Marinette nunca tinha visto a família tão feliz quanto naquele momento em que contou para todos, ao lado de Adrien, que estava grávida de três meses. Tom Dupain chorou como um menino extremamente emocionado com a notícia. Finalmente, seu sonho de ser avó seria realizado. Sabine Cheng tentava controlá-lo ao máximo para que o marido não fizesse um escândalo, enquanto tentava controlar as próprias lágrimas. A última coisa que queria era estressar o pobre bebezinho que ainda era tão pequeno no ventre da filha.Adrien já sabia da notícia desde o primeiro mês de gestação, mas ouvi-la revelando a novidade para seus sogros o fazia explodir de alegria novamente, o coração não parava quieto no peito. Ele seria pai e ainda não havia visto o rosto do seu bebê, que pouco dava sinais de sua existência na barriga de Marinette, mas já o amava incondicionalmente. Era com toda certeza o homem mais feliz do mundo.
Não, ele não poderia desmaiar, não de novo, não como ele desmaiou quando ela contou. Precisava controlar as emoções.
E ele se controlou por mais oito meses, até o dia do nascimento daquela criança.
O casal ainda não sabia o sexo do bebê. Adrien estava curioso pela informação, mas Marinette quis segredo. E assim foi feita a vontade dela.
O mais velho se encarregou de toda a decoração do quarto do pequeno ou da pequena Agreste-Cheng que nasceria. Ele queria participar de todas as formas possíveis. O cômodo espaçoso decorado com o tema "Nuvens" em tons de branco e cinza claro, era aconchegante e fofo. A mais nova Sra. Agreste se impressionou encantada com o quão lindo o quarto do seu neném havia ficado quando ela tinha cinco meses.
O enxoval foi todo feito nos tons e no tema do quarto. As roupinhas, cada uma mais lindinha que outra, possuía uma cartela variada de cores em tons pastéis, algumas com estampas de bichinhos, como um dos bodies estampado com patinhas de gato em verde e preto ou o conjuntinho de frio num tom nude, no qual Marinette havia se apaixonado, assim por diante.
Para a mestiça a chegada no hospital foi tranquila, a bolsa havia estourado, mas ela estava bem e controlada. Diferente do estado de nervos que Adrien se encontrava, mesmo sabendo que não era ele que teria uma criança saindo de dentro de um de seus órgãos.
O casal estava no quarto esperando que a obstetra voltasse para que finalmente aquele bebê pudesse nascer. Marinette estava pronta para dar a luz.
- Chaton, por favor, para de andar de um lado pro outro! Isso tá me deixando nervosa! - a mais nova se irritava com o comportamento insistente do marido.
- Me desculpa, princesa! - ele se aproximou, deu um beijo na testa da esposa. Segurou sua mão. - Eu não vou mais fazer isso, promessa de gato! - lhe ofereceu uma piscadela.
Ela riu do jeito convencido tão característico dele de falar, mas percebia o quanto ele ainda estava nitidamente nervoso, porém não comentou. Enquanto ele permanecesse quieto ao seu lado e segurando sua mão era o suficiente.
O aloirado sentiu sua mão ser apertada com uma força que ele não sabia que Marinette tinha, no exato instante em que ela gritou em mais uma contração. Adrien a abraçou quando a dor diminui.
- Ei, meu anjinho você tá com pressa pra sair, não tá? - o rosto da mestiça se iluminou vendo a maneira carinhosa e amorosa com que ele transmitia as palavras. Mais uma vez, como das várias vezes, ela se apaixonou por ele de novo, contudo, dessa vez, não havia chuva ou guarda-chuva, nem despedidas tristes, não mais. Apenas eles num quarto de hospital esperando que o fruto de seu amor nascesse. Eles realmente tinham crescido.
Enquanto permanecia encarando o loiro, perdida em pensamentos e ele continuava conversando com o pequeno ser em seu ventre, Alix entrou no quarto, ou melhor Dra. Alix Kudbell, a qual chamou a atenção do casal distraído.
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Dose Dupla
FanfictionOnde Adrien não sabe lidar com uma dupla novidade. Personagens acima de 25 anos [frases de duplo sentido]