Desvaneio

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Realmente achei que estava louca, ele me disse que eu não havia saido do hospital ainda. Eu estava muito confusa.

- Oi Lia. - olhei para trás e vi Henry, com a mesma roupa que eu havia sonhado (achei melhor encarar aquilo como sonho)

- Oi Henry. O que veio fazer aqui?

- Vim saber se você está bem...

- Estou ótima. - olhei para Ralf, e prometi a mim mesma que não faria com ele o que aconteceu no sonho.

- Acho que não preciso te acompanhar até em casa, não é? - disse olhando para Ralf... Novamente.

- Não, eu volto com Ralf.

- Ok. Eu já vou indo.

- Tchau.

Fiquei aliviada em ver que as coisas não estavam saindo como no meu sonho, isso era ótimo!

- O que vamos fazer agora Morgana?

Olhei para ele... Não quis responder. Na verdade, nem sabia o que dizer... Apenas olhei pra ele. Eu o via de um jeito diferente agora. Um jeito que nem eu entendia direito.

- Lia?

- Oi.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Pode Ralf, pergunte.

- Por que você disse que eu tinha voltado pra você? Quer dizer... Eu entendi seu sonho, mas porque você se importou tanto?

- Eu não sei. Estou tentando entender isso...

Seguimos para casa, quando chegamos o casal já não estava mais lá. Mas o maior medo era encontrar Karine, e se acontessese eu não fugiria. Ficaria lá com Ralf... Até o fim.

Naqueles dias, não pensei em Henry e nem nada que tivesse relação com ele, até esqueci daquelas mortes e a investigação. Fiquei muito sem foco nas coisas. Mas apesar disso, acho que Henry não esqueceu do suspeito caso das mortes!

Henry veio conversar comigo, a tarde, meio que um interrogatório... Mas antes teve que passar por Ralf.

- O que você quer aqui de novo?

- Falar com ela, você já sabe... Não achou que eu vim te visitar né? - ironia, doce ironia.

- Estou aqui, pode falar. - disse eu, interrompendo o dialogo dos dois.

- Quero falar com você, só você. - disse Henry olhando pra Ralf.

- Não, fala agora, não tenho nada a esconder do Ralf.

- Ótimo. - disse bravo. - Liane Foxx, aonde você estava quando ocorreu a primeira morte, no dia 14 de Abril, por volta das 3:21 da manhã? - disse lendo um papel, em voz alta.

- Como assim?

- Você é a nossa única suspeita no caso das mortes! - fiquei assustada. Não pensei que chegariam no meu nome tão rápido.

- Eu estava... Em casa, é claro. O que eu faria 3:21 da manhã por ai?!

- Isso sou eu que pergunto. Você tem que vir comigo. Ahh, e vamos fazer uma revista na sua casa, pra ver se não achamos nada suspeito.

- Você não vai fazer isso. - disse Ralf, num tom bem calmo... Calmo até demais.

- Se isso não acontecer, você vai ser presa. Por ser a única suspeita do caso, temos que te investigar, se não... Você será presa por 121 assassinatos.

121?? Impossível... Eu não matei tanta gente, foram no máximo 10 pessoas. Tem alguém querendo me ferrar... E parece que ta conseguindo.

- Você não entendeu. Ela não vai fazer nada disso, e muito menos vai ser presa.

- Me dê um motivo pra acreditar nisso! - disse Henry.

- Simples... Fui eu que matei essas pessoas.

Ralf... Não...

Meu SubconscienteOnde histórias criam vida. Descubra agora