- Eu nunca quis uma mulher como quero você.Ao proferir aquela frase, vi em seu semblante uma espécie de espanto, como se ele tivesse ficado surpreso pelo que dissera. Mas acreditar naquilo me fazia sentir medo das emoções que fervilhavam dentro de mim. De repente percebi que estava pensando demais e coloquei a mão no rosto dele para beijá-lo. Tudo que sabia era que também o desejava mais do que tudo que já senti e aproveitaria cada segundo perto dele, por isso joguei pro lado qualquer resquício de sanidade e resolvi pular naquela loucura.
Quando Aaron me puxou para mais junto dele, de maneira a deixar nossos corpos unidos, uma onda de intenso desejo reverberou em meu corpo, levando junto qualquer dúvida ou incerteza. Eu queria que Aaron me penetrasse logo.
A voz dele era gutural: – Acho que não consigo esperar mais.Por mais que eu queira...
Eu estava tão molhada, pronta para ele,então rocei minha intimidade contra a ereção dele. Os olhos dele pareciam fogo.
– Não quero que você espere...Também preciso de você.
Era um pedido primal, urgente. Eu nunca agi assim, mas que se dane, provavelmente porque nunca conheci um homem como ele. Aaron pegou um pequeno pacote na mesinha de cabeceira, então abriu a embalagem e começou a desenrolar a camisinha sobre o membro.
Deitando-se sobre mim, ele afastou minhas pernas. Ele levou a mão até lá embaixo e me tocou, acariciando-me, penetrando-me com os dedos. Dobrei os joelhos de cada lado dele ...Então ele retirou a mão e começou aguiar sua grossa ereção para dentro de mim, empurrando lenta e gentilmente, fazendo-me acostumar-me ao seu tamanho. Cada vez mais. Ele abriu ainda mais minhas pernas, fazendo-me abrir por completo para ele. Algo aconteceu dentro de mim, como um despertar.
Já fizera sexo antes, mas dessa vez era diferente. Infinitamente diferente. Devagar,centímetro por centímetro, Aaron deslizou para dentro de mim, dando tempo para que eu me adaptasse a ele, seus olhos nunca abandonando os meus. Vi o suor escorrer pela testa dele e senti o corpo dele ficar teso.
– Você é tão apertada...
Instintivamente o prendi com mais força entre as coxas, forçando-o a penetrar-me ainda mais afundo, e o movimento me fez arfar. Ele agora me preenchia completamente.
– Você está bem? – perguntou.
Eu estava mais do que bem, mas completamente sem palavras. Mas assenti com a cabeça. Sentia-me completa, unida a ele daquela forma. Movi os quadris novamente,explorando minhas possibilidades, fazendo Aaron sair de dentro de mim e entrar novamente. Com investidas lentas e deliberadas ele entrava e saía, e uma tempestade formava-se dentro de mim, tornando-se cada vez mais poderosa. A cada movimento de Aaron meu corpo envolvia-o com mais força. Ele então me penetrou com um pouco mais de força e eu o recebi com todo o meu desejo.O ritmo mudou, tornando-se mais desesperado. Eu estava ciente dos sons que minha boca produzia, gemidos e a respiração elaborada e entrecortada, palavras incoerentes.
O corpo de Aaron movia-se cada vez mais rápido dentro de mim, ritmicamente. Ele então se aproximou mais, tomando meu rosto entre as mãos, entrelaçando os dedos entre meus fios dos cabelos conforme a boca encontrava a minha e seu corpo investia com força total. Ele enfiou a língua impetuosamente na minha boca, mordiscando-me os lábios.
Eu o segurava com desespero conforme nossos corpos se entregavam àquele prazer insano, nossos corações batendo em união. Meus braços estavam ao redor do pescoço dele e meus seios, comprimidos contra o peito dele. Ele envolveu sua cintura com minhas pernas. A tensão crescia cada vez mais, fazendo-me perder o controle sobre qualquer coisa. Eu era parte de algo imenso, mágico. Seus beijos ficavam cada vez mais urgentes e, pensei que meu corpo iria partir-se em dois, mas foi estilhaçado em um milhão de pedacinhos pela onda de prazer do orgasmo. Não consegui mais pensar. Eu flutuava em um lugar que jamais sonhara que existia.
