— Isso, isso, toca exatamente aí.
— Aqui mesmo? — apertou levemente em suas mãos, ao perguntar.
— Pelo amor de deus, Stephani, continua desse jeitinho...
— Meu deus, Sirius, pra que tanta tensão nesse corpo hein? — A mulher perguntou montada na bunda de Black que estava de costas pra ela, recebendo uma massagem em suas costas. Apertava os ombros do falso namorado com cuidado, tentando liberar cada nó presente por ali, descendo suas mãos aos poucos.
— Talvez hoje foi uma das poucas noites que eu dormi bem depois de dias — contou, antes de bocejar.
— Eu sou mesmo um anjo na sua vida, até te proporciono uma boa noite de sono — sorriu falsamente, deitando seu corpo lentamente por cima do rapaz.
— E um sexo tão bom quanto o sono — sorriu malicioso, virando seu corpo de lado — Tô com fome, Ste, me alimente.
— Você é muito chato, o que você quer comer? — se jogou para a cama, ficando ao lado do rapaz, vendo-o sorrir sugestivo ao ouvir sua pergunta — Sem ser eu, Black.
— Que pena... — fez um beicinho chateado, passando a língua pelos lábios — O que acha de sairmos pra almoçar hein?
— Ótimo, vou tomar banho — rolou por cima dele, se pondo de pé — Hey, o aniversário do Remus é hoje ou amanhã?
— Amanhã, mas não é como se ele gostasse muito de aniversário — respondeu ao se endireitar sentado, alongando seu corpo.
— E vocês respeitam isso? — riu com escárnio, erguendo uma única sobrancelha.
— Já viu o moony com raiva? — Indagou indignado — Eu já e não sei se quero muito lidar com isso desrespeitando a regra de sem aniversário pra ele não.
— Eu não consigo levar ele a sério com vocês chamando ele de moony... Falei tô leve. É tão nome de alguém tão fofo, pitiquinho — brincou, ouvindo do banheiro sirius dar uma gargalhada.
— Eu amo essa energia de chamarem o Remus de pitiquinho quando o homem tem mais de 1,90.
— Fazer o que se é o que ele passa né, Black. Da vontade de ser assim, amorzinho? — perguntou provocando o rapaz.
— Nah, eu gosto de fingir que eu sou o malvadão — respondeu com humor, finalmente se levantando da cama — Vou entrar pra tomar banho com você, ninguém mandou deixar a porta aberta.
E é claro que eles brigaram, é normal, já faz parte da rotina dos dois, mas nada como um sexo rápido de reconciliação no chuveiro, e eles esqueceram até porque tinham começado a discutir.
Quando o casal saiu no carro de Stephani ainda não era nem meio dia, e foi uma das poucas vezes que os dois sequer discutiram sobre o que comeriam no almoço, nem perceberam que fizeram planos para o resto do dia e a viagem que fariam juntos, como um casal de verdade, realmente Stephani não mentiu quando disse que poderia se acostumar com aquilo.
***
Na casa de Remus, o baixista estava contra Yaçanã que o observava concentrado no que estava cozinhando. Uckermann literalmente mapeou toda as costas do rapaz, prestando atenção nas covinhas que ele tinha um pouco abaixo da linha dos ombros, as sardas que ele tinha por toda a pele exposta e a cicatriz que o rapaz tinha um pouco abaixo da cintura, acima do cós da calça de moletom que ele usava.
— Bae, você gosta de cogumelos? — o castanho perguntou, se virando para a garota quando não teve resposta, sorrindo pelo leve susto que ela tinha levado — Tava pensando no que? — sorriu com o canto dos lábios, se apoiando na bancada, esticando o corpo até a assessora para selar seus lábios.
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Partners In Crime AU! Sirius Black
RomantikEles não eram nada prováveis como casal, tecnicamente a única coisa que ligava um ao outro era uma única pessoa, pessoa essa que foi quem colocou os dois nessa sucessão de problemas... Uma metáfora inspirada na música Partners in Crime dos Strokes...