Depois da Aula | Keisuke Baji

único

┬──┬

— Por Deus, Baji-san. Eu entendo que Números Complexos é meio complicado de aprender, mas essa questão só envolvia soma e multiplicação. — Chifuyu analisava minuciosamente a prova do amigo durante o intervalo.

— Resolve melhor, então! — Baji cerrou os dentes, frustrado.

Se não estivessem na escola, Baji teria tirado os óculos e os jogado no chão de tão chateado que estava. Até agora, não havia tirado uma nota na média na semana de provas. Chifuyu apenas ignorou a irritabilidade do garoto.

— É, acho que não tem muito o que fazer. Na próxima prova você precisa tirar sete e meio para não ir para a prova final. — Chifuyu entregou a prova para ele.

— Você acha que eu consigo?

— Claro que consegue. Posso ajudar com alguma coisa, eu acho. Esse assunto é avançado pra mim, mas acho que posso dar uma estudada.

— Obrigado, Chifuyu! — Baji comemorou.

O sinal tocou e os dois levantaram do banco.

— É outro tempo de matemática. Acho que vou dormir no fundo da sala. Já tô de recuperação mesmo...

— Tá louco? Sente na frente e veja como o professor pode ajudar você com isso. — apontou para a prova. — Não desista, Baji-san, você não tá na pior. Existem pessoas que já devem estar para repetir de ano.

De volta ao seu lugar, Baji sentou na frente. Ajeitou seus óculos de vidro (já que ele não tinha problema nenhum de visão) para chamar o professor quando ele terminasse a chamada.

— Baji-kun, de novo na minha mesa?

— Nota vermelha. — ele mostrou a prova.

— Ah, sobre isso. — ele analisou a prova. — Apareça na sala 21 depois da aula.

— Depois da aula? — Baji quase gritou. Ele tinha marcado com Draken, Mitsuya e Chifuyu de irem à oficina.

— Imagino que você queira passar de ano, certo? — ele deu uma risada ao ver o desespero do rapaz.

┻━┻

— Tenho que ficar depois da aula.

— Uh, parece que vai ter aulas de reforço. — Chifuyu disse com animação. — Podem ensinar você melhor do que eu ensino.

— Impossível.

— Relaxa, apenas vá. Podemos marcar outro dia com os rapazes.

— Vou pular o muro, eu juro.

— Não vai, não. Nem que eu fique de vigia com os guardas da escola. Tchau. — Chifuyu acenou quando escutou o sinal tocar.

Baji, de forma enfurecida, com seus cabelos presos e engomados e aquele óculos, movia os pés bruscamente para a sala.

Ao pisar, apenas cinco alunos estavam sentados.

Eu vou embora. Vou assinar a chamada, pedir para ir ao banheiro e meter o pé. Que caralho. Que se foda essa nota.

Até enxergar uma garota sentada no canto do meio da sala.