Aaron investiu uma última vez com força total antes de soltar minha boca e gritou quando chegou ao clímax, alguns segundos depois de mim. Perebi,horrorizada, que tremia. Isso nunca me ocorrera. Tentei me afastar dele, mas ele me trouxe para mais perto, abraçando-me até os tremores pararem. Ele inclinou a cabeça e me encarou. Eu estava quase com medo de olhá-lo, com vergonha do que estava sentindo.
- Gabrielle ...?
Com relutância olhei-o. Estava de lado, apoiando o cotovelo na cama e a mão segurava sua cabeça. Os olhos dele estavam líquidos, imóveis. O que teve um efeito instantâneo no corpo meu corpo. Eu estava saciada, mas queria mais. Senti-me envergonhada.Como podia estar pronta de novo, assim tão cedo? Ele franziu o cenho e afastou o corpo,e me senti vulnerável.Ele ergueu-se sobre o cotovelo.
– Eu a machuquei? - sua voz denotava preocupação. - Eu a senti extremamente apertada. Foi sua primeira vez? - falava um tanto culpado.
Apoiei-me sobre o cotovelo também. Balancei a cabeça, fazendo meus cabelos recaírem sobre o rosto. Aaron os colocou para trás, e aquele pequeno gesto aqueceu meu coração.
– Não – admiti com a voz rouca.– Já fiquei com alguns caras. Mas... nunca me senti assim...Nunca tinha...
Parei sentindo o rosto esquentar, com certeza estava vermelha, olhei para os lençóis, morta de vergonha. Aaron então ergueu meu queixo, obrigando- me a encará-lo.
– Você nunca tinha o quê? Chegado ao clímax?
Balancei a cabeça, mortificada por estar falando sobre aquilo. Aaron acariciou meu rosto e sorriu levemente. Meu coração disparou no peito.
- Fico feliz por você ter me contado isso. Aqueles outros caras eram idiotas.
A vergonha desapareceu, permitindo- me apenas sentir o prazer de estar ali com ele.
- Não foram tantos caras assim. - falei sorrindo.
Meu corpo estava muito sensível, mas saciado de uma maneira verdadeiramente entorpecente. Com uma força admirável, Aaron me ergueu em seus braços e me levou para o banheiro, até o chuveiro. Ele me colocou no chão, mantendo um dos braços ao redor de mim. Entrou logo em seguida, acompanhando-me.
Foi a mais pura felicidade sentir a água quente em minha pele, juntamente com as mãos grandes de Aaron ensaboando meu corpo todo. Meus seios e minha barriga, entre minhas pernas, nádegas. O toque dele não era inteiramente sexual, mas eu podia ver sua ereção, fazendo meu corpo murmurar de satisfação, pronto para entrar em ação novamente . Se ao menos eu não estivesse sentindo-me igualmente pronta para cair na cama e apagar. Eu podia apenas escorar-me à parede e observá-lo, grande e negro em meio ao vapor do chuveiro, como um guerreiro ébano pagão. Sentia-me mole, e, como se estivesse sentindo a letargia tomar conta do meu corpo, ele desligou a água e enrolou-me em uma toalha, esfregando-me antes de enrolar-me meus cabelos na toalha como um turbante. Aaron então me ergueu novamente.
- Eu consigo andar, sabe. – falei, mas estava amando todo aquele cuidado.
Aaron sorriu e me conduziu até a cama, deitando-me gentilmente. Meus olhos já estavam se fechando e eu lutava para mantê-los abertos, lembrando-me da toalha na cabeça.
- Meu cabelo vai ficar um horror... – falei sonolenta.
Aaron cobriu meu corpo com o lençol.
- Durma, você precisa descansar. Volto daqui a um minuto. – E deu um beijo na minha testa.
O vi vestir uma calça de moletom antes de sair do quarto. E então não consegui mais lutar. Entreguei-me ao doce vazio
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Preconceitos (em ANDAMENTO)
RomanceTrês histórias de preconceitos que serão vencidas pelo amor.