Draco Lupin-Black

Capítulo Dois

Ao passar dos dias, Remus começou a incentivar Draco a andar, pois sabia que o garoto conseguia já que ele já tinha três anos e já tinha o visto ficar de pé várias vezes, mas o garoto sempre pedia colo quando queria ir a algum lugar; um dia qualquer onde Remus estava cozinhando para eles e deixou Draco na sala desenhando com giz colorido, Sirius decidiu abrir seu piano de parede, normalmente ele ficava encolhido por magia em cima da televisão apesar de ser pequeno pois não tinham espaço para deixar ele livre, então quando abria o piano tinha que encolher o sofá para caber, este foi um desses dias e enquanto dedilhava as teclas para ver se precisava afinar, acabou chamando a atenção de Draco, que parecia curioso com o som.

A partir do momento em que Draco se apoiou na mesinha de centro onde estava para se levantar, o pequeno já tinha a total atenção de Remus, que viu o garoto se içar para cima, as perninhas pequenas cambalearam por um momento antes do garoto começar a dar passinhos até Black.

Foi um passo…

Dois Passos…

No terceiro passo o garoto caiu, fazendo uma expressão contrariada e a boca pequena se molda em um bico choroso antes de abaixar a cabeça, Sirius que ouviu quando o garoto caiu se virou e o pegou no colo, o distraindo com o piano para que ele tirasse a expressão chorosa, Remus apenas sorriu para os dois quando viu o esposo usar os indicadores gordinhos de Draco para apertar as teclas aleatoriamente, vendo o garoto rir.

Passado mais uns dias, Remus estava muito atento a qualquer tentativa do pequeno de andar, vendo que quando ele estava na sala, com muita luta ele conseguia dar alguns passos se estivesse apoiado no sofá, mas se estivesse por si só, ele nunca conseguia dar mais de três antes de cair, sempre fazendo um bico frustrado por isso.

Então em uma das tardes onde Sirius tem que ajudar Regulus com os negócios da família, Remus decide levar o pequeno até Lilly no St. Mungos, para que ela conferisse se tem algo de errado com o loirinho, após o exame da medimaga, ela viu que a perninha direita do garoto, a que estava deslocada quando Severus o trouxe, não tinha curado corretamente e por isso que o pequeno estava tendo dificuldade para andar.

Remus não sabia dizer quem estava mais aflito, se era ele ou Sirus, que ele teve que chamar ao descobrir que iriam quebrar a perninha de Draco para colocar no lugar corretamente. Quando Draco gritou de dor ao ter sua perna colocada no lugar, mesmo com todas as poções que deram para ele, nem Sirius nem Remus não sabiam dizer quem estava segurando quem, se impedindo de pular em cima do garoto para o abraçar quando ele começou a chorar, sendo acompanhado nas lágrimas por ambos os pais adotivos.

Levou três dias, mas depois de voltarem para casa, quando Draco se colocou de pé novamente, com a ajuda da mesinha, ele conseguiu dar vários passinhos sozinho até Sirius que novamente estava no piano, e ao chegar no Black ele deu um sorriso tão grande e tão fofo que Remus sentiu que poderia morrer de amores e de orgulho do seu pequeno filhote.

Antes que pudessem perceber, Remus e Sirius já tinham uma rotina completamente familiar que os dois adoravam.

De manhã, Draco acordava bem cedo e se sentava pois logo em seguida Sirius e Remus acordavam também, isso se já não estivessem, apenas esperando a criança acordar. Apesar do pequeno loirinho acordar sozinho todo dia cedinho, Draco estava longe de ser a criaturinha mais matinal por aí, pois ele tinha um mal humor matinal que conseguia competir facilmente com o mal humor diário de seu padrinho, Sirius passava um bom tempo tentando ganhar alguma outra reação do garoto que não fosse apenas uma expressão de tédio e o olhar de desprezo, seu humor só melhorava depois do café da manhã, o que fazia Black brincar dizendo que agora que o demônio faminto tinha saído do pequeno corpinho e que ele tinha o seu raio de sol de volta, recebendo dois rolares de olhos exatamente idênticos, tanto da criança quanto do marido.