𝙰𝚕𝚒𝚜𝚜𝚘𝚗 𝚎 𝚊 𝚝𝚛𝚒𝚜𝚝𝚎 𝚍𝚎𝚜𝚙𝚎𝚍𝚒𝚍𝚊

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Eu e meu pai estávamos na cozinha e eu fazia um delicioso chá que meu pai tanto amava.

Depois que terminei de fazer o chá, papai havia ficado super orgulhoso.

- Filha, que chá maravilhoso, parece o que a minha tia fazia pra mim. - ele disse e vi uma expressão triste no mesmo;

- Que bom que gostou papai, você que mais alguma coisa ? - perguntei carinhosamente a ele;

- Você já fez muito filha, pode ir. - ele disse e me deu um beijo na testa;

(...)

Era de noite e eu fazia meus deveres de casa, até que meu pai apareceu na porta do quarto.

- Ah, oi pai, precisa de algo ? -eu parei o que estava fazendo e perguntei;

- Não filha, pode continuar, só vim avisar que estou indo deitar. - ele disse carinhosamente;

Antes que ele saísse, ele se despediu de mim, mas essa despedida de alguma forma, mexeu comigo.


Acordei de madrugada e desci pois estava com uma vontade enorme de beber água.

Depois que bebi, rapidamente subi, mas algo estava me dizendo para ir ver meu pai no quarto.

Quando entrei no quarto, ele estava encostado na cabeceira da cama, ele parecia estar dormindo, mas foi quando cheguei mais perto e vi que o mesmo não estava respirando.

- Pai! - o chamei; - PAI! - balancei mas ele não acordava de jeito nenhum.

Comecei a me desesperar e a chorar, não sabia o que fazer então peguei um casaco e fui correndo pra casa de Kristy.

Era 02:30 da manhã, mas era um emergência.

Sai da casa correndo e fui até a casa de Kristy.

Toquei a campainha uma vez, ninguém atendeu, toquei a segunda, novamente ninguém atendeu, quando fui tocar a terceira.

- Alisson, o que está fazendo aqui ? - Eliz apareceu na porta com Kriss atrás dela; - São 02:30 da manhã, o que houve ? Porque está chorando ?

- Meu pai... - eu as olhei e comecei a chorar; - Ele não tá acordando;

Assim que disse isso Eliz começou a agir mais rápido.

- Kristy, acorde Watson e chame Charlie e Sam. Peça pra eles irem até a casa de Alisson. - Ela ordenou; - Eu vou até a casa de Alisson chamar a ambulância, peça pra eles ligarem o carro caso aconteça algo. - quando ela ia sair de casa;

- E eu mãe ? - Kristy perguntou;

- Cuide das crianças. - Eliz disse;

(...)

Era 04 da manhã, estava sem dormir desde as 2 da manhã.

Nesse exato momento a minha companhia era a família toda de Kriss que se localizavam na minha casa nesse exato momento.

Não tinha mais lágrimas para serem derramadas... meu pai havia morrido, por conta daquele câncer idiota.

Os paramédicos vieram para cá e disseram que nem daria para levá-lo ao hospital pois já era tarde de mais.

Estávamos todos reunidos na sala, e Eliz fazia pequenos carinhos em minha cabeça.

- Eliz, preciso ligar pros meus avós e avisar tá bom ? - ela assentiu com uma face triste;

Peguei meu telefone e comecei a discar os números da família e comecei a avisar. Sei que era tarde, mas eu precisava. Alguns choravam e outros não conseguiam expressar o que estavam sentindo, mas em todos eu conseguia ouvir um voz triste.

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