Capítulo II

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Oiii, hoje estou inspirada, escrevi vários capítulosss. Mas vou postar conforme vocês forem lendo. Espero MUITO que gostem.

 A xícara de cappuccino de avelã estava envolvida por minhas mãos enquanto minha cabeça viajava no que eu havia me metido

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 A xícara de cappuccino de avelã estava envolvida por minhas mãos enquanto minha cabeça viajava no que eu havia me metido. Quem era Henry? Ele era enigmático, estranhamente educado e bonitinho. Com certeza era muito rico e com um pai extremamente rígido. O que causava a aversão do filho para com o próprio pai. Mas, o que me deixava com a pulga atrás da orelha era a questão da tal "responsabilidade" que ele teria ao tomar o lugar do pai. O que era tão importante assim que fez com que um adolescente fugisse?

— Foi muita gentileza sua me deixar usar o seu telefone, senhorita Lilly. — Ele dizia enquanto sorria gentil.

— Acho que você já pode sair do personagem. — Falei dando de ombros. — E, não foi grande coisa.

— Foi sim. Foi de grande ajuda e eu prometo recompensar isso. — Dizia com uma mão no peito. Ridiculamente engraçado.

— Quer cappuccino? — Indico a caneca pra ele. — Seria bom depois desse frio.

— Seria muita gent- — Antes que pudesse concluir eu o interrompo. Aquilo já estava ficando chato.

— Seria muita gentileza minha, eu sei. — Falo revirando os olhos. — Mas é sério, já pode sair do personagem, Henry. — Posiciono a xícara na cafeteira. — Ou você é estranhamente educado assim? Parece ter saído de um livro antigo.

Ele parece ignorar todo o restante e só ter focado na última assertiva.

— Livro antigo? Se o livro for bom, sim. Então saí de um livro antigo. — Ele sorri. — Gosta de ler?

— Bom, sou universitária. Estudo Letras, então sim. Na verdade, eu amo leitura.

— Qual gênero?

— Fantasia. — Afirmo sem nem precisar pensar.

— Gosta de escrever? — Questionou pegando a xícara.

Conversar sobre minhas obras amadoras não era meu foco agora. Falar sobre hot literário envolvendo a realeza definitivamente não era uma boa ideia.

— Gosta de questionar as pessoas? — Devolvi.

— Sim. — Sorriu. — Bom, está ficando tarde. Preciso-me ir. — Fala já se levantando.

— Espera. — Ele se volta. — Conseguiu um lugar para dormir hoje? — Pergunto.

— Ãh... Sim. — Era mentira. Continuo olhando em seus olhos. Seus ombros estavam rígidos e encolhidos. — Não, não consegui. — Confessa soltando o ar e relaxando.

Não seria uma boa ideia deixar esse estranho dormir em casa. Mas, já que estamos na merda, não faria diferença mergulhar nela.

— Vou pegar uma troca de roupa pra você. — Digo me virando

Anna sempre trás garotos em casa. Eles devem ter deixado algo que sirva nele.

Fuço no ármario do depósito de produtos de limpeza e vejo uma camisa regata de um time de baskete e um samba-canção azul com âncoras vermelhas. Estava limpa e não cheirava ruim.

— Aqui. Isso dever servir. — Entrego e o vejo abrindo a boca para agradecer. — Se dizer que isso é muita gentileza minha pela quinta vez só hoje, eu deixo você dormir na rua.

— Tudo bem. — Riu. — Obrigada então.

Não sabia o que ia dizer para Anna — se ela voltasse hoje — sobre ter um garoto deitado em um dos sofás com a roupa de um dos ficantes dela e uma fantasia de príncipe perfeitamente organizada para que não amassasse, no outro. Mas, ela aceitaria. Até porquê, ele era muito, muito bonito.

A roupa lhe caiu muito bem. Por baixo de todo aqueles panos e tecidos grossos e pesados, haviam músculos lindos. Seu corpo era definido e ele parecia mais jovem sem aquele equipamento todo. O cabelo preto bagunçado deixava ele mais casual, como se fosse um garoto normal.

— Cinderela? — Pergunta observando a tevê com o filme pausado. — Gosta de filmes de crianças?

— Os clássicos da Disney não são feitos para crianças. — Defendi. Odiava quando diziam isso sobre meus filmes preferidos.

— Acreditar em príncipes encantados é um pouco ultrapassado para sua idade, senhorita. — Ela caçoava.

— Está usando minhas roupas, meu sofá, usou meu telefone e está tirando sarro de mim? — Confrontei. — Está em desvantagem, meu nobre senhor.

— Peço mil desculpas, senhorita.

Terminei o filme e observei Henry, que já estava dormindo. Então fui para meu quarto, mas antes deixei um bilhete rápido para Anna caso voltasse hoje para casa.

"Não se assuste. Tem um homem no seu sofá. Estou no meu quarto. Beijos. Lilly" 

FAIRY TALEOnde histórias criam vida. Descubra agora