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🦋 Seokjin não queria ser pai.
Isso realmente nunca aconteceu, mas na ausência dos seus, ele era o responsável pelos irmãos mais novos. Isso incluía, até mesmo, resolver as confusões que os adolescentes encrenqueiros arrumavam.
Ele só não esperav...
Hoje o destino foi tão generoso Fazendo a gente se encontrar de novo Foi bom ver nossa essência Não deixar a ausência tirar um do outro
— Eternidade, Thaeme e Thiago.
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— Soobin! Sunwoo!
Seokjin não queria ser pai.
No auge dos seus 27 anos, ele realmente não era, mas ao ter a difícil missão de ser o filho mais velho de uma família, inevitavelmente você acaba se tornando como um pai para os mais novos na ausência dos seus.
Revezando o olhar entre Soobin e Sunwoo — seus irmãos de 17 e 15 anos, respectivamente — ele se questionava sobre o que faria com os dois e aquela situação incômoda. Sendo o mais velho, ele sempre tivera uma parte muito grande na criação dos irmãos, até mesmo quando já havia se mudado para a capital. Assim, seus pais pensaram que seria uma ideia incrível lhe pedir para cuidar deles por um tempo.
Seokjin havia se mudado para Seul aos 19 anos e desde então, sua vida era apenas na capital. Ele trabalhava como desenvolvedor de software — profissional responsável por planejar, escrever, desenvolver e testar uma aplicação web, seja ela um software, um aplicativo, um website ou um sistema operacional — em uma grande empresa e raramente tinha tempo de ir até Ilsan visitar a família. Por isso, quando suas férias finalmente vieram após meses de atraso, ele se planejou para aproveitar ao máximo.
Entretanto, seus pais logo trataram de atrapalhar tudo.
O casal de médicos queria viajar para uma conferência de medicina no Japão e acharam conveniente estragar as férias do filho primogênito.
O filho do meio, Soobin, era uma peste quando criança e nada mudara ao longo dos anos. Já o caçula, Sunwoo, ocupava o lugar do irmão trouxa que se tornara um jovem revoltado — Seokjin sempre fora um meio-termo entre os dois — e não poderiam ser deixados sozinhos sob hipótese alguma, a única opção plausível sendo, deixá-los sob a vigilância do irmão.
— Se vocês dois não descerem aqui agora, eu juro que vou trazê-los pelas orelhas e bater até ficarem roxos! — Seokjin chamou pelos dois mais uma vez, dessa vez, nada amigável.
Com medo do surto de raiva do irmão — já que ele raramente demonstrava irritação —, os adolescentes desceram as escadas a passos de tartaruga até a sala. As mochilas foram largadas no sofá, assim como os blazers do uniforme.
— Muito bem — Seokjin começou, andando de um lado para o outro na frente deles. — Posso saber por qual motivo o colégio de vocês ligou logo cedo, pedindo a presença de um responsável?
Ambos se entreolharam, ponderando qual deles seria o corajoso de contar a verdade primeiro ao irmão mais velho.
— Bem — Soobin o encarou, sem jeito. — Eu sai no soco com o Yeonjun.
