Sardas, detalhes e toques

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NA: Essa one-shot eu tinha feito antes de ser canon a história de Bakugou saber de cor a quantidade de sardas que Izuku tinha, então sou mais feliz que tudo em ter essa one-shot antes de tudo... Postada no Spirit e no AO3 em inglês também. Capa por:@_LadyPhoenix.


Não, Bakugou nunca assumiria coisas que ele gostava, muito menos aquelas que citavam Midoriya. Katsuki com certeza nunca comentaria que o fato do nerd ter anotações dos assuntos mais diversos, saber falar sobre qualquer coisa, ter coleções de mangás, pôsteres, livros e hqs em seu dormitório o deixava calmo e feliz de poder entrar em qualquer assunto com sua turma, porque ele mudaria o roteiro para algo que ele gostava.

Ele também nunca comentaria reparar em como o humor do outro ficava, por causa dos chaveiros em sua mochila — algo que ele descobriu, mas nunca contou aos extras, até porque ele detestava dividir informações com o outros.

E nunca admitiria que adorava passar madrugadas com ele, quando perdia o sono. Ambos ficavam na cozinha, fazendo doces, salgados ou bebidas quentes e frias para comerem enquanto assistiam alguma série que gostavam. E o silêncio era bem aproveitado, assim como a companhia um do outro.

Fazia de tudo para não transparecer ao outro também quando ele fazia carinho em seus cabelos ou em suas costas de madrugada quando estava cansado, ele relaxava e se sentia bem, porque não era do seu feitio demonstrar, muito menos retribuir.

Mas ele fazia.

Ele sabia cada detalhe de Midoriya.

Ele sabia quando Deku estava de mau-humor, porque suas mãos se apertavam ou seus dedos apertavam a pele de seu braço, em três toques.

Ele sabia quando Izuku estava triste, porque mesmo sorrindo e conversando, ele estava com um chaveiro de gato.

Ele sabia que o garoto de cabelos verdes estava prestes a terminar uma saga de livros quando seus óculos estavam pendurados em sua camiseta, indicando que quem conversava com ele, estava o atrapalhando, mas não diria nada, porque era gentil.

Também sabia que Midoriya gostava de toques mais firmes em sua cintura quando se beijavam, porque descobriu por acaso, quando foi o primeiro beijo deles. Foi algo totalmente fora do controle e nenhum dos dois esperava acontecer. Estavam brigando, como sempre faziam e naquele dia, Deku estava irritado. Extremamente irritado. E ter retrucado as provocações do explosivo, o fez ir para cima do nerd, o prendendo na parede e segurando sua cintura firmemente enquanto seus rostos estavam próximos demais, podendo sentir a respiração um do outro. Quando Deku gemeu baixo e tombou a cabeça para trás ao sentir os dedos apertarem em sua cintura, derrubou a muralha de sentimentos que Katsuki erguera ao longo do tempo.

Os dois se beijaram, luxuosamente, desesperadamente. Por um momento apenas os dois existiam e até esqueceram que deveriam voltar rápido para os dormitórios por conta do jantar. Nada disso importava. Apenas eles importavam e apenas os dois eram importantes.

Katsuki apertou mais ainda sua cintura enquanto sua boca invadia a do outro desesperadamente; suas línguas brigando, seus lábios sendo mordidos, tudo era demais. E se tornou mais quente quando Bakugou o levantou pelas coxas e o deitou no banco do vestiário, começando a tirar a roupa dele outra vez.

Midoriya gemia baixo, inundado pelo prazer de ter aquela boca em seu corpo, as mãos o tocando e porra, como era bom finalmente sentir quem era apaixonado o tocando. Bakugou não era diferente, amava aquilo, mas entraria na lista onde nunca assumiria isso.

Assim como se encontrava agora: Deku em seu colo, nu, gemendo baixo enquanto beijava seu pescoço e apertava as bochechas de sua bunda forte, o trazendo para roçar mais em seu pau ainda coberto.

Quando Deku estava derramando lágrimas de prazer enquanto era preenchido da melhor forma, Katsuki fez novamente o que ele nunca entendia o porquê, mas amava. Beijava suas sardas, uma por uma, diminuindo o ritmo que o metia, dando um carinho singelo e único, aquele que nunca recebeu.

— Amo cada uma delas... — murmurava rouco, baixo, como se fosse um segredo. — Porra, sei como cada uma delas desenha seu rosto e o deixa mais bonito do que já é.

Midoriya gemeu com o comentário, era uma sensação única praticamente ser adorado por Katsuki e sim, ele amava como o namorado sabia de cada detalhe dele, os números exatos de suas sardas, suas cicatrizes, suas manias, como mostrava seus humores sem falar. De fato, ele era rendido por Bakugou, e ele assumiria isso por ele, já que sabia que Katsuki nunca assumiria ser apaixonado por ele tão facilmente, apenas nesses momentos mais íntimos.

— Amo você. Amo suas sardas, cada uma delas, então não tente as esconder nunca mais nerd estúpido. Sei quantas existem. — Beijava cada pedaço do seu rosto, parando seus lábios nos do companheiro, dando um selinho e mordendo em seguida, suavemente. — Eu te amo.

E Midoriya sorriu, porque amava como nesses momentos, Katsuki era tão macio que o deixava mais quente.

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