Capítulo 4

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Torn

Trabalhos como esse sempre me aborrecem. Estou na galáxia P3335, mas aqui é conhecida como galáxia do caramujo, o Império Darn em que meu irmão é o imperador e eu sou seu general de guerra estava em guerra com essa galáxia desde que a encontramos alguns anos atrás, mas nenhum inimigo consegue resistir ao nosso império por muito tempo, então foi algo natural quando ganhamos a guerra e assim que todos os trâmites foram feitos para que está galáxia fosse anexada ao nosso império o meu irmão me enviou aqui para que fizesse o papel de embaixador e desse boas vindas aos novos moradores. Rosno.

Não sou um embaixador, normalmente outro faria isso, mas Tarin, meu irmão, está tentando me punir por desobedecer sua ordem de arranjar um vínculo e produzir descendentes. Quando perguntei o porquê dele mesmo não fazer isso ele apenas disse que o imperador não tem que explicar as suas decisões. Se ele não fosse meu irmão o mataria pela insolência de mandar eu me vincular com alguma fêmea que não seja minha companheira destinada.

Todos os darnianos tem uma companheira destinada, mas com o império de Darn ocupando um número incontável de galáxias ficou muito difícil encontra-la. Nesses mil e alguns anos de vida ainda não consegui acha-la. Já fui em tantas galáxias, tantos planetas e nada. Se pelo menos eu pudesse chegar perto o suficiente para senti-la.

Balanço a cabeça. Não adianta pensar nisso, tenho que terminar a minha missão aqui e voltar para casa.

- Senhor, estamos quase terminando só falta visitar a estação central da galáxia onde fazem todos os tipos de comércio e deixá-los saber quais são as normas darnianas de compra e venda. - diz Tito meu segundo no comando e assistente.

Torço o nariz, é sempre desagradável essa parte pois as galáxias menores fazem tráfico de espécies entre outros e não aceitam bem nossas normas então sempre tenho que explodir umas cabeças até eles entenderem. Sorrio. Isso me deixou animado.

- Vamos!

Chegando na estação vou ditando a Tito todas melhorias que a estação vai precisar. Quando atracamos somos recebidos pelo chefe interino da estação, logo vamos substituí-lo por alguém de confiança para ter certeza que as normas serão aplicadas.

- Saudações Comandante Torn, estamos muito felizes por ter sua presença na nossa humilde galáxia. -Diz o macho que é de uma espécie consideravelmente alta, mas ainda pequeno em comparação a mim.

- Apenas faça seu trabalho, não há necessidade de formalidades - digo, já irritado com toda essa situação.

- Ok, tudo bem. - ele diz visivelmente tremendo.

Não ao acaso que nosso império compõe mais da metade do tamanho do universo, os Darnianos são guerreiros natos não há nenhuma raça superior a nossa seja em força, velocidade ou inteligência.

Continuamos o nosso tour pela estação quando meus sentidos captam um barulho em algum lugar da estação que é mais elevado que os demais.

- Está acontecendo algum tipo de leilão aqui? - pergunto ao homem encarregado do lugar. Leilões nunca são sinais bons numa galáxia como essa.

- N-não!- ele responde, visivelmente nervoso.

- Parece que você já se cansou de viver. Me leve lá ou morra, te dou essas duas opções.

- Ok, por favor não me mate - e ele começa a nos guiar por um caminho que obviamente vai nos levar a algum tipo de comércio ilegal. Depois de muitos corredores ele para em uma porta. - é aqui. - está muito quieto, diferente de momentos atrás quando ouvi muitos seres gritarem en um obvio contentamento.

- Abra! -ordeno

Ele abre e eu vejo uma multidão de pessoas assistindo em completo horror e choque a algo no palco, quando direciono meus olhos para onde todos estão olhando eu vejo uma pequena fêmea coberta de sangue apunhalando e gritando coisas para um macho laranja que já está muito morto no chão. E então eu sei, é ela, minha companheira. Eu consigo senti-la. Choque passa por mim, como? Apenas fêmeas da nossa espécie podem ser nossas companheiras destinadas. Fiquei tanto tempo nesse choque que perdi aproximação dos guardas que queriam pegá-la, só voltei a si quando escutei ele falando que vai compartilhá-la. Rosno.

Esse macho é um homem morto andando. Quando olho para ela vejo que colocou a faca no pescoço e vai tentar se matar, desespero me atinge e não contenho a palavra quando ela vêm:

- Pare!

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