Teclo com uma força desnecessária os botões do meu computador. Estou com raiva. Tanta raiva que sou capaz de jogar uma pessoa na frente de um caminhão. Meu rosto está vermelho e eu só quero que tudo exploda.
O motivo? Simples, meu "chefe" acabou de dizer que a melhor reportagem que já escrevi na vida está péssima. Simplesmente péssima. Eu o odeio! Eu odeio a arrogância dele, seus perfumes exagerados, seus ternos caros. Eu odeio tudo nele. Eu. Odeio. Ele.
Sebastian assumiu temporariamente - eu espero - o cargo de diretor na empresa, sua gestão ainda precisa ser aprovada pelos acionistas da editora. A vida é fácil para quem é herdeiro. Seu pai, me antigo chefe, resolveu se aposentar, e eu, como assistente/secretária/auxiliar/faz tudo do diretor, devo responder ao novo substituto.
Eu já falei o quanto eu estou com raiva? Argh. Encaro o e-mail que recebi há poucos minutos na tela do computador.
"Fiorella, espero que este e-mail seja uma brincadeira de mal gosto, nunca li tanta palerma na vida. Romance? Quem quer ler sobre o amor? A resposta é óbvia: ninguém.
Essa matéria parece que foi escrita por uma criança de nove anos. Ou melhor, uma criança escreveria melhor que isso.
Está péssimo. Horrível, para dizer o menos. Me darei ao trabalho de excluir da minha caixa de entrada para nunca mais ler tanta porcaria assim. Minha editora jamais publicará algo assim.
Repense seus ideais, Fiorella"
Ah, mas se ele acha que pode me humilhar dessa forma, ele está muito enganado.
Farei de tudo para Sebastian não passar no teste de diretor. Ele que me aguarde.
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Quando o amor vence o ódio
RomanceFiorella sempre odiou o filho do seu chefe, o insuportável Sebastian. Mas quando este assume a diretoria da editora na qual trabalha, o ódio se multiplica. No entanto, para Sebastian ser o novo chefe definitivamente, ele precisa passar em um teste...