Os primeiros dias Gil conseguiu evitar ao máximo falar com Sara, ele tinha problemas maiores não sabia como faria pra que Hank não desistisse do acordo, precisava dele na vida de Sara se quisesse que ela recuperasse a memória.
- Grissom.
Ele sorriu ao reconhecer aquela voz e como amava quando ela pronunciava o nome dele.
- Sidle - sorriu e fez gesto para que entrasse na sala.
- Eu sei que não temos nenhum tipo de contato mais pessoal, mas queria agradecer por todo apoio que deu à Hank enquanto estive no hospital, quis falar com você mas parecia que sempre estava ocupado demais e não quis atrapalhar, mas hoje vi que está mais tranquilo decidi entrar....- olhou para os lados analisando tudo - Bom espero que não tenha incomodado era só isso mesmo. - fez menção de sair.
- Espera Sara ...- foi até ela - não tem porque agradecer, pode não parecer mas me importo muito com meus funcionários. - sorriu.
- É, eu achava isso do senhor até o Hank dizer e eu comprovar hoje. - sorriu de volta e saiu sem que o deixasse responder.
Ele então após ver sua saída e encarar bem como ela era linda, se pôs encostado na mesa, "como vai conseguir ficar tão longe dela esse tempo?".
- Onde estava Sara? - texano viu bem da onde saiu mas decidiu dar uma brincada.
- Da sala do chefe, fui agradecer pelo apoio que deu ao Hank e a mim de certa forma enquanto estava mal - sorriu bateu no ombro do colega.
- Hummmm - sorriu e viu ali uma oportunidade de tentar falar com ela sobre- então quer dizer que não foi nada demais?
- Não né, Nick ele não tem olhos para mim, tem olhos só para os casos bandidos, microscópios e também eu tô com Hank e eu amo ele , logo conseguirei esquecer ele. - sentou numa das cadeiras que ficava do lado da recepção.
- Sara, você não pode nem deve desistir dele - na hora que viu já tinha dito.
- Você sabe de alguma coisa que eu não sei? - olhou ele franzindo a testa.
- Não - tentou disfarçar a merda feita- só que as vezes você pode tá fazendo um pré julgamento errado.
- Não, eu sei que parece bobeira mais eu sinto que não gosta de ninguém.
- Eu não acho, de uns tempos pra cá ele tem sido muito diferente, talvez não devesse desistir assim.
- Deixa eu ver se eu entendi, antes do acidente você não gostava da situação que estava de estar dependente do Gil, pediu pra que eu seguisse em frente e que arrumasse alguém que realmente tivesse sentimentos bons por mim eu arrumei, agora você me diz que não é pra desistir do Gil.
Nessa hora Nick rezou tanto pra que chegasse alguém porque estava se confundido todo , realmente Sara tinha razão, ele odiava a relação de submissão que tinha com Gil, mas depois que Gil se retratou ele passou a ser um dos que mais eram afavor de tudo.
- O que os dois estão fazendo aqui - disse Jony, um jovem de meia idade que tinha entrado no lugar da Sara.
- Esperando ser salvo - falou baixo.
- O que você disse? - Sara olhou para o amigo.
- Nada - levantou-se.
- Então, vamos temos trabalho pra fazer - Jony intimou ambos.
- Ah vão indo eu tenho que falar com Gil sobre um negócio - disse meio que correndo dali.
Jony e Sara se olharam e riram, Nick nunca esteve tão estranho como agora.
- Gil - bateu mais de uma vez incessantemente.
- Quem morreu Nick para descontar assim na minha porta - retirou os óculos e observou.
- Preciso falar com você, urgente!
- Sobre...- fez menção para ele entrar.
- Sara.
Gil que antes era totalmente desinteressado largou tudo e pós a ouvir o que texano tinha pra dizer, suas expressões era indecifráveis, ora eram de reprovação ora de riso. Nick nunca foi atrapalhado e ver ele assim era algo engraçado só perdia um pouco pois tal informação poderia retardar ou até então estragar a recuperação da sua esposa.
