1. O Noivado (Revisado)

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Música: Ironic Alanis Morrissette

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Obrigada por ler, espero que goste.

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Boa Leitura.

***

E aqui encontro-me, de frente para a grande porta de entrada da Igreja Abadia de Westminster, esperando-a abrir para enfim ter minha condenação.

Estou com meu braço entrelaçado ao de meu pai, com meu longo cabelo preto preso em um coque sofisticado. Com um vestido branco que beira ao exagero, e uma calda monstruosamente grande - escolha da agente cerimonial é claro.

Estou preste a me casar com um cara que eu não amo, e temo jamais amar.

Juniper

Três meses antes...

Acabo de sair da minha primeira aula, minha mãe acaba de me mandar uma mensagem, ela precisa falar alguma coisa comigo e parece ser algo urgente, pois se não fosse ela não me faria sair da faculdade uma semana antes das provas finais. Pego um táxi e logo estou na Dorgal Records, á empresa da minha família. Cumprimento alguns poucos funcionários. Meu pai cortou os funcionários pela metade, depois do incidente com as ações perdidas.

- Acho que minha mãe está me esperando - digo á secretária.

- Ela mandou lhe avisar que está esperando no escritório do seu pai - bufo e volto para o elevador.

Antes de ouvir isso até pensei que poderia ser realmente algo sério, mas agora, acho que não passa de mais uma reclamação de meu pai sobre o meu comportamento. Ele nunca me suportou, fato que só piorou depois que eu decidi não trabalhar na empresa da família.

Cumprimento a secretária dele e abro a porta de vagar. Meu pai está sentado atrás de sua mesa, com a expressão carrancuda de sempre. Minha mãe está ao seu lado, não consigo decifrar seus sentimentos através de seu semblante.

- Bom dia, querida.

- Bom dia, mamãe - repondo.

Meu pai não esboça nem uma reação a minha presença. Apenas se move desconfortavelmente na cadeira antes de se levantar. Eu já suspeitava que seria meu pai a ter me chamado, mas agora tenho certeza. Ele sabe que eu me recusaria a vir, se ele tivesse mandado a mensagem.

- Então, o que é tão importante? - pergunto diretamente á ele.

- Sente-se - diz com voz rude.

- Estou bem assim.

Cruzo os braços na frente do corpo. Aprendi a sempre estar na defensiva diante meu pai. Me sinto como diante uma fera, que pode me atacar a qualquer momento, e ele atacará.

- A escolha é sua - ele volta a se sentar. - Como logo você estará se formando, sua mãe e eu achamos melhor você tomar um rumo na vida depois disso.

- O que quer dizer? - minha mãe coloca a mão em seu ombro, como se para encorajá-lo a falar.

Mas meu pai é calculista, sei que o que ele tem á me dizer não me agradará. Ele está demorando tanto para falar por que está aproveitando o momento. Está aproveitando cada reação que estou tendo e saboreando em antecipação, a reação final.

- Como sabe, nossa família e empresa estão passando por maus bocados, o que nos obrigou a tomar medidas - não estou gostando do rumo desta conversa. - Quero que saiba que independentemente da sua opinião, a decisão já foi tomada, e nada que disser irá mudar isso.

Por Livre e Espontânea PressãoOnde histórias criam vida. Descubra agora