Traída pela pessoa que mais amava, Isabella "Isabel" Swan vê seu reino queimar, e em seu último suspiro promete vingança.
Ela só não imaginava que seria ouvida, e quando abre os olhos novamente, está em um mundo totalmente diferente do seu. Onde ex...
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Não importa o quanto você planeje seu futuro, o controle nunca estará em suas mãos, mas sim, nas mãos frias e ossudas da morte.
Naquele dia, como se refletisse a dor da menina de apenas treze anos, o céu estava escuro e o vento que vinha do Norte trazia em suas costas uma temperatura fria de bater os dentes. A garota de negras madeixas volumosas e grandes olhos verdes tinha vivido todos aqueles primeiros anos de sua vida de maneira despreocupada, uma vez que seus pais a tiveram muito jovens, o que fazia assumir que levaria muitos anos para que ela tivesse que ser coroada. Talvez já estivesse casada, com filhos...
Bem, o destino tinha apenas sentado lá rindo enquanto escutava seus planos para o futuro se desmancharem com o vento quando a menina recebeu a notícia de que seus pais haviam morrido. Eles foram atacados por corrompidos em seus próprios aposentos, sem chance de pedir ajuda. Sua mãe sempre tinha sido mais feroz que seu pai, já que ele era um estudioso e ela uma guerreira, por isso atacaram a rainha primeiro e antes de ter a chance de lamentar pela perda do seu grande amor, o rei também teve sua vida sugada através de dois furos profundos em seu pescoço.
Malditos filhos da noite! Praguejavam os súditos. Entretanto, nada mais poderia trazer seus pais de volta, nem mesmo a raiva e dor daqueles que os admiravam.
Agora, sentada no topo da árvore mais alta que havia próxima do castelo, onde ela costumava subir apenas para tirar os seus longos cochilos da tarde, a menina via a noite descendo lentamente no horizonte enquanto somente suas lágrimas gordas e pesadas lhe faziam companhia. Obrigou-se a engolir seus soluços quando escutou passos que seguiam para aquela direção, mas os cochichos só foram capazes de serem entendidos quando os dois serviçais, uma das damas de companhia de sua mãe e um eunuco, estavam quase abaixo da frondosa copa que a escondia.
— Pobre Elizabeth, — Começou a mulher, cujo cabelo estava em um coque severamente preso no topo de sua cabeça, enquanto espichava o pescoço fino para os lados para ter certeza de que ninguém mais além de seu amigo pudesse escutá-la. — tão jovem, ainda praticamente um bebê, e terá de depositar sua confiança em alguém tão imprudente quanto a princesa Isabella. Parte-me o coração testemunhar tal situação; imagina o quão doloroso será para ela.
Elizabeth não era tão nova assim, tendo nove anos já completos. Todavia, como caçula, ela sempre foi tratada por todos com muito carinho e zelo, a bonequinha de todo o reino. Inclusive para Isabella, que sempre amou a irmã como seu próprio sol particular. E por mais que aquelas palavras tão ácidas fossem dolorosas, fez Isabel pensar que eram receios verdadeiramente reais até para ela. O que seria de sua irmã agora que sua mãe não estava mais ali para ser a melhor mãe do mundo?
— E o reino? — A indagação fez com que sua atenção retornasse aos dois mais velhos. — Pode imaginar o que será do reino, de todos nós, com uma menina que mal sabe erguer uma caneca e só deseja correr junto aos outros rapazes, estando à frente de tudo?