Connection - Unreal Prison.

Prólogo: piece of disaster

A melhor data do ano havia chegado finalmente. Era Halloween. A noite estava em um clima agradável com a lua exibindo sua luz prateada, iluminando Cleveland com sua beleza. Havia musica por todo lado, misturado aos risos de crianças que corriam de um lado para o outro fantasiadas, pedindo seus doces de casa em casa, com felicidade transbordando em suas faces muitas vezes pintadas.
Mathiew não era mais uma criança, ja no auge de seus 23 anos, no entanto isso nunca o iria impedir de fantasiar-se. Naquele ano, assim como todos os outros desde seus 16 anos, sua fantasia era de Michael Myers, seu assassino favorito. A máscara branca de látex cobria seu rosto, e o fazia parecer muito mais sombrio do que o jovem alegre realmente era.
Franco atravessou a rua indo em direção a casa de um de seus amigos, uma criança com pressa segurando um saco de doces quase o derrubou, fazendo o jovem gargalhar levemente. Ele logo estava avistando Andrew e Leonard, os gêmeos que iriam dar uma festa incrível de três pessoas para celebrar o Halloween na casa dos mesmos. Os rapazes estavam com fantasias bem mais complexas, ambos de palhaços, aquele belo toque retro em seus visuais, enquanto seus rostos eram cobertos por uma maquiagem assustadora que Mathiew nunca teria paciência em fazer. O ruivo se aproximou de seus amigos, cumprimentando-os, e eles retribuiram o gesto.

- Matt! Seu idiota, está vinte minutos atrasado! - Quem reclamou fora Andrew, com seus olhos semicerrados. O outro gêmeo riu, dando de ombros e acrescentou.

- Ele deve ter ficado perdido com a quantidade absurda de máscaras que ele tem, que são tipo exatamente a mesma máscara feia e ele insiste em perder tempo escolhendo uma! - Leonard provocou, fazendo Mathiew levantar sua máscara até um pouco acima da boca, apenas para mostrar a língua para o amigo.

- Para sua informação, elas são obras de arte e não simples máscaras. Agora vamos parar de reclamar hein... Não vão me convidar pra entrar?

Questionou, observando a decoração da casa dos gêmeos, que desta vez estava muito boa, com esqueletos, morcegos, abóboras e luzes laranja e vermelho por todo o quintal, e na varanda, além disso havia uma floresta densa atrás da casa, proporcionando um visual mais assustador. Matt havia feito uma boa decoração também por fora da casa, mas seus principais eventos assustadores estavam em seu quarto repleto de fantasias, action figures, posteres, máscaras e toda a merda de Terror que ele conseguisse acumular. Os irmãos riram, e fizeram sinal para que ele os acompanhasse, logo caminhando atrás deles.

- Você trouxe a bebida certa, Mr. Myers!? - Andrew questionou rindo, o ruivo havia ganhado esse apelido devido a... Bom, sua obsessão. Da última vez, o jovem havia errado a bebida e deixado seus amigos bem irritados.

- Claro, pateta! - Matt disse dando se ombros, erguendo a sacola que trazia e tirando as garrafas, mostrando que realmente era Vodka pura desta vez.

- Perfeito, ei Leo, você disse que quer escolher o filme dessa vez, qual vai ser? - Andrew pegou as bebidas da mão de Matt, caminhando para a cozinha a fim de preparar os drinks da noite.

- É... Na verdade sim, estava pensando em O Culto de Chucky, eu amo aquele filme! - Ele comentou com um risinho, tentando imitar a voz do boneco assassino.

- Você fala que eu sou obcecado pelo Myers, mas você é obcecado pelo bonequinho do capeta! - Mathiew comentou rindo, sendo acompanhado por Andrew que concordou com seu amigo.

...

O tempo se passava rápido enquanto estavam se divertindo. O filme ja estava na metade, ambos os três rindo como idiotas nas vezes que Chucky fazia alguma piada ou ato divertido, os drinks já fazendo efeito, e deixando-os mais alegres. A pipoca ja havia acabado nos baldes, mas havia vários grãos caídos sobre o carpete macio, quando Leonard e Andrew resolveram fazer uma pequena guerra com os grãos macios e salgados.

