as pessoas tentam evitar a consideração de que vão morrer.
nossos egos personalizam isso e nós nos consideramos casos especiais.
mas não somos, durante muito tempo eu evitei pensar sobre o que eu deveria ter em meu coração nos meus últimos segundos de vida. o quanto eu poderia guardar para mim? o que eu deveria levar comigo?
quando você entende que está morrendo, de forma consciente, e que você tem que viver da mesma forma. isso abre a sua mente e coração.
eu preciso aprender a abrir o meu coração porque só assim eu vou saber o que levar comigo, qual bagagem é necessária para ser quem eu sou, para me descobrir, afinal quando abrimos os nossos corações o que resta é a dor.
a dor, o que lutamos a vida toda para nos defender ao invés de sentir e lidar, porque é sempre mais fácil engolir o choro.
nós fechamos os nossos corações para não ter que lidar com a dor e quando notamos o quão fundo estamos chegando nossos corações se partem, quebram ao meio. no entanto, a uma transformação nesse meio e nela é inclusa a dor, porque se você investigar a fundo, vai saber que o que está sentindo é amor.
e o amor é infinito quando você vive simultaneamente segurando os dois lados, a vida e a morte dentro do peito.
é um amontoado de sentimentos que formam algo admirável e esse algo é simplesmente quem você é, de sua versão mais pura, sólida ou não. indefinida e imensa.
é preciso aprender a se livrar da tendência de desistir de tentar falar sobre uma determinada experiência porque as pessoas são incapazes de se relacionar com ela. porquê guardar as coisas para si vivendo em mundo tão intenso como esse é se jogar no abismo e não há hipóteses de sobrevivência lá.
é notar as transformações espirituais que precisam ser feitas, é olhar no espelho e ver que está tudo errado e saber como resolver o erro.
eu não sei fazer isso ainda, mas eu vou conseguir porque eu não quero subestimar uma morte certa e perder todos aqueles que eu amo, minhas versões e memórias.
então, esse é meu último monólogo, meu último apelo, de entender a complexidade de um coração e esperar que isso me salve. te salve.
você, eu, temos uma alma bela demais para ser abarrotada ao meio de tantos sentimentos complexos
logo, está é a minha última oração para salvar seu coração.
afinal o coração não é tão simples quanto se pensa e nele cabe o que não cabe na dispensa. cabe o meu amor, cabe três vidas inteiras, cabe uma penteadeira, cabe nós dois, quem eu fui e cabe até o meu amor...de:
para: quem eu espero ser
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o coração mais bonito da cidade
Fanfictioné preciso aprender a ser consciente em atos ilusórios sobre a vida e a morte, simultaneamente taeyong escreve sobre essas mudanças | oneshot | nctfanfiction » taeyong (centric) ©dawnpoet, 2021