Acordei com um grande barulho em meus ouvidos, era o carro do meu pai. Tínhamos acabado de chegar na Fazenda dos meus avós que a minha mãe acabou herdando deles depois que os dois faleceram.
Não aceitei o fato de termos que morar em uma Fazenda de agora em diante, era simplesmente afastado da cidade onde morávamos, era afastado de praticamente tudo, era basicamente no meio do nada.
Quando chegamos, Eu e meu irmão mais velho, Davi, fomos tirar as malas do carro e fomos colocar dentro da casa, entrei e logo percebi que tinha anos que não entrava naquela casa desde os meus 8 anos, nunca fui apegado aos meus avós, mas gostava da companhia deles, saber que eles não estão mais aqui é doloroso pra mim.
Entrar naquela casa sem ouvir um "Olá, a quanto tempo que não vejo vocês!" Ou um "Bom dia, meu netinho, que saudades", era uma grande sensação de vazio e solidão, meus olhos começaram a se encher de lágrimas ao imaginar isso, mas fui logo interrompido com o Davi falando:
- Vamos logo, ainda tem umas 4 malas dessa.
Limpei meus olhos discretamente e acenei a cabeça dizendo que sim.
- Davi e Lucas, deixam de ser molengas e ajudem a carregar isso! - Disse meu pai com uma voz agressiva e exausta, não o julgo nem nada, esse dias estão sendo agitados, é de deixar qualquer um com a cabeça bagunçada.
Depois de terminamos de guardar as malas, aproveitei e andei um pouco naquela casa, não era uma casa moderna, mas dava para viver de Boa, seu piso era uma cerâmica branca muito empoeirada, suas paredes estavam pintadas de azul, que era cor favorita da minha avó, a casa possuía 7 cômodos, uma sala, um banheiro, uma cozinha, uma varanda onde tinha uma boa visão da Mata em frente, tinha dois quartos, ou seja, vou ter que dividir meu quarto com o Davi. Minha irmã mais nova que se chama Anna, vai estar dormindo no quarto de meus pais. E por último, tinha um depósito que era do lado do meu quarto.
Arrumei tudo e fui logo tirar um cochilo, estava totalmente exausto do dia de hoje, e acho que dormir seria a melhor coisa que eu podia fazer naquele momento, mas minha mãe acabou me acordando falando:
- Lucas, ande um pouco, você não veio nessa casa a muito tempo, é bom esticar as pernas um pouco!
Achei ridículo o que ela tinha me falado, mas não podia discordar dela, minha mãe odiava ser contrariada, então, sem escolha, tive que andar um pouco aos arredores da casa.
- Bom passeio - Disse Davi indo deitar em sua cama.
- Vai se foder.
Os arredores da Fazenda não tinha mudado muito, estava do jeitinho que eu me lembro quando tinha brincado ali a muito tempo atrás, fui para o quintal da casa e fiquei olhando em volta, era tudo árvores e árvores, estava pensando um pouco, quando tive a sensação de que alguém estava me observando, pensava que era alguém de casa, mas a sensação de que vinha da Mata em minha frente, um arrepio subiu em minha espinha e corri para dentro da casa.
Andei desorientado um pouco até ver uma estante pequena de livros no corredor.
- De onde vocês tiraram esses livros? - gritei.
- Estava no depósito, pensamos em tirar eles de lá para liberar espaço! - Disse minha mãe. - Por que você não pega algum pra ler?
Olhei alguns livros mesmo sabendo que não ia ler nenhum, só estava fazendo isso porque estava sem nada pra fazer. Daquela estante pequena de livros, tirei uma aleatoriamente, e quando vi, era um livro com poucas páginas, não tinha título, apenas uma figura de um rosto sorrindo.Continua...
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Sorria, você está sendo Observado
ParanormalEssa história é narrada por um garoto de 13 anos que acabou de mudar para uma Fazenda em que seus avós moravam antigamente, em seu tédio, ele encontra um livro com apenas uma imagem: Um desenho de um rosto sorrindo. Depois de abrir esse livro, Sua r...