capítulo seis

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Gil após passar pela sala do doutor não tinha cabeça para ficar no hospital, então decidirá ir pra casa para os braços de Mateo, seu filho.
— Sr , o que houve? - Alice se assustou pela cara do patrão.
— Cadê o Mateo?
— Dormindo como senhor demorou fiz toda a rotina dele.
—Ok, é até bom que ele esteja dormindo preciso falar com você. - sentou no sofá e fez gesto para que ela fizesse o mesmo.
— Pode falar, estou aqui.
— A Sara acordou .
— Que maravilha - comemorou.
— Mas pelos exames iniciais, ela perdeu a memória, pode ser que seja temporário como definitivo sendo uma sequela do acidente que sofreu. - seus olhos já estavam encharcados, sua voz rouca.
— Sr eu sinto muito - então quebrou o espaço dando a ele um abraço, que imediatamente foi retribuído pelo mesmo.
— Obrigado - se afastando um pouco mas ainda sim ficando com os corpos colados.
— De nada Sr Gil.
E novamente levados pela adrenalina do momento, a carência e aproximação se beijaram, um beijo sem nenhum tipo de pressa sem nenhum tipo de afobação.
Foi tão natural, sem pressão que quando faltou o ar eles se separaram e ficaram se olhando.
— Eu sinto muito, Sr Gil.
— Não foi culpa sua... - saiu dali o mais rápido possível e se trancou no escritório, não estava com cabeça pra nada.
E assim passaram a noite, Gil no escritório se culpando por ter beijado Alice, e ela por ter novamente de certa forma se aproveitado de um momento para beija-lo, coisa que até então não tinha todo nenhum tipo de interesse em fazer.

.....

No dia seguinte Gil acordou bem cedo foi ao hospital, queria estar lá assim que liberassem a visita.
— Enfermeira, por favor poderia me informar qual o quarto de Sara Sidle?
Já que  após Sara acordar ela foi transferida para um apartamento na parte do segundo andar do hospital.
— O senhor é o que dela?
— Sou o marido.
Então procurou pelo computador e logo passou a ele o número do quarto, que imediatamente foi em direção.
— Com licença - bateu na porta entre aberta.
— Sim - a enfermeira caminhou até ele .
— Gostaria de falar com Sara Sidle.
— Ok, pode entrar - sorriu e deu passagem para o homem.
— Sara ! - ele então a observou , ela estava linda, com os cabelos longos por conta do tempo, os olhos castanhos fundos, tudo nela era perfeito.
— Sim, o que deseja? - olhou perdida para o homem, não sabia quem era.
— Apenas vim ver como você estava, me disseram que tinha acordado, e como acompanho seu caso desde que deu entrada ... - foi interrompido.
— Ah que graça, obrigada pela preocupação Sr Grissom - seu chefe nunca foi de se preocupar porém algo nele parecia sincero
— Gil , pode me chamar de Gil  - estendeu a mão à ela.
— Obrigada Gil. - sorriu.
Ele então encarou por um certo tempo observando cada detalhe, marquinha do sorriso e pequena cicatriz perto dos olhos que fizera quando o laboratório pegou fogo.
— Sr. Grissom o que faz por aqui - a voz era de um homem.
— Ah, doutor eu apenas soube que Sara tinha acordado e quis vim ver. - saiu dos seus pensamentos .
— Você poderia vir comigo um instante?- o doutor chamou.
— Sim.

Então é enfermeira terminou a checagem de todos os equipamentos de Sara e logo saiu para que ela pudesse descansar.

Do lado de fora doutor dava um baita sermão, como que Gil pode entrar no quarto sem terem avisado ele, Sara poderia sofrer um choque ou ele por estar emocionado por ela ter acordado  poderia dizer algo que não seria bom.
— Eu não disse nada, só queria ver como ela está.
— Certo, mas da próxima vez me avise, ela ainda está se recuperando de anos de coma, uma palavra pode dar tudo errado.
— Eu sei, mas não farei nada pra prejudicar minha mulher, eu mais que ninguém quero ela bem para voltar pra mim e para nosso filho . - falou um pouco mais grosso.
— Ok - olhou para o lado e viu a enfermeira — E Sr Hank? Você sabe onde está?
— Não, eu só sei que já pedi para um dos meus amigos caçar ele.
— Ok, assim que possível traga-o pode ser bom para recuperação dela.
— Certo.

Os dois conversaram um pouco mais sobre a situação de Sara, que poderia ser temporário, mas infelizmente não sabiam o quanto isso seria.
Grissom queria que fosse o mais rápido possível pois Mateo precisava da mãe e ele da esposa, com certeza os amigos precisavam também da companhia alegre de Sara.

No laboratório a notícia que Sara estava acordada tinha se espalhado, Warrick tentava tirar da cabeça deles que tinham visita-la.
— Gil disse que por enquanto é bom só ele estar indo lá, quando ela for liberada do hospital e for pra casa ele avisará.
Todos de certa forma concordaram mas alguém naquele meio estava desconfiada, "porque Warrick?" e iria descobrir de um jeito ou de outro.
— Rick espera. - a loira o barrou.
— Sim! - a olhou fixamente.
— Tem certeza que está tudo bem com a Sara? - questionou olhando nos olhos do Moreno.
— Sim, os médicos disseram que era bom a princípio que ela não se esforçasse tanto. - bateu no ombro da amiga deu um de seus belos sorrisos e saiu sem que ela pudesse responder ou perguntar mais alguma coisa.
— Tá e eu sou bozo , conheço mentiroso de longe - falou em tom baixo ao encarar o Moreno sair de sua vista.
Ela sabe que tinha algo de errado e iria investigar a fundo o que ele escondia.

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