazendo o coração do homem acelerar.

— Uau. — Murmurou, vendo-a de cima a baixo e se encantando ainda mais pelas curvas da mulher. — Você está tão linda.

— Ah, obrigada. — Respondeu, sem jeito. — Você também está lindo.

Trajando uma calça preta e um blusa branca, com uma correntinha de prata no pescoço e o perfume amadeirado, Rigoni acelerou o coração moça, que por sua vez, vestia um vestido soltinho e florido, com os cabelos soltos em cima dos ombros.

— Pronta? — Perguntou e ela assentiu.

Fechou a porta atrás de si, e entrelaçou o braço ao dele, caminhando juntos até o carro, antes que ele pudesse abrir a porta, a mulher o puxou e deixou um beijo em sua bochecha.

— Você está mesmo muito lindo, meu moreno. — Sussurrou e ele sorriu.

— Não muito diferente de você. — Respondeu ao mesmo tom.

*

A mudança de planos, surgiu quando Rigoni soube que o lugar onde queria levar Lírio, estava fechado durante a noite, então depois de muita conversa, decidiram ir apenas jantar. Eles já estavam na sobremesa, e o assunto fluiu bem durante todo o jantar, descobriram muitas coisas em comum, como a paixão por sorvete de Flocos, e a aversão a açaí. Até as cores favoritas eram iguais, a apreciação pela tonalidade azul-céu e roxo.

As poucas divergências eram mais comuns e que geraram uma breve discussão divertida, mas ambos se perdiam um pouco ao olhar para os lábios um do outro, desejando um toque mais aprimorado daquela região do rosto.

— O que vamos fazer agora? — Perguntou Lírio.

— Eu não sei, o que quer fazer? — Devolveu a pergunta.

— Daria tudo por um filme no meu sofá, você topa? — Sugeriu e a ele, pareceu uma ótima deixa.

— Topo. — Responde. — Eu escolho o filme dessa vez, aquele me deu sono.

— Você é um cínico, a cara nem treme. — Brincou ela, o fazendo dar um sorriso.

Emiliano anunciou que iria pagar e pediu para que Lírio o esperasse no carro, que logo se encontrariam. Foi exatamente isso que a garota fez, seguiu para o lado de fora, aguardando o rapaz.

— Demorei? — Perguntou ao voltar, passando as mãos pela cintura dela.

— Não muito, mas senti saudades. — Disse e virou-se para ele, o puxando para mais perto.

— Quer um abraço então? — Sugeriu brincalhão.

— Quero. — Fez beicinho. — Você mal me tocou hoje.

Aquilo era verdade, mas foi por completo receio de estar se precipitando e magoá-la de alguma forma, ou até mesmo, se magoar. Lírio não esperou por uma resposta, e passou os braços pela cintura dele, o trazendo para mais perto dela. Rigoni não teve opção a não ser abraçá-la, e beijar o topo de sua cabeça.

A mulher levantou a cabeça a ele, sorrindo e passeando os olhos pelos detalhes de seu rosto tão próximo ao dela, sentindo a necessidade do toque de sua boca na dela. Então, tomou a atitude de tentar beija-lo, sendo consumida por coragem, euforia e um desejo avassalador.

Quando ele notou que estava perigosamente perto da boca dela, se afastou bruscamente, a deixando confusa e fazendo que Lírio se sentisse totalmente pequena e inferior. Uma sensação não tão boa.

— Você não quer me beijar? — Questionou baixo, sentindo o peito arder.

— Não é isso, é que... — Testou responder, ainda de costas a ela. — É que...

As palavras sempre lhe fugiam em momentos nervosos, como este.

— Emiliano, olha pra mim. — Pediu e ele negou com a cabeça. — Se vai me rejeitar, ao menos olha pra mim.

Ele mordeu o lábio, se culpando por sentir medo de mudar o clima bom que eles tinham e acabar estragando tudo. Fazendo com que esse medo lhe dominasse.

— Foda-se. — Murmurou e olhou.

Voltou a se aproximar e segurou em seu rosto, unindo seus lábios aos dela, fazendo com que uma onda de sentimento e lembranças dos sonhos vividos, lhe tomasse por completo.

O beijo iniciou tranquilo, até as línguas começarem a dançar conforme eles regiam o ritmo. As mãos de Rigoni, foram para cintura de Lírio que direcionou seus braços para o pescoço dele, o puxando para mais perto. O desejo e anseio por mais, trouxe mais pressa ao beijo e levando consigo o oxigênio necessário aos pulmões.

Ao se separarem, se encararam com os olhos um pouco arregalados, e a respiração ofegante.

— Me desculpa. — Ele pediu.

— Obrigada. — Disse ela. — Pode fazer isso de novo?

— Isso o que?

— Me beijar. — Respondeu. — Me beija assim, pra sempre.

O sorriso cresceu em seus lábios, e o alívio em seu Peito. Não demorando muito para um outro beijo se iniciar.

**
acelerou meu coração
não dá pra segurar