Acordo e é quase 6h30min da manhã. Falta pouco minutos para o despertador também acordar com o seu barulho irritante, mas eu o cancelo para não acordar Any, que dorme tranquila ao meu lado.
Sorrio ao ver a sua imagem em minha cama, enrolada com os meus lençóis, escondendo seu corpo nu. Seu cabelo está sobre o travesseiro, espalhado e perfeitamente belo, contrastando com a expressão serena presente em seu rosto. Tudo o que eu mais quero agora é ficar a observá-la enquanto penso na noite incrível que passamos juntos. Ela não é virgem, pois soube exatamente o que fazer em cada momento, e o melhor é que eu gostei muito e não vejo a hora de repetir a dose. Agora, com muita força de vontade, eu preciso me levantar e preparar um bom café para nós dois. Será o nosso primeiro café da manhã juntos, e tão logo eu espero por outros.
Saio da cama devagar, de modo a não acordá-la. Pego minha cueca no chão e a visto, antes de lançar um último olhar sobre Any e sair do quarto descendo as escadas diretamente para a cozinha.
Começo a fazer tudo que ela tem direito, como torradas, café, suco, e até faço chá caso ela o prefira pela manhã. Também faço ovos mexidos com bacon. Se não estivesse temeroso em deixá-la sozinha, poderia ir numa padaria para comprar alguns pães frescos. Infelizmente, ela terá que se contentar com torrada. Preparo tudo para dois em uma bandeja, e quando estou arrumando o queijo com o presento, sinto a presença dela na sala de jantar.
Eu já estava sorrindo e ao senti-la, meu sorriso aumenta mais do que seria possível. Não me viro para encará-la. Continuo a arrumar a bandeja, deixando-a apreciar a vista; eu, só de cueca, na cozinha, fazendo nosso café da manhã como o homem prendado que sou. Quer dizer, solitário e adapto a fazer tudo sozinho.
Com tudo preparado, pego a bandeja em mãos e me volto para ela. Meu sorriso vacila e eu fico preocupado ao ver a sua expressão. Any está séria. Ela não sorri para a bandeja ou para o meu corpo seminu. Ela até olha para a minha cueca, mas logo vira o rosto. Assim que deposito a bandeja sobre a mesa, ao lado dos papeis da noite anterior, ela diz o que eu temia que ela dissesse:
- Eu preciso ir embora.
- Não. Você não precisa.
- Noah, eu tenho aula. - Any não me encara. Está observando a bandeja. - Preciso tomar café, vestir uma roupa...
- Okay. Tome café comigo e eu a levarei para a universidade, - sorrio triste, esperando que ela seda ao meu pedido.
- Não! Eu não posso chegar na universidade com você. - Me encara, assustada. - Na verdade, o que aconteceu ontem à noite...
- Foi incrível.
- Não devia ter acontecido. - Me ignora.
- Você vai negar o que aconteceu? - pergunto, incrédulo. - Depois de todos os nossos beijos, caricias e tudo mais que fizemos na cama, você vai sair assim e dizer que não devia ter acontecido? Pois aconteceu! E eu sei que você gostou tanto quanto eu.
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pinturas intimas; noany
FanfictionRude e frio, Noah Urrea é professor de História da Arte e, como todo amante do universo artístico, também é pintor. Mas há muito que ele não pinta um quadro, pelo menos não como ele gostaria. Falta-lhe inspiração, assim como a vontade de mudar a sua...