Abstenção

Resiliência

Oi galerinha, estou em semana de prova na faculdade, por isso o atraso! Espero que gostem do capítulo de hoje, boa leitura para todos 💖

———————————————————————

Quando Marcela torna a abrir os olhos, uma onda de confusão a invade e ela pisca rapidamente se sentando na cama a encontrando vazia. Tinha sonhado? Se perguntou, mas logo balançou a cabeça acendendo as luzes do quarto por ainda ser madrugada, aparentemente. Foi quando viu a jaqueta de Gizelly no canto da cama, varreu os olhos pelo quarto encontrando os tênis da capixaba e suspirou. Ela realmente esteve ali. Marcela então respira fundo esfregando os olhos cansados antes de se por de pé, se ela não estava no quarto, deveria estar em algum lugar da casa, talvez no quarto de hóspedes, que é pra onde ela vai primeiro, mas o quarto está imaculado. Enquanto desce as escadas Marcela nota que Gizelly falou muito pouco no tempo que elas estiveram juntas, na realidade, ela apenas segurou a loira enquanto ela desabava. Passando os olhos pela sala e em seguida pela cozinha, não avista a morena e coça a nuca um pouco confusa, até que vê uma figura parada no quintal. Quando ela chega à porta dos fundos, ela alcança os chinelos, colocando-os antes de sair

O vento frio atinge as bochechas da loira, fazendo sua pele se arrepiar. Marcela fecha a porta suavemente atrás de si, os passos da loira atraem a atenção de Gizelly, que vira a cabeça em reconhecimento a presença. Nenhuma delas fala nada até que Marcela se sente ao lado dela no banco.

-O que você tá fazendo aqui fora?- A pergunta de Marcela sai em um tom baixo- Está frio!- Ela esfrega os braços devagar na tentativa de se aquecer- Vamos lá pra dentro- Pede

-Pode entrar, eu já vou- Gizelly responde e Macela rola os olhos, mas não sai do lugar e a morena a encarou antes de suspirar e tirar seu moletom jogando em Marcela

-Eu não pedi- A loira fala petulante

-Põe logo, Marcela- A capixaba fala impaciente e a loira revira os olhos antes de colocar o moletom sendo envolvida pelo cheiro da morena

-O que você veio fazer aqui?- Marcela pergunta cautelosa depois de alguns segundos

-Eu já te respondi isso- Gizelly responde no mesmo tom- Mas se você quiser que eu vá embora, amanhã eu vou- Adiciona de forma seca se pondo de pé, mas Marcela abruptamente agarra a manga dela, se pondo de pé puxando-a de volta quando ela estava quase entrando novamente na casa

-Eu não quero que você vá embora- Marcela aperta a mão dela na sua- Eu não quis falar desse jeito... Eu sei que temos que conversar- Marcela a analisa- Não quero que você vá embora- A atitude Gizelly não faz sentido para a loira. Na realidade, Macela não estava conseguindo entender diversas atitudes dela ultimamente

A morena puxa o braço delicadamente pra longe de Marcela se permitindo relaxar. Os lábios da loira se curvam como se ela tivesse acabado de descobrir tudo e recua contra o revestimento da parede. É uma isca e Gizelly sabe disso. Marcela torna ainda mais óbvio quando seus dedos vagam para brincar com a barra da camiseta da morena, puxando-a frouxamente, até mesmo de forma sugestiva, em sua direção e a advogada se aproxima

-Eu não quero mais brigar com você- A loira sussurra

Deus, Gizelly a odeia tanto quando sente o sangue correr para o sul e sua respiração engasga com a tentação. É tão fácil para ela fazer isso, como se a morena fosse a bailarina naquela caixa de música e Marcela fosse a excêntrica.

Como Gizelly já sabe, não adianta mais protelar. Porque essa era a dinâmica delas. Avançando, a morena pressiona seus lábios nos dela, empurrando-a mais contra a parede fria. Suas mãos agarram desesperadamente sua mandíbula, seu cabelo, seus ombros, qualquer coisa . Há uma parte do seu cérebro que reconhece com alívio que ela está ativamente retornando seus beijos contundentes. Gizelly pode sentir o deslizar proposital das palmas das mãos ao longo de sua cintura, procurando alguma abertura no tecido para chegar à sua pele, embora Marcela não encontre nada para saciar a fome.