Good doctor

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Oi kk, vcs lembram daqui? Espero que sim, sei que estou sem postar a meses, mas voltei com um capítulo novo aqui como pedido de desculpas, aceitem pfv🤧, e boa leitura<3.

:)

Quando a questão é entender e se expressar em palavras é um desafio para o pequeno Harry, ele sentia dor, seu abdômen perfurado doía, as partes espancadas pelo cinto, mas dor de estar praticamente órfão era maior que todas. Estava anoitecendo e a mulher de mais cedo apareceu algumas vezes pra verificar Harry e seu prontuário.

Resmungos de dor e de tédio eram escutados naquele quarto de hospital, não tão altos para incomodar outros pacientes mas também não tão baixos, qualquer um que passasse por ali ouviria e talvez sentisse uma pequena preocupação.

A noite caiu por completo e pela quinta ou sexta vez do dia um choro é ouvido, não é o que o Dr. Tomlinson costuma lidar, mas era quase a sexta vez do dia que o homem do 420 chorava e que alguma enfermeira vinha avisar.

- Ele não conversa com nós, doutor.

- Como ele não conversa? Ele tem que conversar, qual o problema? - Louis disse num tom exausto e impaciente.

- Infantilismo, tudo indica e volta pra esse ponto.

Louis suspira e se joga mais uma vez na sua cadeira, meio confuso.

- Bom, tentarei novamente, mas não garanto que ele corresponda. Ele só chama pela família.

- Quanta ingenuidade, estão presos.

A enfermeira o encara apreensiva e logo diz:

- Ele não entenderia... - Louis fecha a cara sem paciência.

- Ele estava sendo violentado diariamente por algo que eu nem posso chamar de motivo, como ele não entenderia o porquê dos pais estarem presos?

- Acho que o senhor não entende também. Boa noite, Dr. Tomlinson.

A mulher fecha a porta e saí em seguida deixando um Louis sem entender nada para trás. Ele queria ver o garoto com os próprios olhos para entender melhor o que estava acontecendo.

A clínica onde o de olhos azuis trabalhava não era uma clínica especializada pra esse tipo de condição, e sim um hospital, ou seja, pessoas doentes iriam para lá.
E Louis nunca havia lidado com esse tipo de assunto antes, por mais que é seja médico, ele era inexperiente com isso.

Se levantou e deixou sua sala indo em direção ao 420, onde o choro que vinha de lá não era mais presentes mas era possível ouvir uns resmungos. Por um momento parou em frente à porta e pensou em voltar, pois o homem poderia estar dormindo, o analgésico que a enfermeira que o acompanhava o deu é eficaz mas era um pouco forte, mas resolveu entrar no quarto mesmo assim.

Pode ver um ser pequeno enrolado a si mesmo na cama e seus olhos relaxaram, já que não era nada do que Louis esperava, ele esperava um homem comum reclamando de dor que não parava de resmungar, mas não, havia só um garotinho procurando descansar e esquecer a dor. Louis engoliu o seco ao ver os punhos do garoto fechados, apertando cobertor fino em cima de si, sem hesitar, Louis se aproximou da cama e se sentou devagar para não assustar quem estava deitado dela, mas falhando, fazendo o garoto pular assustado e encarar o médico com o olhar medroso.

Louis olhos nos olhos do garoto notanto os mesmos molhados e apavorados.

- Você sabe onde minha mãe está? - Harry perguntou tentando manter a voz firme perto do homem desconhecido.

Always be my baby (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora