O parque

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No caminho de volta para a academia, os 8 amigos caminhavam pelas ruas da cidade, totalmente frustrados. Shoto era o mais decepcionado dentre todos. Estava tão esperançoso em poder finalmente descobrir quem havia matado seu pai, e no final só conseguiu o nome de alguém que ele nem sequer conhece e que supostamente é seu irmão. Xingou seu pai mentalmente por nunca ter lhe contado sobre isso.
Caminharam em silêncio pelas ruas até finalmente chegarem em casa. Já estava anoitecendo, então todos só queriam entrar para descansarem. Ao entrarem, puderam ouvir vozes e risadas vindas da sala de estar. Sentados no sofá, estavam Bakugou e Kirishima, juntamente com Mirio. O meio vampiro apenas ouvia e observava enquanto os outros dois riam e falavam sobre alguma coisa qualquer. O assunto cessou quando os viram chegar.
— Ah, que bom que voltaram! Esses dois já estão aqui há um tempo só esperando vocês. — Mirio falou, olhando para os amigos. O loiro não pôde deixar de notar o descontentamento em seus rostos. — O que aconteceu? Por que estão com essas caras?
— Nossos planos não deram muito certo. — Jirou falou por todos ali, se jogando no sofá ao lado do amigo. — Foi um fracasso na verdade.
— Foi mal perguntar… mas o que vocês estavam fazendo e por que não deu certo? — Kirishima estava curioso para saber dos assuntos das bruxas, mas envergonhado pela possibilidade de estar sendo intrometido.
— Estávamos tentando descobrir o que de fato aconteceu com o pai do Shoto, mas a descoberta não levou a lugar nenhum. — Mina resumiu o ocorrido. Todos olharam para o bicolor, frustrado.
— Eu não quero falar sobre isso por hoje. — O jovem cobriu o rosto, se lamentando. — Por que minha família não pode ser normal? — Perguntou a si mesmo.
— Pô cara, sinto muito! — Kirishima não sabia muito bem como consolá-lo. — Não sei se isso pode ajudar, mas se quiser um bolinho… — O ruivo ergueu o saco com bolinhos da cafeteria.
— O velho Torino fez um especialmente pra você, e te desejou boa sorte. — Bakugou falou, pegando um dos bolinhos do saco e lhe entregando.
— Obrigado! — Ele sorriu fraco, mordendo o bolinho. — Agradeça a ele por mim também.
— Só mesmo um bolinho pra melhorar nosso dia. — Assim como o amigo, Tsuyu também pegou um dos bolinhos. O restante dos amigos riram, concordando com ela e se servindo dos bolinhos.
Em meio a conversas e risadas, quase não notaram Nemuri passando pelo fundo da sala com Aizawa. Ele acompanhava a soberana, segurando sua mão e com o braço em volta de seu ombro. O silêncio se instalou no ambiente assim que a presença dos dois foi notada pelo grupo.
— Nemuri… tudo bem? — Momo perguntou, fazendo com que os dois parem de andar e olharem para todos.
— Sim… não há nada de errado! Aizawa só estava me ajudando com algumas coisas na estufa. — Ela sorriu. — Não sabia que já haviam voltado. A propósito, o jantar será servido daqui a pouco. Vocês dois ficarão para o jantar também? — Ela perguntou diretamente para Bakugou e Kirishima.
— Já que você convidou, então sim. — O ruivo respondeu, rindo.
Depois do jantar, Bakugou e Kirishima se dispuseram a ajudar na limpeza da cozinha. Ochako estava junto dos dois, e enquanto ela lavava, eles ajudavam secando a louça. E enquanto realizavam a tarefa, ela contava aos dois o que havia acontecido no quarto do hotel.
— Então ele tem um irmão que não conhece? E esse irmão foi quem matou o pai? — Bakugou a olhava, chocado com a descoberta. — Porra! Não sabia que ele tava tão ferrado assim.
— Pois é! Parece que nada colabora pra ele ter um mínimo de paz na vida. — Ochako estava visivelmente preocupada com o amigo.
— Espero que ele fique bem! Não sei o que eu pensaria se estivesse no lugar dele. — Kirishima lamentou pelo bicolor. — Ele passou por muita coisa só essa semana. Talvez fosse bom ele esfriar a cabeça.
— Bem, ele disse que tem um compromisso com o namorado dele no sábado. Acho que vão ao tal parque do qual todos estão falando. Ao menos ele vai se divertir um pouco.
— E… você também vai? — Bakugou a perguntou, vendo-a parar para pensar um pouco.
— Não sei, acho que sim. O Midoriya também falou sobre esse parque. Talvez a gente vá.
— É uma boa ideia! Podíamos ir todos juntos. Seria legal, sabe. — Kirishima a encarou com um olhar pidão, quase a implorando para ir.
— Tá bom! Eu vou falar com os outros. Nós vamos sim. — Ela e o loiro acabaram rindo ao ver o ruivo comemorar.
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Já no fim de tarde do sábado, o parque já estava funcionando. O letreiro na frente era todo iluminado, o que chamava a atenção de todas as crianças. Haviam barraquinhas de jogos como tiro ao alvo, barraquinhas de comida, vários brinquedos, e uma lona onde rolava várias atrações de circo. Um paraíso não só para crianças, mas para qualquer um que gostasse de parque e quisesse se divertir.
— Esse lugar me trás um sentimento de nostalgia! — Mina olhou ao redor do lugar, animada. — Estão sentindo esse cheiro bom de algodão doce?
— Hoje nós vamos nos acabar no algodão doce, amiga! — Tsuyu estava tão animada quanto ela.
— Ah, vocês estão aí! — Todos se viraram ao ouvir a voz de Kirishima. Ele, Bakugou e o restante da alcatéia também haviam chegado. — Onde vão querer ir primeiro?
— Que tal comer alguma coisa? Eu tô morrendo de fome e tô de olho naquele algodão doce bem ali. — Mina sugeriu.
— Olha, eu concordo. Não comi nada antes de sair. — Denki riu, concordando com a rosada.
Todos então os acompanharam até a barraquinha de algodão doce. Shoto, no entanto, parou no meio do caminho ao ouvir alguém lhe chamando. Ele sorriu, e se virou ao ver Inasa lhe chamando de longe. Avisou aos amigos onde iria, e então correu para perto do namorado.
— Oi! — Shoto o abraçou, lhe dando um selinho logo depois.
— Oi! — Inasa sorriu, o abraçando de volta. — Quem eram aqueles ali com você? — Ele olhou para os outros mais ao longe indo para a barraquinha de algodão doce.
— Ah… Eram uns amigos. Conheci há pouco tempo. — Shoto não prolongou sobre o assunto. — Então, o que quer fazer primeiro?
— Você podia começar ganhando uma daquelas pelúcias pra mim, igual aos casais dos filmes. Que tal? — Ele apontou para uma barraquinha de tiro ao alvo onde haviam várias pelúcias como prêmio.
— Tudo bem! Ganho quantas pelúcias você quiser. — Ele riu, segurando a mão do namorado enquanto ambos caminhavam até a barraquinha.

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