Meus passos são lentos e uma conversa agradável os acompanha. Minha colega de trabalho e eu caminhamos pelo corredor, mais conhecido como o corredor anti-social por aqui. Cada um tem sua sala o que torna mais difícil a comunicação e convivência, momentos como esse, de encontrar alguém pelo caminho, são raros.
Me despeço tocando a mão na maçaneta da minha sala e demoro um pouco para entrar, finalizando o assunto finalmente.
Quando piso em minha sala, meu coração dispara ao ver um homem de terno sentado em minha cadeira. Eu fecho a porta imediatamente e apresso em fechar as persianas também.
— Está tentando me esconder do mundo?
Como sempre ele tem perguntas e respostas na ponta da língua, doido para me provocar e me levar ao limite. A maior parte do tempo estamos em um jogo e briga verbal. Quem ficar sem argumentos primeiro, vence.
Opto pelo lado racional do contexto, ele não deveria estar estar aqui e dada a forma que nos conhecemos, a sua presença ilustre não é confiável.
Meus saltos fazem o barulho do meu trajeto até o seu lado. Paro e encosto o corpo na mesa, olhando para ele com muita atenção.
Seus olhos, no entanto, varrem meu corpo e demoram um pouco mais no meu quadril, que está protegido com uma saia justa preta. Suas mãos gananciosas e grandes vão até eles com uma tentativa de me aproximar dele.
Percebendo minha relutância em me aproximar, ele me puxa com força e evito de cair nele, colocando minha mão ao lado de seu pescoço na cadeira.
— Que tipo de jogo é esse? Prova de resistência?— ele zomba observando meus lábios, que curvam em um sorriso.
— Sabe Senhor Fabrri...— sento em seus joelhos cruzando minhas pernas e pegando em sua gravata perfeitamente alinhada.— Não contava com sua visita, poderia ter comunicado, eu teria separado um tempinho para o senhor.
Seus olhos brilham de desejo e os meus de satisfação em o ver tão entregue. Aproximo de seu lábio e puxo o inferior com os dentes borrando o meu batom novinho.
— Fiz uma surpresinha para você, linda.
— Uma surpresa sem um presente? Hum...— mexo em meu cabelo como se eu estivesse pensando.— Não é estilo Dominique.
— Decide de última hora, aliás, eu já sou um presente, não acha?
Sorrio e acaricio o seu rosto magnífico.
— Sim, sim... Um pacote completo.— aproximo minha boca de seu ouvido e sussurro:— Lindo, cheiroso e mentiroso.
Seus músculos ficam tensos mas ele não deixa abalar.
— Mentiroso? Ouço isso constantemente ultimamente.
— Apenas uma chance, anjo. O que você está fazendo aqui?— pego em seus ombros e início uma massagem sem muita precisão.— Pense bem antes de falar, tem uma câmera apontada bem para sua nuca. Eu verei tudo que você fez.
Suas mãos vão até minha lombar para me segurar e com seus pés, ele gira a cadeira que estamos sentados. Um sorriso aparece em seus lábios e ele gargalha jogando a cabeça para frente.
— Que postura antiprofissional, colocaram uma câmera para ver se você trabalha direito? Coitadinha.
Ele fala passando a mão em meu rosto e fazendo um beicinho como se estivesse com dó.
— Não, Senhor Fabrri. A câmera foi instalada por mim, o acesso está em minhas mãos apenas.
Penso que com essa revelação, eu o desmontaria mas o efeito da minha frase não é o esperado.
— Então devemos dar novas imagens para você guardar de recordação.
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Fotografando o nosso amor
RomanceCeline é uma fotógrafa que cobre eventos famosos e grandes. Em um evento em especial, que é o mais aguardado o ano inteiro por todos, um desafio lhe é lançado e ela o agarra determinada. Dominique é um jovem empresário de sucesso e seu nome está bom...