Capítulo 0001: Tudo tem um início

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Oi sou um andarilho que perambula por ai sem um rumo certo mesmo sabendo onde quer ir, mas isto não importa.

– Já cheguei a lugares onde poucos foram, incluindo outros mundos e outros que... nem me arrisco a pensar onde ficam... como dentro da cabeça das pessoas, isto inclui como cheguei aqui mas... – suspira – mas afinal, por que eu estou falando isto para uma galinha se é que isto é realmente uma galinha? – As coisas que o tédio faz.

Olho para o lado e vejo alguém encostado no muro, uma pessoa desgrenhada carregando uma cuia japonesa, do tipo que se usava na antiguidade para transportar bebida, ele tem um certo ar de "dignidade", provavelmente devido aos olhos estranhamente profundos, James.. então ele fala – Você ainda não se conformou? Não fui eu quem fiz besteira, apenas continue andando até voltarmos para casa... - mudando olhar de penetrante para desafiador continuou – Ou AO MENOS onde possamos tirar alguma vantagem da situação.

O nome dele é James Stawker. Ele é alto e magro, rígido por ter vivido muito em áreas rurais próximas a onde eu morava, as situações em que se envolvia o ensinaram a ser sorrateiro além de ser um aficionado por lendas e coisas "incomuns" (o que inclui a moringa que ele carrega) mas não o irrite, seu temperamento é imprevisível em situações extremas.

Eu sou o Yori ******, tenho cabelo "cuidadosamente bagunçado", estatura mediana e um histórico de cair situações improváveis, embora apenas tenha ocorrido uma vez e seja um pouco exagerado descrever assim.

____ James ____

– Não seja impaciente, não temos para onde ir até esta chuva passar – Yori estava aproveitando o tempo a sua maneira...

Estávamos sob um toldo de telhas de barro ao lado de uma estrada na periferia, um piso elevado nos protegia dos respingos de chuva, algumas pedras, tábuas e plantas que compunham uma parede vivia que aliviava o vento.

– Eu vou indo.. Veja se consegue encontrar um caminho de volta, esta cidade está me dando nos nervos, vou para estrada, me encontre ao por do sol – disse olhando para longe, eu poderia me acostumar com este lugar, embora tenha coisas estranhas – a chuva está fraca, mas pode demorar para passar.

– Certo, apenas não vá ficar seguindo alguém – Disse Yori.

– Não vou fazer isto, o que você pensa que eu sou? – respondi irritado, dei meia volta e sai andando.

– Algumas pessoas merecem o nome que tem.. o que me lembra, quero achar mais conservas – disse Yori que parecia estar pensando intensamente.

Então ele saiu andando pelo meio-fio em meio a uma leve cerração.

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James estava andando rapidamente por uma área residencial enquanto tinha um mau pressentimento, chegou a uma ponte de concreto com calçadas nas laterais e um beiral de madeira pintado de vermelho que passava sobre um filete de água. Ao olhar para baixo, pensou ter visto algo se mexendo nas sombras.

Dando a volta até a beira onde a altura era baixa pulou para baixo, mas chegando la não conseguiu ver nada de anormal, se abaixou e pegou uma pequena pedra estranhamente pesada e jogou-a no alicerce da ponte ao outro lado. Por um instante nada aconteceu mas logo uma fumaça escura, quase incorpórea sai dela.

Pulou para trás sem tirar os olhos da sombra, James segura a moringa a abrindo enquanto a sombra avançava em sua direção. Murmurando algo molha a cabaça então a sombra em forma de fumaça entra dentro dela, ele a tampa e sai andando.

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Yori estava andando calmamente pela calçada, quando sente alguém o vigiando. Com um arrepio na espinha tenta disfarçar por um instante (de maneira péssima) e sai correndo entrando em uma rua lateral, no local haviam algumas árvores então ele agilmente sobe em uma e fica lá por alguns instantes. Uma jovem com quimono e cabelo longo passa correndo em baixo dela, após algum tempo ele então pula de um galho relativamente alto e vai na direção oposta.

O Viajante livro 1: Folhas e névoaOnde histórias criam vida. Descubra agora