Capítulo 2

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Lilith

Se passaram minutos ou horas e todas as meninas já acordaram. Sim, eu descobri que são todas meninas. Houve gritos e choros por algum tempo, mas agora todas parecem calmas, ou melhor, em choque ou desassociando. Todas tem entre 18-25 anos e também foram pegas ontem a noite, checamos as datas. Obviamente ninguém sabe o que está acontecendo aqui, mas sabemos que em algum momento eles irão aparecer.

- Eu realmente não quero ser uma escrava sexual, mas olhando as configurações dessa cela não acho que estamos indo na Disney a passeio. - falo verbalizando meus pensamentos.

-Você não está ajudando! - diz a menina magra de cabelos ruivos e olhos azuis que eu descobri se chamar Denise.

-Desculpas, eu estava tentando extravasar um pouco a minha ansiedade. -falo um pouco arrependida e com um certo medo de alguém começar chorar de novo. Tenho a impressão que não serão muito tolerantes com barulhos. A mais chorona é uma menina de 18 anos que aparentemente é uma filhinha de papai que foi pega por eles enquanto voltava de uma festa que foi escondida.

Suspiro, estou surtando com essa situação também, mas não estou chorando. Primeiro por que sei que não vai me tirar daqui e segundo porque odeio barulho e sei que poderia estressar ainda mais as outras meninas levando a uma situação caótica, então mantenho o choro em segundo plano.

Escuto um fecho girando e a porta da cela se abrem. Automaticamente todo mundo se agrupa no fundo da cela com medo. Oh, meu deus o que é isso? Não é humano com certeza. Três homens, na verdade, machos de alguma espécie que seja laranja, alto e feio, ele uma grande cabeça e parece a mistura de uma formiga com um tatu. Horrível!

Dois deles seguram o que acho ser armas e o que está no meio abre o orifício que eu imagino ser a boca e fala:

- Saudações fêmeas humanas, somos comerciantes Issaianos da nação de Issai e encontramos seu planeta por acaso em uma missão de reconhecimento, ficamos muito felizes ao descobrir que as fêmeas do seu planeta andam por aí desprotegidas e decidimos pegar uma amostra- Ele emite um barulho que eu imagino seja o equivalente a uma risada- Vim deixar claro que é impossível para vocês fugirem já que estamos no espaço a caminho da estação de comércio central da galáxia. E aquelas que tentarem vão receber uma punição, vocês não imaginam como meus guardas estão curiosos para ter um gostinho de vocês- ele faz novamente o barulho de risada novamente. Nesse momento escuto uma das meninas falar:

- Isso é um sonho, se fosse de verdade era impossível uma raça alienígena falar português como um nativo!- posso dizer que quem falou foi Anna, e eu também acho estranho o fato de falarem português.

- Fêmea estúpida!-todas ficam tensas com seu tom- não estamos falando português, falamos nossa língua e vocês entendem graças ao tradutor universal implantado em seus ouvidos- automaticamente coloco mão na orelha e sinto uma sutil protuberância que não estava lá antes- conseguimos as informações de linguagem e muitas outras interessantes informações sobre sua raça no seu banco de dados mundial, ou como vocês chamam, internet. Sem mais questionamentos, e não quero ouvir nenhum barulho alto vindo daqui, senão vocês já sabem! O destino de vocês é ser vendida na estação central e se tiverem sortes serão compradas por alguma raça com falta de mulheres já que vocês são compatíveis com muitas delas, Sr tiverem azar... Bom, não é problema meu. - quando ele termina de falar isso, se vira e sai juntos com os dois guardas.

Me sento em posição fetal e deixo minhas lágrimas rolarem, sem fazer nenhum barulho é claro.

3 semanas depois

Nesses dias eu observei o máximo que eu pude da rotina dos guardas, esperando uma oportunidade. Eles vem apenas uma vez por dia levam o balde com fezes e xixi, e trazem um balde com comida e um com água, mas não sei se podemos chamar aquilo de comida, parece a mistura que meu pai fazia para dar aos cavalos e tem um gosto tão horrível quanto. Eu só como 1 vez a cada 3 dias, mas dois dias atrás eu ouvi uma conversa entre os guardas, algo sobre já estarmos chegando ao lugar onde estamos indo e desde então comi o máximo possível da gororoba todos os dias. Reunindo forças, não para uma fuga, é impossível fugir eu sei disso. A nave é muito maior do que apenas a cela com centenas de guardas como pude observar ao longo das semanas.

Então, eu estou reunindo forças para um ato final, se eles acham que eu vou me deixar ser vendida e ser estuprada até a morte estão muito enganados.

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