A ambulância não demorou para chegar. No hospital foi imediatamente mandada para a sala de cirurgia. O cirurgião responsável não foi logo a abrindo para descobrir de onde vinha todo aquele sangue, decidiu assim descer um tubo endoscópico por sua garganta, mostrando o óbvio, que o sangue não vinha de lugar algum. Seu coração foi apertado por uma força superior, o sangue foi apenas uma forma de seu corpo dizer que não estava mais aguentando. Além de exames e mais exames feitos, nenhuma alteração foi constatada, mostrando que estava completamente bem de saúde, no entanto nada conseguia explicar porque não conseguia acordar ou por que não conseguia respirar sem ajuda.
Absolutamente ninguém podia entrar em seu quarto, apenas os médicos, que iam e viam, com pranchetas, internos e caras indecifráveis por Taeyeon. Ela esperava do lado de fora da sala, não pensou em avisar ninguém, mas pelo visto uma pessoa em específico deu um jeito de descobrir.
— Não, não, não. - Disse Jennie, com os olhos repletos de lágrimas e mãos grudadas no vidro do quarto.
Taeyeon foi até ela, a abraçando sem perguntar como sabia da situação ou qual o vínculo de sua filha com ela. Palavra alguma foi dita por longos dez minutos, apenas lágrimas, caídas por ambas as partes.
— Ela vai ficar bem? - Perguntou Jennie. - Ela vai acordar?
— Ela vai acordar, apenas precisamos ter fé e logo logo ela estará de volta.
— A senhora avisou a alguém? - Se afastaram do abraço.
— Não consegui pensar em nada até agora.
— Eu preciso fazer uma coisa, em breve estarei aqui, não quero deixá-la sozinha aqui, mas preciso. - Pegou seu celular do bolso. - Esse é meu número, me ligue se qualquer coisa acontecer. - Taeyeon anotou rapidamente, sem questionar.
— Tome cuidado, está chovendo e as pistas estão escorregadias.
Aquilo se assemelhou muito com um cuidado de mãe, lhe fazendo voltar ao abraço rapidamente e depois largá-la. A mais velha ficou sem entender muito bem o que tinha acontecido, assim com as diversas coisas da noite. Jennie tinha pressa, ignorou todas as leis de trânsito existentes e obviamente recebeu alguma multa. A primeira pessoa que pensou em ir atrás foi Chaeyoung, mas sua ida a uma hora dessas poderia causar problemas para a sua cunhada. Sendo a segunda escolha sua própria irmã e por palpite, só palpite mesmo de sua parte, a causadora de tudo isso.
Estava de frente a porta dela e torcia para que Yeri ou Lisa atendesse a porta, não queria encontrar com sua mãe e falar com ela antes de sua memória ser retomada. Mas as coisas não são bem assim.
— Desculpa estar aqui a uma hora dessas. - Não conseguia olhar para a mãe, porque só de estar em sua presença já doía. - Eu..
— Não acha melhor entrar? Está chovendo muito aí fora e obviamente não vai querer ficar resfriada.
— Eu posso? - Ergueu a cabeça, vendo agora o rosto que tanto temia olhar.
Helena lhe deu espaço para entrar, a casa tinha seu cheiro, o cheiro que lembrava nitidamente como era. Jennie olhava as coisas e ao parar os olhos em sua mãe imediatamente desviou o olhar.
— Eu vim trazer notícias da Jisoo, ela está no hospital. - Disse Jennie.
— O que aconteceu com a Jisoo? - Disse em um tom de preocupação.
— Eu não sei direito o que aconteceu com ela. - Tentou se segurar ao máximo pra não chorar em sua frente. - Mas sei que é grave. - Mas acabou desabando, levando as mãos ao rosto para abafar seu choro.
Helena foi como uma segunda mãe para Jisoo e sabia exatamente o que a garota estava sentindo nesse momento. Ao vê-la chorando um sentimento inexplicável lhe atingiu, fazendo com que se aproximasse e sem hesitar a abraçou. Suas roupas estavam completamente molhadas pela chuva, assim como seu rosto e ombro de Helena, levemente molhado com lágrimas. Jennie desejava aquilo mais que tudo, um abraço de mãe, o abraço da sua mãe. Um carinho que apenas seu pai dessa terra teve o poder de lhe passar, mas ele não está mais vivo a um bom tempo. O som de alguém descendo as escadas as afastou daquele abraço, era Lisa, com as expressão de preocupada e cara de choro.
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Em meio a guerra. - Jensoo, Chaelisa.
FanficEm meio a uma guerra travada há dez anos, surge um lindo amor, mas elas têm que lidar com a rivalidade de seus pais, a consciência de estar ou não fazendo o certo e problemas ao longo do caminho. Mal sabem elas que até as forças superiores torcem po...