A Filha da Minha Madrasta. Sariette

A CAIXA

Sarah POV:

A noite passou como um furacão, nem consigo contar as vezes em que transamos na minha sala, eu não entendia ao certo o que estava acontecendo comigo, mas eu não conseguia me controlar perto da Juliette, talvez pelo seu jeito doce de menina, e um olhar que mata qualquer um, seu corpo realmente era a minha perdição, e tudo isso veio como uma avalanche de emoções e sentimentos, eu realmente não sabia o que fazer. Acabamos ficando na empresa mesmo, a Juliette havia avisado o seu pai que não dormiria em casa, bom já passava das quatro da manhã quando adormecemos ambas nuas, no chão do meu escritório, exaustas por tudo aquilo que fizemos.

O sol começou a aparecer me despertando, meu corpo estava um pouco dolorido, mas eu estava tão relaxada, nem lembrava ao certo que estávamos na empresa, e quando olhei no relógio vi que marcavam 06:30, o expediente aqui na Andrade's começava as 07:30, logo teríamos um tempinho para sair sem ninguém além dos seguranças nos ver.

- Ju, vem, acorda.... – Disse próximo ao seu rosto.

- Hmmmm sarará, deixa eu dormir mais.. – Respondeu sonolenta, e ao olhá-la percebi que era ela que eu queria, mas não podia ter.

- Juu, meu anjo, estamos na empresa, daqui a pouco chega gente e nós duas estamos assim.

- Aiiiiii Meu Deus. – Disse dando praticamente um pulo. – Não, meu deus, estamos na empresa, Sarah não, que horas são????

- Juliette calma, são 06:30, só tem o Diogo e o Leo aqui, eles sabem que passamos a noite aqui, são de confiança, você sabe. Vem se veste e vamos, preciso de um café e depois de deixo em casa.

- Sarah não, vou para casa agora, e mesmo assim não vou chegar no meu horário.

- Ju, nós só vamos voltar depois do almoço, deixa de ser chata, esqueceu quem eu sou? Qualquer coisa invento que tivemos uma reunião de última hora, agora por favor nós precisamos tomar um café.

A Ju se deu por vencida, emprestei o meu blazer, já que eu tinha meio que rasgado a camisa que ela usava ontem. Passei na casa dela, para pelo menos colocar uma calça, ela insistiu falando que não ia aparecer assim na padaria, ai essa Juliette.

Tomamos um café maravilhoso que ficava perto da casa do meu padrasto, e eu pude ver que seu olhar estava curioso sobre mim.

- Um doce pelos seus pensamentos. – Disse em tom de brincadeira.

- Não é nada.

- Cê tá tão séria mozão...

- Ai meu Deus Sarará. – Disse caindo na gargalhada, e meu Deus, como eu amava aquele sorriso.

- Me fala, o que está te incomodando.

- Eu só estou esperando você fugir de novo de mim. – Disse agora com um sorriso triste no rosto, e isso fez com que eu me sentisse pequenininha, eu não queria fugir.

- Ju, eu não acho que agora seja um momento certo para conversarmos sobre isso, mas eu não quero mais fugir, então por favor tente entender a confusão que eu sou.

- Sarah, eu gosto de você, não sei ao certo o que é isso, mas gosto da sua presença. – Percebi que Juliette estava medindo as palavras, talvez com receio da minha reação, e era compreensível.

- Vamos com calma ok?

- Eu espero.

O resto do café da manhã foi silencioso, mas não de um jeito desconfortável.

Juliette POV:

A noite foi maravilhosa, mas eu vou confessar, tinha medo de qual Sarah eu iria encontrar pela manhã, se era aquela Sarah fria e calculista, ou se era a Sarah que eu estava me apaixonando, sim, eu estava me apaixonando, e isso era uma das piores coisas que poderia acontecer, caramba ela se tornaria da minha família em poucos meses, eu não poderia levar isso adiante, mas meu coração não obedece à minha razão. E para a minha surpresa, a Sarah que encontrei era aquela Sarah leve, linda, com aquele olhar meigo, nós fomos tomar café da manhã, mas a minha mente não parava, tinha tanta coisa que eu precisava perguntar, e eu buscava por respostas das quais não existiam perguntas, e ela pareceu perceber, eu meio que fui sincera, para não assustá-la me segurei e somente disse o óbvio, e sim eu sabia que ela estaria com algumas questões pessoais para resolver, a Sarah sempre deu essa ênfase de ser hétero, e eu entendo que para ela é mais difícil, eu já sou porra louca, sempre me denominei bi, e gosto de tudo. Após ela me levou em casa e seguiu para o apartamento dela, teria que voltar de Uber para empresa, já que o meu carro estava lá. Nada estranho né?!