- Olha Nick, eu sei que tentou ajudar, que se atrapalhou e não tem problema isso acontece, comigo também quase a beijei quando entrou aqui estive a passos de fazer isso, temos que controlar até os novos exames serem feitos e saber se é perigoso ou não dar tais informações a ela. - levantou e foi até ele.
Nick simplesmente balançava a cabeça, não conseguia falar, ainda por cima não tinha se perdoado pelo ocorrido com sua amiga e de certa forma quase colocou tudo a perder por conta de seu deslize.
- Eu sei que vai parecer estranho e que talvez essa não seja a frase correta porém é a mais propícia para esse momento então até à gente se acostumar com isso demora, queria muito minha mulher comigo porém sei que é melhor pra ela agora é se recuperar, ok?
- Ok.
Eles terminaram a conversa por ali, Gil voltou para trás de sua mesa e Nick para look, precisava desabafar antes de entrar novamente na sala onde estavam todos.
Alguns anos atrás...
- Nick eu não tô muito bem, acho que vou voltar para delegacia. Ok? - Sara colocou a mão sob a boca.
- Você quer que eu te leve? - pondo sua mão nas costas da amiga e a amparando.
- Não eu peço para um dos policias, fica termina cena, se não é perigoso Ecklie te por no chinelo. - sorriu.
- Tem certeza?
- Sim moço, tenho toda certeza do mundo. - passando a mão na barriga - Titio vamos ficar bem, ouça a mamãe ela sabe se cuidar e estará segura.
- Ok - riu da voz feita pela amiga.- Olha assim que chegar me avisa ou pede pra Cat avisar tá? Melhoras - beijou a testa dela e caminhou até o carro da polícia.
- Pode deixar.
- Policial - olhou o crachá - Hugh, você poderia pegar a Sara e levar ela até o DP.
- Claro Sr. Stokes - sorriu e logo abriu a porta da viatura. - Vamos!
- Mana, realmente não quer que eu te levo? - segurou nela quando quase entrou na viatura.
- Fica calmo, eu tô bem e só enjoo se eu ficar vou contaminar a cena, melhor que eu vá e peça pra Cat me cobrir já que ela tá de plantão e tá sem fazer nada.
- Me manda mensagem assim que chegar lá tá por favor!
- Sim senhor - bateu continência e entrou na viatura - até já.
- Até se cuida, e policial Hugh cuida bem deles, por favor, se não eu viro uma pessoa castrada - riu.
- Pode deixar Sr. vou levá-la com segurança.
Então saíram dali, Nick na mesma hora sentiu uma pequena pontada no peito mas achou que era por ter feito esforço na sua folga já que estava com isso desde muito cedo.Dias atuais...
- Nick, está tudo bem, porque você está chorando - a morena o pegou desprevenido.
- Ah Sara - não se conteve e foi até ela e abraçou como se aquilo pudesse ajudasse a livrar da culpa que sentia desde então - Me perdoa? Por todas vezes que te deixei só em cena ou que te deixei voltar nas viaturas dos policiais.
- Você nunca me deixou só numa viatura, a gente sempre ia e vinha juntos e sobre o abandono em cenas eram sempre por causas maiores e sempre estive bem amparada por policias - afirmou.
- Mas mesmo assim me desculpe.
- Ei, tá tudo bem, tá? Eu desculpo - abraçou mais forte ainda.
- Obrigado Sara - agora sua voz é chorosa e sua vontade era de estar no lugar dela.
Sara não entendeu porque do choro e desculpas do amigo porém não disse nada, apenas o abraçou forte que naquele momento parecia ser a única coisa que o faria bem.
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Recreatings Ties
Ficción históricaA vida após anos deitada numa cama pode ser desafiadora mas quando se tem alguém que ama ao seu lado tudo fica mais fácil.