Um dia típico
Assim que a porta é aberta vejo aquela mulher, Anna. Porra como é gata, baixinha do jeito que eu gosto, corpo lindo, uma bundinha empinada e seios durinhos. Ela tá usando uma farda preta que valoriza bem o seu corpo, imagino o que tem por baixo, nunca fiquei tarado por mulher nenhuma, mas essa pequena com cabelo escuros e olhos verdes bem claros despertou algo em mim.
Anna é um mistério, nunca ouvi May falar sobre ela, alguma coisa aconteceu. Preciso saber mais sobre essa mulher. May caminha até o prontuário de Caleb e a Anna olha o meu.
- Oi. Respondo meio nervoso. O que essa mulher tá fazendo comigo? Nunca tive dúvidas do que falar pra uma mulher. Ela me olha e sorri.
Que sorriso é esse? E essa boca carnuda? Estou com vontade de beija-la e chupar essa boquinha linda. Merda, tenho que me controlar.
- Você parece bem Alex, seus exames estão normais. Deixe-me ver o corte!
Ela puxa o carrinho com os instrumentos médicos que estava no quarto, coloca as luvas e retira o curativo que estava no corte.
- Parece que Will suturou bem. Ela fala e pega um algodão com álcool e limpa o ferimento, tremo por instinto, essa dor não se compara a outras que já senti. Ela se desculpa.
Anna passa uma pomada cicatrizante e refaz o curativo, tira as luvas e olha pra mim.
- Você precisa limpar a ferida uma vez ao dia, use qualquer pomada cicatrizante e curativos a prova d'água, os pontos irão cair naturalmente. Eu sabia cuidar do corte, mas estava hipnotizado e por incrível que pareça eu gostava do som da sua voz. Ela percebe o meu olhar e parece tímida.
- Por que você me olha assim? Pergunta receosa.
- Assim como?
- Intensamente. Responde.
- Você é linda, não consigo controlar. Sou sincero e ela sorri.
- Que mentira Alex, sei que você já deve ter pego toda a Nova York, só está intrigado por que não estou em sua lista. Fico surpreso com a sua resposta, maldita May, com certeza contou sobre os meus hábitos com as mulheres. Acabo sorrindo com essa situação.
- Parece que você sabe muito sobre mim, pequena. Estou em desvantagem.
- Então tenta descobrir. Ela responde por instinto e depois abaixa o olhar.
Fico por um momento surpreso, ela quer que eu me aproxime? Anna parece confusa e tenta fugir do assunto.
- Você está liberado Alex. Te vejo por ai! Ela pisca pra mim e vira pra conversar com May.
Pequena desaforada, realmente estou intrigado, vou seguir o seu conselho e desvendar o mistério chamado Anna Reed.
Ligo para o meu comandante e explico toda a situação, afinal foram três militares envolvidos.
Eu e Caleb somos liberados pra irmos pra casa, May iria direto pro hospital dos veteranos. Pego o taxi pro meu apartamento, preciso urgentemente de um banho. Entro e vou direto pro banheiro, assim que água começa a cair pelo meu corpo eu imediatamente lembro daquela pequena atrevida. Devia ter pedido o número dela, se bem que ela com certeza não daria. Nunca tive que rebolar pra conquistar uma mulher, essa tá mexendo comigo. Termino meu banho e coloco uma calça de moletom, sento no sofá, ligo o Xbox quando a companhia toca.
Abro a porta e respiro fundo, Coronel Walker estava em minha frente, sem cerimônia nenhuma ele entra no apartamento. James era muito parecido comigo exceto por seu cabelo que agora adquiria um tom grisalho.
- Soube que você estava na explosão de ontem. Ele olha pra mim com fúria.
- Sim. Foi uma coincidência. Sento no sofá despreocupado.
- Quero saber porque eu soube pelo seu comandante ao invés de você?
- Não havia necessidade Coronel! Estou bem, como o senhor pode ver.
Ele senta na poltrona ao lado, afrouxa a gravata da sua farda militar.
- Sou seu pai Alex, sei que não temos uma boa relação, mas sou sua única família. Ele parece cansado.
- Soube que a May estava lá. Ela está bem?
- Sim, Caleb protegeu ela.
- Só você que não enxerga essa menina, May é linda, vem de boa família. Sabe que eu e o Simmons ficaríamos felizes se vocês casassem. Estava demorando esse assunto aparecer
Homens como meu pai e Simmons se apegam a esses detalhes idiotas, acham que devemos casar com famílias de prestigio, de preferência que tenham carreira militar. Só que isso nunca aconteceu conosco, eu vejo May como minha irmã, nunca iria me envolver com ela romanticamente principalmente agora que eu sei dos sentimentos de Caleb.
- Vocês não cansam dessa história, já falei que eu e May somos como irmãos! Ainda mais ela gosta de outra pessoa.
- Você tá falando do Tenente Russell? Ele pergunta rindo.
- Sim.
- Para com isso Alex, parece que você não conhece o Simmons, ele preferiria morrer do que passar por essa vergonha. Ele joga na minha cara.
- Vergonha de que? Caleb é um cara esforçado e tem uma carreira brilhante pela frente.
- Ele é filho de um bêbado com uma prostituta Alex. Isso é demais!
- Vocês são uns filhos da puta mesmo. Levanto do sofá.
- Já viu que eu estou bem, agora pode ir Coronel. Ele me olha surpreso e levanta.
- Um dia você vai me ouvir Alex e vai saber que eu só quero o seu bem.
Abro a porta e mostro o caminho pra ele. Sabia que isso aconteceria quando eu voltasse pra casa, meu pai não tem o mínimo de decência, é justamente esse tipo de pensamento que nos distancia cada vez mais. Decido não pensar mais nisso, pego uma cerveja e tomo, recebo uma mensagem de Pietra no meu celular. Não gosto de nada sério com mulher nenhuma, Pietra foi o mais próximo que tive de um relacionamento, ela trabalha na corregedoria da marinha, é uma mulher muito bonita e gostosa.
Sempre que ela estava em Nova York nós transavamos sem compromisso, gostava disso assim bem simples e sei que ela também e o sexo era muito bom. Na mensagem ela avisa que sabia que eu estava na cidade e queria me ver na sexta, sem demora eu respondo que sim. Não sei porque, mas imediatamente lembrei da Anna. Não pode ser, essa mulher mexeu tanto assim comigo? Ao ponto de eu não ficar animado em ver a Pietra? Acabo rindo, isso não pode acontecer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O capitão
RomanceAlex Walker é um capitão dos fuzileiros navais. Após seis meses em uma missão no Afeganistão, ele retorna a Nova York, assim como Anna Reed uma médica traumatologista que tem uma história bem sombria em seu passado. Ao se encontrarem surge um amor i...