Quando o filme acabou, Matt se levantou animadamente, ja se passava das 20:00 da noite, e eles precisavam se apressar se quisessem ainda algum doce. Eles não eram mais crianças, mas quem se importava na verdade? Ele colocou sua máscara novamente, pegando o saco de tecido que havia preparado especialmente para conseguir seus doces.

- Ei galera, vamos logo!

Apressou os outros dois, que o seguiram para fora da casa. Ainda haviam muitas crianças e jovens na rua, e todos estavam animados pra caralho, com o álcool correndo em suas veias. As casas estavam cheias de luzes e decorações de Halloween, tudo tão fodidamente perfeito, e ah, como Matt adorava. A luz dourada das decorações refletiam sobre os olhos esverdeados do rapaz, quase invisíveis na escuridão da máscara. Eles foram até a primeira casa, e bateram na porta. Os moradores estavam prontos para isso, por que abriram a porta rápido como o vento.

- Gostosuras ou travessuras!

Os três questionaram em coro, quando uma mulher saiu na porta, rindo baixo, uma tigela de doces em mão. Os três amigos abriram os sacos para receberem seus prêmios, e ela adicionou um pouco para cada. Matt sorriu por baixo da máscara, e saiu com os garotos, antes agradecendo a moça.

- Ei, será que vamos conseguir mais doces que o ano passado? - Matt perguntou com um riso, caminhando em direção a segunda casa da noite.

- Aposto que não, ano passado foi uma baderna! - Andrew o respondeu fazendo Mathiew rir baixo.

...

No final da noite, eles haviam conseguido uma excelente quantia de doces, e estavam de volta na casa dos gêmeos, prontos para comerem alguns doces a mais. Porém, eles estavam animados de mais para ir dormir ainda. Matt queria ir pro quarto de visitas trocar de roupa, e acabou levando a garrafa de vodca quando foi, para acabar bebendo um pouco mais. No andar de baixo, Leonard preparava um sanduíche pra eles comerem, e Andrew bebericava mais uma porção de shots de vodca pura. Leonard bebia também entre um sanduiche e outro afinal eles já não eram mais crianças, e poderiam fazer a merda que quisessem. Len

Matt no quarto, enquanto bebia mais e mais, avistou algo caminhando entre as árvores ao olhar pela janela, arqueando a sobrancelha o rapaz questionou a si mesmo o que uma pessoa estava fazendo andando como doida por entre as árvores a aquela hora da noite. Todos sabiam que ficar depois da virada do Halloween na rua não era uma boa ideia. Ele então avistou a pessoa com uma máscara de caveira acabar caindo e ficar ali, paralisada. O jovem se espantou e chegou a conclusão que o ser ali caido precisava de ajuda. Ele desceu as escadas rapidamente chamando seus amigos.

- Ei, tem alguem machucado na floresta!

Ele comentou, mas Andrew e Leonard nem deram muita bola para o amigo, considerando o quanto de álcool eles deviam ter em suas veias, estando os dois entretidos em um uma conversa idiota sobre o emprego de Leo. A bebida, realmente fodia com as coisas as vezes.
O garoto correu para fora da casa, indo até o quintala atrás do imóvel, mas não havia mais ninguém lá, talvez a pessoa pudesse ter simplesmente levantado e ido embora? Não... Ele olhou ao redor, não havia nenhum vestígio de que alguem ferido pudesse estar ali, ou ter passado. Mas mesmo assim, ele tentou procurar, entrando pelo bosque sob as árvores, seus olhos com pupilas dilatadas buscando captar qualquer movimento. A bebida em seu sistema apenas tornava as coisas mais difíceis. Um farfalhar de folhas secas chamou a atenção do garoto, quando então algo o puxou para dentro da escuridão das árvores, onde ninguém nunca mais o encontraria.

A rua ficou em total silencio, parecia que nem mesmo as folhas das árvores se moviam, não havia vento ou sequer brisa, apenas uma imensidão silenciosa, adornada por perigo...