1

626 63 2
                                    

Bárbara Passos, on

- É de diamante? - Victor fala olhando fixamente pro meu anel de noivado, que estava no meu dedo.

- Sim, bobo. Deve ter sido uma nota preta. - falo.

- Uma? Você quis dizer várias notas, né? Mas não me surpreenderia se fosse algo inferior, Pedro é um grande mão de vaca! - Ele tira a camisa.

- Parece que essa mentirinha tá indo longe demais. Eu só queria acabar logo com isso tudo, mas a minha empresária me proibiu de terminar com o Pedro, essa controladora do cacete. - tiro o anel e coloco no criado mudo. - Parece até um pesadelo, as pessoas fazem de tudo por dinheiro. O Pedro me ama, mas é o único que tem sentimentos nessa relação.

- Eu tenho talento cara, eu sou cantor... Seria um belo marketing. - ele fala, se gabando.

- Eu não quero marketing tendo um relacionamento contigo, eu quero um relacionamento tranquilo. - me deito na cama.

- Um dia essa máscara cai, o que é bom não dura pra sempre, essa é minha teoria. - Victor me puxa pra cima dele.

- "O que é bom não dura pra sempre"... O que você quis dizer com isso? - o olho.

- Eu quis dizer que o nosso caso não vai durar pra sempre. De certa forma, isso é muito bom... É muito bom sentir o friozinho na barriga, entende? Qualquer hora podemos ser descobertos pelo meu próprio irmão, mas continuamos brincando com fogo. - ele diz empolgado. - Mas não vai ser assim pra sempre, ou nós vamos namorar um dia, ou vamos acabar e fingir que nada aconteceu.

- Calma, apenas tenha calma. - escondo minha cabeça no pescoço dele. - Eu namoro com o Pedro há três anos, metade desse tempo, eu tenho um caso contigo, são quase dois anos, você realmente acha que isso não vai dar em nada?

- Ninguém sabe do futuro, eu posso estar muito bem aqui, mas ao ir na rua, posso ser atropelado por um caminhão que está sei lá... Transportando bodes. - Victor fala. Ele sempre tinha frases inspiradoras, parece até coach.

- Que horror, amor.

- É só a verdade.

- Me dá chocolate? - faço voz de bebê.

- TPM? - ele me olha.

- Como você sabe?

- Fim de mês, coincidentemente, perto da data que você fica menstruada e nós não transamos. Viu? Eu sei perfeitamente. - Victor dá um sorriso convencido. - Isso é uma coisa que meu irmão não decorou, eu tenho certeza.

- Desde quando isso virou um papo de putaria? Tava mó fofo. - começo a rir. - Só ladeira abaixo.

- A putaria é na hora que você quiser, amor.

Continua...

Is Brutal HereOnde histórias criam vida. Descubra agora