Eu cheguei em casa arrasada. Ele partira meu coração em milhares de pedaços e jamais me perdoaria por ter me apaixonado por um homem que me considerava apenas uma boa foda. Segundo Aaron eu era apenas isso, nada além de uma foda. Enrolei-me na cama em posição fetal e chorei. Por sorte Sam não estava em casa. Eu não queria falar naquele momento. Só queria sentir minha dor completamente até me livrar totalmente dela. Acabei dormindo em meio à lágrimas, em meio à dor.Naquela noite, eu sonhei com Ian. Nunca mais eu tinha sonhado com ele. O sonho se baseava em cenas comigo feliz, rindo com Ian e cenas de eu nua na cama de Ian. Mas não era com o Ian. Era Aaron. Acordei com o coração disparado. Então eu peguei meu celular pra ver o calendário.
Quatro de dezembro.
O dia.
A campainha do apartamento começou a tocar insistentemente.
Corri descabelada e olhei no olho mágico. Jean. Meu irmão mais velho que morava em Seattle. Abri e ele me encarou pensativo. Com certeza estava observando meus olhos inchados. Ele deu um sorriso amargo e abriu os braços. Eu o abracei e desabei.
- Eu sinto muito irmãzinha. - ele estava interpretando erroneamente o meu choro e isso só me fez chorar mais. Eu não estava chorando por Ian. Estava chorando por um idiota que conhecia há apenas uma semana e já havia se estabelecido em meu coração.
Depois de um longo tempo abraçada ao meu irmão, tentei me recompor.
- Você precisa parar com isso, Jean. Há três anos você larga tudo e vem ficar comigo nesse dia.
Ele me dá um sorriso que não chega aos olhos.
- Eu não vim por isso. Tenho um congresso.
- Conta outra, Jean. - sorrio e ele acaba sorrindo também.
- Eu tinha que vir, Gabi. Olha só o seu estado. Eu sei o que fiz... - a voz dele trava.
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Preconceitos (em ANDAMENTO)
RomanceTrês histórias de preconceitos que serão vencidas pelo amor.