Recreatings Ties

capítulo nove

Fim de semana, sim Sara tinha recebido alta numa sexta e voltaria a trabalhar na segunda, Gil estava trancado em casa, Catherine novamente voltou a liderar a equipe, Sara e Hank estavam se estranhando, tudo saindo conforme não planejado.
— Hank porque você continua dormindo aí? - referiu se ao sofá — sexta eu entendi que era porque estava me deixando descansar, sábado entendi que estava querendo se reacostumar mas e agora qual será sua desculpa? - encarou ele.
— Sara é que .... - tentou falar mas sua cabeça começou a doer, e acabou caindo no mesmo.
— Hank! - Sara foi até ele. — Hank, ei meu amor tá tudo bem - correu até a sacola de remédios dele e pegou o que ele sempre tomava para dor e um copo de água — Ei, toma vai se sentir melhor - ele ainda desacordado foi instruído pelas mãos dela a tomar — desculpa meu amor não deveria ter te enchido tanto, sei que está preocupado com tudo mas não precisa me esconder nada, ok? - disse mesmo sem que ele pudesse responder.
Algum tempo depois Hank acordou agora estava com braço dormente e logo se deu conta que o peso que fazia ele sentir isso era o de Sara.
— Sara - tocou o rosto dela com delicadeza — "como eu queria que tudo isso fosse real, que você fosse minha e não dele mas eu mereci te perder fui um idiota" - falou pra si mesmo.
— Oi, você acordou! - sorriu e novamente o surpreendeu com um beijo. — sabia que o remédio iria funcionar.
— Obrigado por cuidar de mim - sorriu volta e logo levantou assim que percebeu que estava deixando se envolver.
— Eu sempre estarei aqui por você e com você - apertou as bochechas dele em forma de carinho como sempre faziam.
— Eu digo o mesmo meu bem, vou sempre cuidar de você, esteja onde estiver.
— Te amo Hank.
— Também amo você Sara, muito mesmo.
Ele então permitiu que ela se deitasse ao seu lado, claro não faria nada mas precisava sentir aquele corpo perto do seu pelo menos uma última vez.

...
Na casa de Gil tudo tava tão silencioso, Alice tinha feito Mateo dormir e logo também foi para o quarto onde nesses últimos anos dormia preferiu não falar com Gil pois das últimas vezes foi constrangedor.
Já Gil estava no escritório olhando pela 10° vez o vídeo onde tinha todas as memórias dele com Sara, inclusive do dia que eles contaram pra família de amigos que estavam a espera de um bebê.

.....
Alguns anos atrás...
— Eu e Sara chamamos vocês todos aqui sei que é um lugar improvável e meio...– disse olhando a sua volta, ele estava no meio da sala do Dr. Robs, mas queria todos presentes e doutor disse que não poderia subir pois tinha muitas autópsias  para fazer então todos desceram pra la, sem entender mas foram, chefe mandou. — Bom o que eu e minha mulher temos pra dizer exigia que todos que nos apoiaram estivessem presentes, para que todos soubessem na mesma hora e vibrassem com a gente.
— Oh Gil diz logo eu tô ja sem unhas para roer - disse Greg eufórico.
— Bom o que queríamos compartilhar com vocês é que estamos gravidos - Sara então tomou a frente e contou de uma forma rápida e fofa.
No começo o choque foi inevitável, mas depois que a ficha caiu, aquele lugar que costumava ser muito quieto se tornou um lugar com uma alegria que exalava por todos os cantos, até os mortos se pudessem levantariam pra dar parabéns, todos ali sabiam quanto aqueles dois se amavam e que aquele pequeno ser seria  a prova mais linda desse amor.
......
Dias atuais ...
— Ah Sara, queria tanto você aqui. - pegou um dos muitos porta retratos que tinha na mesa e abraçou logo após deitou no sofá e permitiu-se dormir com ele abraçado.

.....
No dia seguinte tudo estava prestes a se tornar uma zona de guerra, todos que se importavam com Sara já sabíam da sua atual condição, queriam ajudar e iriam dar seu jeito.
Na porta da frente uma caminhonete preta metálica parava entre as vagas 3 e 4, eram Sara e Hank.
— Bom trabalho – Hank abriu a porta para ela.
— Obrigada meu amor - ela sorriu e beijou, um beijo calmo.
— De nada - sorriu meio incontente.
— Você vem me buscar no fim do expediente?
— Sim, venho.
Então a mesma entrou para dentro do laboratório, nem se dando conta que logo atrás na vaga 11 o carro de Gil estava estacionado e mesmo havia saído de lá.
— Hank – chegou perto do mesmo.
— Olha Gil, você viu que ela que me beijou não é? - já se explicando.
— Vi, claro que vi não tem porque explicar, Sara sempre foi espontânea. - ele realmente estava sendo sincero.
— Acho que não quero mais fazer parte disso, eu gosto dela mas ela é sua mulher, ela tentou me agarrar 3 vezes esse fim de semana, em outros tempos eu teria levado de boa pra cama sem remorso algum, mas agora não posso mas se eu começar a dar desculpas demais ela vai desconfiar ou vai por coisas na cabeça que vão acabar dificultando minha parte no plano, não estou dizendo que quero me deitar com ela pra não dar problema só que eu não quero ficar perto dela sem poder dizer toda a verdade - colocou as mãos sobre a cabeça.
— Eu sei, entendi você, prometi que estaria sempre de cabeça aberta pra isso - encostou no carro do mesmo. — entenda que eu não quero que ela tenha um choque, porém entendo você porque você a amou, teve algo com ela sério, entendo seu lado, e admiro sua a força que está fazendo pra respeitar minha mulher - bateu no ombro.
— Gil, eu à amei muito mas fiz burrada, acho que eu não mereço o perdão dela, não mereço isso tudo e acho que continuar só estaria magoando ela mais.
— Você quer desistir? E nosso acordo.
— Eu quero o bem da Sara, se pra isso ela tiver que sofrer um choque para ver se recorda eu creio que seja o melhor, sinto muito. - apenas saiu de perto entrou no carro e saiu dali deixando Gil sem entender nada.

Sem escolha Gil entrou no laboratório, estavam já todos em seus lugares, tratar ela indiferente ou sem nenhum tipo de contato físico como era acostumado seria terrível mas doutor disse que o melhor pra ela naquele momento era um pouco de tempo para tentar se recuperar de tudo, que a perda de memória podia também ser um caso de está se escondendo do trauma de ter sido sequestrada, quase morrido e ficado tanto tempo em coma.