25 - Festa!

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O tempo passou e Meredith continuou a viver sua vida como sempre fazia, com Riggs continuando a zumbir ao seu redor e ela o tolerando cada vez menos a cada dia. Ela estava sempre de mau humor, Medusa era o terror das enfermarias do Grey-Sloan, ela tratava mal os internos descuidados e quando alguém dizia ou fazia alguma besteira ela os chamava de Dr. tubo de ensaio. As crianças perguntavam sobre Andrew, mas ela não teve coragem de dizer que não podia mais ligar para ele. Ela nunca teve coragem de discar seu número, nem mesmo o de Carina. Ela nunca suportaria ter sua ligação desligada, ou sua chamada recusada ou, pior ainda, ter seu número bloqueado.

As crianças olhavam para aquele álbum de fotos sempre que sentiam saudades, as fotos do aniversário de Ellis foram inseridas. A garotinha também olhou para eles e reconheceu Andrew, mas o chamava de Drew enquanto Carina era Carina. A pequena Grey estava calma, mas ficava muito acordada sempre que via o ukulele. Certo dia, ela apontou para ele com o dedo e disse "Ukele Drew" e repetiu várias vezes como um lembrete contínuo dos erros cometidos por sua mãe. Era tão enervante que Meredith teve que guardar o objeto para não ficar olhando, era demais para o estômago dela, já era tanto ouvir Zola e Bailey falarem, mas com Ellis que sempre teve uma relação especial com DeLuca desde antes de seu nascimento era diferente.

- Ei, você está bem?

Maggie perguntou ao vê-la.

- Você está olhando as fotos?

- Ah, você me pegou.

Respondeu ela com o álbum aberto nas pernas e um sorriso amargo.

- O que foi?

Maggie perguntou novamente.

- Eu me sinto horrível. Ellis nunca conhecerá Derek porque um acidente de carro o levou embora e agora eu tirei a única pessoa mais próxima de um pai que ela já teve.

- Você sabe como eu vejo isso? Para Derek você não poderia fazer nada sobre isso, mas aqui e agora você pode fazer algo.

- Maggie se bastasse um pedido de desculpas eu já o teria feito, não acha?

Ambas ficaram em silêncio.

- Ele sempre foi fantástico comigo. Ele acompanhou minha paranoia e eu contei a ele sobre meu passado e segredos, até os mais sórdidos e sombrios, e ele sempre me olhava como se eu fosse algum tipo de criatura mitológica que precisava ser preservada.

Meredith fez uma pausa.

- É bom quando você encontra alguém que não te julga, mas que vai além disso.

Maggie respondeu.

- Sim e eu o magoei profundamente e sinto falta de não ouvi-lo e tenho suas gravações no telefone suas mensagens, algumas fotos, e eu fui horrível com ele, ele nunca vai me perdoar.

- Não está decidido, talvez ele mude de ideia.

- Não Maggie, só há uma maneira de consertar as coisas e é dar a ele o que ele quer.

Meredith disse.

- Eeee e você tem certeza que não pode dar para ele?

- Maggie!!

Meredith exclamou.

- Qual seria o problema? Ele é sexy, ele é lindo e é italiano.

- Eu sei, mas ele não quer só meu corpo, ele quer isso também.

Disse ela apontando para o coração com o dedo. Essa conversa continuou por mais 10 minutos até que elas se cansaram e foram dormir.

Algumas semanas depois, houve uma grande festa de caridade para arrecadar dinheiro, organizada pela Harper Avery Foundation para financiar projetos médicos nos Estados Unidos. Catherine cuidou de toda a organização. Pessoas de todo o país viriam, pessoas ricas acima da meia-idade, então não haveria comida estranha e nem música pop, mas uma orquestra de swing e jazz com dois cantores, um homem e uma mulher. Aquela noite seria um inferno, conversa chata e música antiga, uma combinação da mesma música que Andrew ouvia, grandes clássicos Frank Sinatra, Tony Bennett, Ella Fitzgerald e assim por diante...

From Boston with Love - MerlucaOnde histórias criam vida. Descubra agora